Hugo Motta afirma que buscará diálogo com PSD, União, Psol e Novo

Política
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Candidato à presidência da Câmara com o apoio de 15 partidos, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) afirmou nesta quarta, 6, que pretende procurar o PSD, o União Brasil, o Psol e o Novo para obter novas adesões à sua campanha.

As declarações ocorreram em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira, 6, durante a 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20, o "P20". Na ocasião, ele celebrou os apoios dos partidos Rede Sustentabilidade, PRD e Solidariedade, anunciados horas antes.

"Nossa candidatura vai se consolidando a cada dia como uma candidatura forte, que tem musculatura, que dialoga com todos. E nós procuraremos, até o final, dialogar com todos os partidos, com o PSD, com o União, com o PSOL, com o Novo, porque essa é a essência da nossa candidatura, o diálogo, a convergência", declarou.

Além das siglas que anunciaram apoio nesta quarta, o deputado paraibano conta com o sinal favorável de PL, PT, MDB, PP, Podemos, PCdoB, PV, PDT, PSB, PSDB, Cidadania e o próprio Republicanos, seu partido. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também defende a eleição de Motta.

Os líderes do PSD, Antonio Brito (BA), e do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), lançaram candidaturas, mas seus partidos resolveram iniciar diálogo com Motta para apoiar o líder do Republicanos.

Em reunião com integrantes de sua sigla, na semana passada, Elmar aceitou retirar sua candidatura, depois que o partido passou a negociar cargos na nova gestão.

O líder do PDT, Afonso Motta (RS), confirmou, na segunda-feira, 5, que os pedetistas foram comunicados da desistência de Elmar. No entanto, o líder do União tem evitado fazer um anúncio público.

Brito, por sua vez, afirmou que o PSD negociará a manutenção da proporcionalidade do partido nos cargos da Câmara. Após essa articulação com Motta, a bancada fará uma nova reunião para deliberar se ele continuará ou não com a candidatura.

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O turbulento governo de coalizão da Alemanha entrou em colapso, nesta quarta-feira, 6, mergulhando a nação economicamente em apuros em uma crise política, o que aumentou a incerteza para a Europa enquanto a região encara a vitória eleitoral de Donald Trump nos EUA.

O chefe de governo alemão, Olaf Scholz, demitiu o ministro das Finanças, Christian Lindner, presidente do Partido Democrático Livre, de viés amigável ao mercado. A legenda é a menor da coalizão tripartite de liberais de livre mercado, social-democratas e Verdes. A demissão foi motivada por divergências sobre política econômica, disse um porta-voz do governo.

Os três parceiros estiveram em desacordo em diversas áreas políticas desde que o governo emergiu de uma eleição inconclusiva há três anos. Mais recentemente, a disputa centrou-se na forma de tirar a maior economia da Europa de uma recessão persistente que a transformou em um dos piores desempenhos da região.

Scholz disse que buscaria o apoio dos partidos da oposição para garantir a aprovação de uma série de projetos de lei que tramitam no Parlamento até o final do ano. Ele disse que então pediria um voto de confiança que poderia abrir caminho para eleições antecipadas.

"Sou forçado a tomar esta medida para evitar que o nosso país seja prejudicado", disse Scholz. "Precisamos de um governo que funcione e tenha força para tomar as decisões necessárias para o nosso país."

Segundo a constituição alemã, elaborada após a Segunda Guerra Mundial, apenas o presidente federal, Frank-Walter Steinmeier, tem o poder de dissolver o Parlamento e ordenar uma votação antecipada, o que é pouco provável que aconteça antes de março.

Se uma eleição não conseguir obter uma maioria clara, como sugerem as sondagens, poderá levar meses para se formar um novo governo. Fonte: Dow Jones Newswires

Os mercados de previsão já começaram a negociar apostas sobre potenciais membros que serão escolhidos para o gabinete do governo do republicano Donald Trump, que venceu a disputa pela Casa Branca. A posse na Presidência dos Estados Unidos está prevista para janeiro de 2025.

