Elmar diz não poder apoiar projeto de anistia aos condenados pelo 8 de janeiro

Política
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O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), afirmou que não tem como apoiar o projeto que concede anistia aos condenados por envolvimento nas manifestações antidemocráticas de 8 de janeiro de 2023, caso receba apoio do PT para ser alçado à presidência da Câmara.

A declaração ocorreu nesta terça-feira, 29, na Câmara, após uma reunião com a bancada do PT, onde ele propôs uma aliança para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL).

"Em política e na vida, a gente tem que fazer escolhas e tem que ter lado. Nós temos um lado muito claro do PL e um lado muito claro do PT. Numa eleição em que haja disputa, isso vai ficar muito aberto", declarou.

Elmar continuou: "De forma muito sincera e muito honesta, eu não tenho como receber o apoio do PT e da esquerda e apoiar a pauta mais cara contra eles, e vice-versa".

Na sequência, o deputado disse que "não dá para se esconder, dizer que isso não é um tema sensível e não ter coragem de assumir posição. Isso não é estimular a briga, isso é estimular o debate".

Elmar reforçou que afirma a sua posição como candidato à presidência da Câmara, e não como líder do União Brasil na Câmara.

"Eu falo como candidato que, se eu tiver o apoio do PT, que é o 2º maior partido da Casa, e da federação PT-PCdoB-PV, eu tenho que estar compromissado com aquilo que é o tema mais caro para eles", disse.

As declarações ocorrem no mesmo dia em que Lira anunciou o líder do Republicanos na Câmara, Hugo Motta (PB), como o seu candidato para a presidência da Câmara. As bancadas do PP e do Republicanos também oficializaram o apoio.

O PT ainda não anunciou a sua posição. A bancada petista deve se reunir nesta quarta-feira, 30, para discutir sobre o tema. Os integrantes da legenda afirmaram que têm ouvido os três candidatos, Elmar, Motta e o líder do PSD, Antonio Brito (BA).

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Autoridades espanholas informaram nesta quarta-feira, 30, que 51 pessoas morreram depois que enchentes repentinas varreram carros, transformaram ruas em rios e interromperam linhas ferroviárias e rodovias. Os serviços de emergência da região leste de Valência confirmaram o número de mortos.

Tempestades na terça-feira, 29, causaram inundações em uma ampla faixa do sul e leste da Espanha. Um trem de alta velocidade com quase 300 pessoas a bordo descarrilou perto de Málaga, embora as autoridades ferroviárias tenham dito que ninguém ficou ferido. O serviço de trem de alta velocidade entre a cidade de Valência e Madri foi interrompido, assim como várias linhas de passageiros.

Inundações com água cor de lama derrubaram veículos pelas ruas em velocidades assustadoras. Pedaços de madeira são vistos rodopiando em meio a artigos domésticos levados pela água. A polícia e os serviços de resgate usaram helicópteros para retirar pessoas de suas casas e carros.

Mais de 1.000 soldados das unidades de resposta a emergências da Espanha foram enviados às áreas devastadas e o governo central da Espanha criou um comitê de crise para ajudar a coordenar os esforços de resgate.

As tempestades devem continuar até quinta-feira, 31, de acordo com o serviço meteorológico nacional do país.

A Espanha tem passado por tempestades de outono semelhantes nos últimos anos. Espanhóis ainda estão se recuperando de uma seca severa no começo deste ano. Cientistas dizem que episódios crescentes de clima extremo provavelmente estão ligados à mudança climática. Fonte: Associated Press.

Pressionado por alguns aliados a se desculpar pelos comentários racistas feitos por palestrantes em seu comício no fim de semana, Donald Trump disse nesta terça-feira, 29, que não conhece o comediante que fez os comentários sobre Porto Rico no último domingo, 27, e chamou o evento de um "festival de amor" - o mesmo termo que ele usou anteriormente para descrever o episódio de 6 de janeiro no Capitólio dos EUA.

"Não tenho ideia de quem ele é", disse Trump em entrevista na Fox News sobre Tony Hinchcliffe, que descreveu Porto Rico como uma "ilha flutuante de lixo". "Alguém disse que havia um comediante que brincou sobre Porto Rico ou algo assim. E não tenho ideia de quem ele é - nunca o vi, nunca ouvi falar dele. E não quero ouvir falar dele. Mas não tenho ideia", disse o republicano.

Questionado pelo apresentador da Fox News Sean Hannity se ele gostaria que Hinchcliffe não estivesse lá, Trump disse que sim. "É, quer dizer, não sei se é grande coisa ou não, mas não quero ninguém fazendo piadas maldosas ou idiotas", ele disse. "Provavelmente ele não deveria estar lá, é."

Trump, na entrevista, também disse repetidamente que "os porto-riquenhos me amam" e que ele tem ótimos relacionamentos com hispânicos e pessoas de Porto Rico. Ele diz: "Toda vez que saio, vejo alguém de Porto Rico, eles me dão um abraço e um beijo."

Mais cedo, falando para apoiadores e repórteres em seu resort Mar-a-Lago, Trump afirmou sobre o comício no Madison Square Garden, em Nova York, que "nunca houve um evento tão bonito" quanto seu comício de domingo. "O amor naquele ambiente. Foi de tirar o fôlego," disse ele. "Foi como um festival de amor, um absoluto festival de amor. E foi uma honra estar envolvido."

Embora o republicano tenha se recusado a admitir sobre a gravidade do comentário, em um comício na Pensilvânia nesta terça-feira, as atenções pareciam voltadas ao tema. Tim Ramos, ex-candidato a prefeito de Allentown, a cidade onde o comício desta terça foi realizado, começou seus comentários dizendo: "Sou um homem porto-riquenho e quero começar expressando meu amor pela ilha e pelo povo de Porto Rico. ... Somos um povo lindo de uma ilha linda."

Já a senadora Zoraida Buxo, de Porto Rico, pediu aos eleitores porto-riquenhos e hispânicos que "mantivessem o foco no que é realmente importante quando forem votar. Precisamos de mudança". Ela acrescentou: "É fácil se distrair ou se enganar com propaganda, manipulação emocional e distorção da verdade e dos fatos". Fonte: Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou apoiadores do ex-presidente e candidato à Casa Branca Donald Trump na terça-feira, 29, um dia após um comediante ter chamado Porto Rico de "ilha flutuante de lixo" em um comício do republicano no Madison Square Garden, em Nova York.

"O único lixo que vejo flutuando por aí são seus apoiadores. Sua demonização dos latinos é inconcebível e antiamericana", disse Biden, em uma conferência virtual organizada pelo grupo de defesa hispânica Voto Latino.

A fala teve repercussão negativa nas redes sociais, especialmente entre os republicanos. Biden recorreu às redes sociais para tentar se explicar. "Hoje mais cedo, me referi à retórica odiosa sobre Porto Rico vomitada pelo apoiador de Trump em seu comício no Madison Square Garden como lixo - que é a única palavra que consigo pensar para descrevê-la", disse o presidente no X.

Ao se referir aos apoiadores de Trump como "lixo", Biden divergiu da mensagem que a candidata democrata Kamala Harris tenta apresentar na reta final da campanha, de apelo aos republicanos descontentes com o radicalismo do ex-presidente. Fonte: Associated Press.