O roteiro de Lula e Janja pelo País para aumentar popularidade do governo; veja os destinos

Política
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Nas próximas semanas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve cruzar o País de norte a sul em viagens para promover agendas com o objetivo de aumentar sua popularidade.

Como mostrou o Estadão, a estratégia foi definida pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, e deve contar com a ajuda da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, do vice Geraldo Alckmin (PSB) e de vários ministros.

As agendas de viagens começam nesta quinta-feira, 6, com a ida do presidente a uma cerimônia de reabertura da emergência de um hospital no Rio de Janeiro, que estava com o serviço fechado desde 2020. Lula estará acompanhado da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do chefe da Casa Civil, Rui Costa.

Na sexta, 7, o presidente irá para a Bahia também acompanhado de Costa, Sidônio, e de outros ministros - Waldez Góes, da Integração, e Jader Filho, das Cidades -, além do governador Jerônimo Rodrigues (PT). A região Nordeste, historicamente reduto eleitoral petista, tem registrado queda na aprovação do governo, com recuo de sete pontos na pesquisa Genial/Quaest divulgada no último dia 27.

Na próxima semana, os destinos serão no Norte, com visitas a Belém (PA) e Macapá (AP). No dia 22, ele retornará ao Rio para participar de um ato político em comemoração aos 45 anos do PT. Também está prevista uma visita do presidente ao Polo Naval de Rio Grande (RS), ainda sem data definida.

A expectativa é que o presidente faça até duas viagens por semana. Após as mudanças na Secom, além das agendas pelo Brasil, também ficou decidido que a comunicação será "regionalizada" e "segmentada", com formatos e peças produzidos para cada região do País.

Veja a agenda de Lula para os próximos dias:

- Rio de Janeiro (RJ): cerimônia de reabertura da emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, nesta quinta-feira, 6.

- Paramirim (BA): cerimônia "Água Para Todos - Bahia", onde serão feitos anúncios relativos à segurança hídrica do Estado, nesta sexta-feira, 7.

- Belém (PA): anúncio de ações relacionadas à Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em novembro, e obras Programa Minha Casa, Minha Vida. Na próxima semana, sem dia definido.

- Macapá (AP): entrega de títulos de regularização fundiária a assentados, acompanhado do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, na próxima quinta-feira, 13.

- Rio de Janeiro (RJ): participação em ato político em comemoração aos 45 anos do PT, no sábado, 22.

- Rio Grande (RS): Visita ao Polo Naval da cidade, ainda sem data definida.

Agenda de Janja:

Como mostrou o Estadão, Janja acompanhará agendas de ministros no País e também no exterior. A primeira-dama vai integrar comitiva do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, que participará de uma reunião em Roma (Itália), entre os dias 10 e 12 de fevereiro.

O encontro definirá o presidente da Aliança Global de Combate à Fome, iniciativa lançada durante a última Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio em novembro do ano passado. O cargo à frente do bloco multilateral formado por 142 membros é pleiteado pelo País.

As viagens pelo Brasil ainda não têm cronograma fechado, mas a primeira-dama deverá ter agendas com os ministros Camilo Santana (Educação), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Cida Gonçalves (Mulheres).

Como não tem mandato nem cargo público, a agenda da primeira-dama não era divulgada, apesar de sua atuação informal no governo. A prática, no entanto, mudou na segunda-feira, 3, quando Janja passou a divulgar seus compromissos nas redes sociais, após sofrer críticas acerca do sigilo de seus compromissos.

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O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, afirmou nesta quinta, 6, que conversará com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na tarde de sexta-feira, 7. A informação foi publicada pelo perfil do panamenho no X, antigo Twitter, citando como horário esperado para a conversa 17h30 (de Brasília).

Hoje, Mulino negou que seu governo tenha fechado um acordo com os Estados Unidos autorizando navios de guerra americanos a transitarem no Canal do Panamá sem pagar taxas.

A Casa Branca está trabalhando em uma ordem executiva para demitir milhares de funcionários do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

A ordem, que poderá ser emitida já na próxima semana, prevê que agências de saúde, incluindo a Food and Drug Administration, terão que cortar uma determinada porcentagem de funcionários.

Segundo as fontes, os termos ainda não foram finalizados e a Casa Branca ainda pode decidir não levar os planos adiante.

Os cortes de empregos que estão sendo considerados afetariam mais de 80.000 pessoas. A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira, 6, mais sanções contra o Irã com o alvo em empresa que facilita o transporte do petróleo e energia do país. Em documento, o Tesouro menciona a adição da Sepehr Energy Jahan Nama Pars por facilitar o embarque de milhões de barris de petróleo bruto iraniano no valor de centenas de milhões de dólares para a China.

O petróleo foi enviado em nome do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã (AFGS), diz o Tesouro.

Em linha com a ordem executiva da autoridade antiterrorismo, a Sepehr foi alvo de sanções "por ter auxiliado materialmente, patrocinado ou fornecido suporte financeiro, material ou tecnológico para, ou bens ou serviços para ou em apoio ao Ministério da Defesa e Logística das Forças Armadas do Irã", diz o comunicado.

"O regime iraniano continua focado em alavancar suas receitas de petróleo para financiar o desenvolvimento de seu programa nuclear, produzir seus mísseis balísticos mortais e veículos aéreos não tripulados, e apoiar seus grupos terroristas regionais proxy", disse o Secretário do Tesouro, Scott Bessent. "Os Estados Unidos estão comprometidos em atacar agressivamente qualquer tentativa do Irã de garantir financiamento para essas atividades malignas."

As medidas acontecem após o presidente norte-americano, Donald Trump, assinar um memorando presidencial para restaurar sua política de "máxima pressão" sobre o Irã. A medida visava impedir que o país desenvolva armas nucleares e inclui a imposição de sanções econômicas rigorosas.

O republicano, no entanto, disse que os planos de destruir o Irã "em pedacinhos" eram exagerados.