Na plataforma Polymarket, as enquetes incluem a potencial nomeação do diretor executivo da Tesla Motors Elon Musk. A probabilidade de o empresário ser uma das escolhas de Trump era de 30% nesta quarta-feira. Na esteira da eleição de Trump, as ações da Tesla avançaram 14,75% na sessão de hoje da Bolsa de Nova York. É esperado que, sob o governo Trump, a fabricante de veículos obtenha ganhos significativos.

Outro potencial nome do time do republicano é o de Robert F. Kennedy Jr., que aparecia com uma chance de 70% de ser designado para algum cargo. Na terça-feira, Trump disse que Kennedy Jr. "faria praticamente o que quisesse" em seu governo. Os comentários foram dados aos repórteres depois de o republicano votar em Palm Beach, na Flórida. Kennedy, sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy, desistiu da candidatura para apoiar o presidente eleito.

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, discursou Howard University nesta quarta-feira, 6, em Washington, após ligar para o presidente eleito Donald Trump e conceder a derrota nas eleições presidenciais americanas na tarde desta quarta-feira, 6.

Kamala inicia o discurso agradecendo a sua família, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota, Tim Walz.

"As pessoas estão sentindo e vivenciando uma série de emoções agora, eu entendo. Mas devemos aceitar os resultados desta eleição", disse Kamala. "Hoje mais cedo falei com o presidente eleito Trump e o parabenizei por sua vitória", apontou Kamala, em meio a vaias de plateia após o nome do presidente eleito ser mencionado.

Kamala também apontou que a administração Biden irá ajudar Trump e sua equipe no processo de transição. "Embora eu esteja concedendo esta eleição, não concedo os valores que contribuíram para esta campanha", disse Kamala. "A luta pela liberdade, pelas oportunidades, pela justiça e pela dignidade de todas as pessoas não acabou."

Ligação para Trump

Segundo um assessor da candidata democrata, Trump e Kamala discutiram a importância de uma transição pacífica de poder. Já Steven Cheung, um porta-voz da campanha de Trump, descreveu o telefonema de Kamala para Trump como cordial.

"O presidente Trump reconheceu a vice-presidente Harris por sua força, profissionalismo e tenacidade durante toda a campanha, e ambos os líderes concordaram sobre a importância de unificar o país", disse Cheung em uma declaração.

O republicano garantiu a vitória segundo as projeções da Associated Press (AP) após vencer no Estado do Wisconsin, contabilizando 277 delegados no colégio eleitoral. Para um presidente ser eleito nos EUA, 270 delegados são necessários.

Neste momento, Trump tem 292 delegados após a AP projetar a vitória do ex-presidente em Michigan. Arizona, Nevada, Alasca e Maine são os Estados que a AP ainda não projetou um vencedor. O republicano lidera nos três primeiros e Kamala deve vencer no Maine.

Derrota

A derrota foi um balde de água fria na campanha de Kamala Harris, que se animou na reta final da eleição com algumas pesquisas que deram a vice-presidente numericamente à frente de Trump em alguns Estados-pêndulo. A realidade, no entanto, provou que as estatísticas subestimaram a força eleitoral do republicano pela terceira vez consecutiva.

A democrata apostou na força do voto feminino para tentar derrotar Trump, usando principalmente o tema como a legalização do aborto para mascarar o alto custo de vida e o pessimismo do americano com a economia que ela herdou do presidente Joe Biden, que desistiu da reeleição em julho após uma performance ruim em debate contra Trump e preocupações sobre sua idade.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também deve discursar nesta quarta-feira. Segundo a Casa Branca, Biden telefonou para Kamala e Trump nesta tarde e parabenizou a ex-colega de chapa pela "campanha histórica", e o ex-rival, pela vitória.

O presidente disse também ao sucessor que está comprometido com uma transição tranquila e ressaltou a importância de que ambos trabalhem para unificar o país. Biden convidou Trump para uma reunião na Casa Branca.