Anielle aciona Comissão de Ética do PT contra Quaquá por ter defendido irmãos Brazão

Política
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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã da ex-vereadora Marielle Franco, executada em 2018, acionou o Conselho de Ética do PT contra o vice-presidente do partido, Washington Quaquá. O petista, que é prefeito de Maricá (RJ), publicou uma foto no dia 9 de janeiro ao lado da família Brazão e disse acreditar na inocência dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, réus no Supremo Tribunal Federal (STF) como supostos mandantes do assassinato de Marielle e seu motorista, Anderson Gomes.

O ofício de Anielle foi protocolado nesta quarta-feira, 15, e descreve a postura do dirigente como "antiética" e "não condizente com os princípios, direitos e deveres de um dirigente partidário do Partido dos Trabalhadores".

Segundo a representação, Quaquá "tenta descredibilizar de forma irresponsável e leviana" a luta por justiça das famílias das vítimas e o próprio governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao assumir o Ministério da Justiça em janeiro de 2023, Flávio Dino, hoje ministro do STF, afirmou que a resolução do caso Marielle era uma "questão de honra". A investigação foi federalizada e foi concluída em março de 2024. O resultado do inquérito é contestado por Quaquá.

O prefeito foi procurado pelo Estadão para comentar o ofício de Anielle, mas não havia dado um retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

Após a publicação da foto de Quaquá ao lado da família Brazão, Anielle reagiu dizendo, sem citar o nome do prefeito, que um dirigente da sigla usava o nome de sua irmã de forma "repugnante".

Em 11 de janeiro, em entrevista ao Estadão, Quaquá voltou a defender a inocência dos irmãos Brazão, pedindo para que "juristas sérios" reavaliem o processo e associando, sem apresentar provas, a família Bolsonaro ao caso. "Eu peço que juristas sérios revejam o processo para ver se há prova contra os Brazão. Eu sei que as maiores ligações que existem entre o assassino que está sendo beneficiado com a sua própria delação é com a família Bolsonaro", disse o prefeito de Maricá.

A investigação da Polícia Federal (PF) descartou a relação da família do ex-presidente com o caso. Segundo o inquérito, o assassinato foi motivado por grilagem de terras que eram de interesse de milicianos ligados aos Brazão.

O PT está rachado sobre punições cabíveis a Washington Quaquá. Uma ala da sigla defende a expulsão do dirigente, enquanto outros filiados avaliam que o afastamento do prefeito da vice-presidência da sigla seria suficiente.

Interlocutores do partido ouvidos pelo Estadão relembram que o trâmite do Conselho de Ética da sigla costuma ser demorado e, de todo modo, depende de um aval da maioria da executiva nacional, que está prestes a ser renovada por meio de uma eleição interna, que ocorrerá em julho.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que concorda com a proposta de cessar-fogo, mas que o acordo deve levar a uma paz duradoura e eliminar as "causas raízes do conflito". A declaração foi realizada em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 13.

"Precisamos conversar com os EUA sobre quem controlará o acordo. O cessar-fogo em si é certo e nós o apoiaremos, mas há questões a serem discutidas", mencionou Putin, ao ressaltar ser "impossível" não levar em consideração os interesses russos para as negociações.

Na ocasião, Putin disse que "talvez" ele e o presidente norte-americano, Donald Trump, precisem fazer uma ligação por telefone para discutir mais detalhes do acordo. "Agradeço Trump por dar tanta atenção para o acordo com a Ucrânia", afirmou.

Segundo o Kremlin, tropas ucranianas estão em total isolamento em Kursk e a atual proposta do cessar-fogo não deixa claro como a situação se desdobrará na região e em outros locais.

O presidente russo disse que, caso os EUA e a Rússia concordem em estabelecer uma cooperação energética, um gasoduto para a Europa pode ser fornecido.

"Será benéfico para a Europa, graças ao gás russo barato", defendeu Putin.

A Rússia e a Bielorrússia consideraram as ações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no contexto do conflito com a Ucrânia como "hostis e desestabilizadoras", segundo uma declaração em conjunta dos países lida pelo presidente bielorrusso Alexander Lukashenko, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 13, ao lado do presidente russo, Vladimir Putin. "A Rússia e a Bielorrússia estão prontas para tomar medidas militares e diplomáticas em resposta às ações da Otan", menciona o comunicado. De acordo com o informativo, planos para implantar mísseis americanos na Europa desestabilizam a situação.

O assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, se opôs ao cessar-fogo temporário proposto pelos Estados Unidos, aceito pelo presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, em entrevista para um canal televisivo russo, nesta quinta-feira, 13. "Este cessar-fogo proposto não é nada mais do que uma trégua temporária para os militares ucranianos. Nosso objetivo é um acordo de paz de longo prazo", afirmou. Segundo o representante, os russos querem um acordo de paz que leve em consideração "os interesses legítimos e preocupações" da Rússia, o que, segundo ele, são conhecidos. "Ninguém precisa de passos que imitem um caminho pacífico", ressaltou Ushakov.