Supremo ainda não está discutindo valor das emendas, afirma Dino

Política
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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quarta-feira, 30, que deve propor que a Corte discuta, no ano que vem, o montante das emendas parlamentares no Orçamento da União.

"O STF, neste momento, não está discutindo o montante, ainda. O fará, pelo menos vou propor, em 2025. Para que examinemos se isso é compatível com o princípio da separação de Poderes", declarou, em evento promovido pelo IDP em Brasília.

Dino disse que não é de desejo do STF que as emendas parlamentares continuem "congeladas", como se encontram neste momento até que o Congresso e o Palácio do Planalto apresentem medidas que garantam mais transparência a esse processo.

"Estamos na expectativa de que isso ocorra, porque não é desejo do Supremo manter execução orçamentário congeladas, não é possível estabelecer execução orçamentária sem que Constituição seja cumprida", afirmou.

O ministro disse que o crescimento das emendas parlamentares no Brasil mostra uma evolução desproporcional em relação ao que é observado em outros países.

"Nós temos evolução que fazem com que despesas com emendas, que nos países que praticam giram em torno de 1%, cheguem no brasil a 20%", declarou.

Dino defendeu a atuação do Supremo Tribunal Federal no caso e disse que o Congresso precisa garantir mais transparência na execução de suas emendas.

"Não se trata de parlamentar dizer que R$ 1 bilhão vai ser destinado a cirurgias, se trata de parlamentar dizer que aquele bilhão se destina a cirurgia de catarata no município x. A emenda em si no seu ventre concentra funções legislativas típicas mas também funções executivas", declarou.

O ministro disse que "se criou engenho chamado emenda pix" e que o "cidadão tem o direito de saber onde o dinheiro das emendas pix será aplicado".

"Somos guardiões das regras do jogo, e diferente de certa vulgata do debate político, o Supremo como toda instituição humana erra, mas neste caso eu tenho a mais absoluta convicção que não estamos nos apropriando de nenhuma função legislativa", afirmou.

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Os candidatos à presidência dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris, escolheram locais próximos para atrair votos nesta quarta-feira, 30, com as agendas dos rivais quase se cruzando. Os rivais têm compromissos nos Estados de Carolina do Norte e Wisconsin, ambos considerados swing states ou Estados pêndulos, onde não há uma predominância eleitoral e cujo resultado das urnas é essencial para a escolha do futuro presidente dos EUA.

Tanto é que os candidatos têm reforçado a agenda nestes Estados na reta final da campanha às eleições presidenciais americanas, que acontecem no próximo dia 5 de novembro. Além de Carolina do Norte e Wisconsin, Pensilvânia, Michigan, Geórgia, Arizona e Nevada completam o grupo de sete Estados chamados de swing states decisivos na corrida à Casa Branca.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, visitará três Estados pêndulos nesta quarta-feira. Ela tem agenda em Harrisburg, na Pensilvânia, e Raleigh, na Carolina do Norte, de acordo com a agenda oficial divulgada pela campanha. Depois, viaja para a Universidade de Wisconsin-Madison, onde fará um comício, e deve atrair personalidades como a cantora de pop Gracie Abrams, além de um show com a banda Mumford & Sons.

Já o ex-presidente Donald Trump tem dois eventos previstos para esta quarta. No início da tarde, participa de um comício em Rocky Mount, na Carolina do Norte. Depois, vai a Green Bay, em Wisconsin, em evento que deve contar com a participação do ex-jogador de futebol americano Brett Favre.

Trump tentou manter distância da polêmica envolvendo uma piada de cunho racista ao povo de Porto Rico, território associado aos EUA. Sob pressão de aliados, o republicano disse na terça-feira que não conhece o comediante que fez os comentários durante o seu comício, em Nova York, que classificou como um "festival de amor".

Tony Hinchcliffe comparou Porto Rico a uma "ilha flutuante de lixo". "Não tenho ideia de quem ele é", disse Trump, em entrevista à Fox News. "Provavelmente ele não deveria estar lá", acrescentou.

Enquanto isso, Harris defendeu que "é hora de virar a página do drama e do conflito, do medo e da divisão", em discurso em Washington, na noite de terça. Prometeu trabalhar para todos os americanos e lembrou que o ex-presidente esteve no mesmo lugar para incentivar um ataque ao Capitólio há quase quatro anos.

Nas bolsas de apostas, Trump segue como favorito à vitória. A Polymarket aponta que o republicano tem 67% de chances de vencer contra 33% da rival democrata. Já na plataforma PredictIt, Trump é visto como vencedor por 60%, enquanto 45% responderam sim para possível vitória de Harris.

As pesquisas de opinião, por sua vez, indicam uma corrida apertada para chegar à Casa Branca. Trump e Harris aparecem empatados nos Estados de Arizona e Nevada, de acordo com novo levantamento da CNN, conduzido pela SSRS e publicado na terça-feira.

Mais de 55 milhões de americanos já votaram antecipadamente para as eleições presidenciais nos EUA, de acordo com dados do Laboratório Eleitoral da Universidade da Flórida. Em dois dias, o número saltou 10 milhões. Mais de 29 milhões eleitores preferiram fazer a sua escolha pessoalmente. Quase 26 milhões votaram por correspondência, sendo que mais de 65,6 milhões requisitaram a possibilidade de votar à distância.

O americano Jerry Hicks, da cidade de Banner Elk, na Carolina do Norte, Estados Unidos, encontrou uma nota de US$ 20 no estacionamento de uma loja de conveniência na semana passada e decidiu gastar com um bilhete de loteria raspável Extreme Cash. E assim ele ganhou US$ 1 milhão.

Hicks, que é mestre carpinteiro, reivindicou seu prêmio na última sexta-feira, 25, na sede da loteria. Para receber o prêmio, ele poderia decidir entre uma anuidade de US$ 50 mil ao longo de 20 anos ou uma parcela única de US$ 600 mil, que foi a opção escolhida. Após as retenções de impostos estaduais e federais, Hicks levou para casa US$ 429.007.

Após 56 anos trabalhando como carpinteiro, Hicks planeja usar o dinheiro para se aposentar e para ajudar seus filhos.

Antes, porém, ele também queria celebrar a vitória. "Vamos direto para a Golden Corral e comer tudo o que eles têm", disse ele, segundo comunicado da loteria. A Golden Corral é uma rede americana de restaurantes para comer à vontade.

O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, disse que os países da Europa vão pagar um preço alto por não comprarem produtos americanos.

"Todos os gentis países europeus pequenos que se uniram, são brutais. Eles não levam nossos carros, eles não ficam com nossos produtos agrícolas. E eles vendem milhões de carros nos Estados Unidos", disse o republicano em comício realizado em Allentown, uma cidade no decisivo Estado da Pensilvânia.

"Eles terão de pagar um preço alto", afirmou Trump, que repetiu promessas de trazer mais empresas para produzirem no território americano com o intuito de proteger os empregos da população e evitar a destruição dos negócios de manufatura automotiva.

"Vamos trazer de volta o apogeu" para os EUA, disse Trump, repetindo que colocará tarifas sobre os carros. Em relação à construção de uma fábrica da China no México para envio de veículos para os EUA, Trump afirmou que se uma tarifa de 100% não for suficiente, vai dobrá-la.