Flávio Bolsonaro usa boné para ironizar prejuízo bilionário da Previ: 'rombo é dos brasileiros'

Política
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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) usou as redes sociais na quinta-feira, 6, para ironizar a perda de R$ 14 bilhões da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ). O parlamentar publicou a imagem de um boné azul com a frase: "o rombo de 14 bilhões da Previ é dos brasileiros".

Na legenda, Flávio acusou o PT de comprometer os fundos de pensão, ironizando a linguagem neutra associada à esquerda. "A tara do PT em roubar o futuro de pensionistas, pensionistos e pensionistes não tem limites! Amigues, deixem os fundos de pensão em paz!", escreveu.

A publicação faz parte da "guerra dos bonés", iniciada por ministros e parlamentares da base do governo no Congresso. No sábado, 1.º, governistas usaram um boné azul com os dizeres: "o Brasil é dos brasileiros", após políticos de direita publicarem fotos usarem o boné de Donald Trump, com os dizeres "Make America Great Again", após a posse do presidente americano. Na segunda, 3, o uso do item provocou reação da oposição, que lançou versões próprias com frase de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e crítica ao governo: "comida barata novamente. Bolsonaro 2026".

Com a "briga" instalada, o acessório usado pelos governistas também foi adotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), por sua vez, criticou a politização do episódio e minimizou o uso dos bonés. "Boné serve para proteger a cabeça, não para resolver os problemas do país", publicou em sua conta no X (antigo Twitter).

Em meio à troca de provocações, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, na quarta-feira, 5, a abertura de uma auditoria sobre a gestão da Previ. O ministro do TCU Walton Alencar Rodrigues destacou "gravíssimas preocupações" com o desempenho do fundo.

Segundo ele, o "Plano 1" da Previ acumulou um prejuízo de R$ 14 bilhões entre janeiro e novembro de 2024. Ele também apontou um rendimento de apenas 1,58% no período, classificando o resultado como "pífio" em comparação a anos anteriores.

Alencar Rodrigues afirmou que a situação representa um "risco inequívoco" para os beneficiados e sugeriu "sérios problemas de gestão" na entidade. Ele determinou que a Secretaria Geral de Controle Externo levante informações sobre os investimentos da Previ.

O ministro alertou que o Banco do Brasil, cujo controle pertence à União, pode ser obrigado a cobrir parte das perdas, caso a situação se agrave. "Há a perspectiva de danos graves para o Banco do Brasil, sociedade de economia mista, cujo controle pertence à União, que, em caráter extraordinário, poderá ser obrigada a contribuir paritariamente com os assegurados", afirmou.

Em nota, a Previ classificou de ilações as suspeitas de falhas na gestão da entidade. Segundo a Previ, o ano de 2024 foi de grande volatilidade. "Os planos continuam em equilíbrio - muito por conta do bom resultado de 2023, também construído pela atual gestão da entidade. Não há, portanto, nenhum risco de equacionamento, nem de pagamento de contribuições extraordinárias pelos associados ou pelo Banco do Brasil", afirma a Previ.

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Em nova publicação no X, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que bombardeios russos chegam a 1.355. "Já houve 67 ataques russos contra nossas posições em várias direções, com o maior número na direção de Pokrovsk. Houve um total de 1.355 casos de bombardeios russos, dos quais 713 envolveram armamento pesado", escreveu, citando relatório do comandante-chefe do exército do país, Oleksandr Syrskyi.

Zelensky também disse que a Ucrânia propõe cessar-fogo de 30 dias, com a possibilidade de prorrogação. "A Ucrânia propõe o fim de qualquer ataque com drones e mísseis de longo alcance contra a infraestrutura civil por um período de pelo menos 30 dias, com a possibilidade de prorrogação."

O presidente ucraniano também afirmou que, "se a Rússia não concordar com essa medida, isso será uma prova de que ela pretende continuar fazendo apenas coisas que destroem vidas humanas e prolongam a guerra", acrescentou na publicação.

Desde que o acordo de cessar-fogo durante o feriado de Páscoa foi proposto pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, no último sábado, 19, Zelensky afirma que os bombardeios continuam na Ucrânia, publicando em sua conta no X dados sobre os ataques.

O governo da Colômbia decretou emergência sanitária em todo o País por conta do aumento de casos de febre amarela no país. Segundo dados do Ministério da Saúde, até o sábado, 19, foram confirmados 54 casos da doença e 22 mortes só neste ano.

Considerando números também de 2024, já são 77 registros da doença dos quais 35 morreram.

Os casos se distribuem entre os departamentos de Tolima, que é o mais afetado, além de Huila, Cauca, Nariño, Putumayo, Caldas, Meta, Vaupés, e Caquetá.

A febre amarela é uma doença viral transmitida por mosquitos e tem entre os sintomas febre alta, de início súbito, dor de cabeça intensa e duradoura, falta de apetite, náuseas e dor no corpo, segundo o Ministério da Saúde brasileiro.

Nas formas graves, pode levar a insuficiência hepática e renal com agravamento da icterícia - coloração amarelada na parte branca dos olhos, além de hemorragias.

O governo colombiano ampliou a campanha de vacinação no País, com foco em crianças a partir de nove meses de idade e adultos a partir de 59 anos.

A vacinação é gratuita e fornece imunidade a partir do décimo dia da aplicação em 95% dos vacinados.

Os Emirados Árabes Unidos pediram que Israel não tome medidas que possam agravar as tensões no Oriente Médio em declaração divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do país neste domingo, 20. Na declaração, o ministério responsabiliza as autoridades israelenses pela interrupção do cessar-fogo na região e pediu que se abstenham de medidas que possam agravar as tensões. No comunicado, os Emirados Árabes Unidos também afirmam "rejeição categórica a todas as práticas que violem o direito internacional e ameacem levar a uma maior escalada" do conflito na região.

A declaração dos Emirados Árabes Unidos ocorre após ameaças de invasão e fechamento da mesquita de Al-Aqsa, localizada em Jerusalém e foco histórico de tensões entre judeus e muçulmanos. Na declaração, os Emirados Árabes Unidos afirmaram haver necessidade de "proteção total aos locais sagrados islâmicos e cristãos" e de impedir violações no complexo da mesquita.

"Os Emirados Árabes Unidos condenam nos termos mais fortes os apelos extremistas para bombardear a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha e cometer violações contra os cristãos em Jerusalém. Também condenam veementemente as violações de Israel contra os cristãos em Jerusalém durante o Sábado Santo, incluindo a negação de acesso às igrejas e agressões físicas, alertando sobre as sérias repercussões dessas práticas arbitrárias, que ameaçam aumentar ainda mais as tensões na região", disse o país na declaração emitida pelo Ministério das Relações Exteriores.

Por fim, os Emirados Árabes Unidos apelaram à comunidade internacional por esforços para alcançar uma paz abrangente com base em dois Estados. A manifestação ocorre também depois de novos ataques das forças israelenses no Líbano, com Israel intensificando as ações militares na região.

Os Emirados Árabes Unidos são um dos países que atuam como mediadores do conflito em Gaza.