Motta sobre pedido de impeachment de Lula: não está no horizonte trazer instabilidade ao País

Política
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) afirmou que não pretende pautar um pedido de impeachment do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, por suposta pedalada fiscal no programa Pé-de-Meia. "Não está nosso horizonte movimentos de trazer instabilidade ao País", disse, durante entrevista à rádio Arapuan FM João Pessoa nesta sexta-feira, 7.

Sobre as eleições de 2026, Motta menciona Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como líderes, num cenário ainda polarizado e apertado.

Ele também afirmou que possui dúvidas se o capitão reformado poderá disputar ou se apoiará alguém.

O presidente da Câmara também adiantou que pretende colocar a pauta da segurança pública na ordem do dia, endurecendo penas para os crimes. "O parlamento precisa entender que precisamos tratar como uma questão de Estado ou nós vamos em cinco, dez, 15 anos, presenciar um Brasil dominado por facções", disse.

Em relação às emendas parlamentares, que vem gerando atritos entre o Legislativo e o Supremo Tribunal Federal (STF), sobretudo o ministro Flávio Dino, Motta pontua que a Casa não abre mão de liberar emendas.

"Hoje o Poder mais transparente é o nosso. Não tenho receio de dizer isso. Essa transferência não pode ser relativa apenas ao Poder Legislativo. Nós somos mais fracos que o Judiciário ou Executivo?", disse o presidente da Câmara. "Somos iguais. Independentes. Transparência para todos é o que a sociedade pede."

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou nesta sexta-feira, 7, que o Japão concordou em dobrar os investimentos em defesa até 2027, em relação aos níveis verificados durante o primeiro mandato do republicano, entre 2017 e 2021. Em coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, na Casa Branca, Trump disse que os dois reforçaram compromisso com a segurança da península da Coreia. "Teremos relação com a Coreia do Norte", disse, antes de completar que se dá bem com o ditador norte-coreano, Kim Jong Un.

Sobre assuntos domésticos, Trump confirmou que pretende demitir alguns dos agentes do FBI que participaram das investigações sobre a invasão do Capitólio por apoiadores do republicano, em 6 de janeiro de 2021. "Há muita corrupção", acusou, sem dar mais detalhes.

Trump também garantiu que o Departamento de Eficiência, liderado pelo CEO da Tesla, Elon Musk, não vai mexer com a Previdência, apenas "fortalecê-la".

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, criticou a determinação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ, na sigla em inglês) que impõe a "eliminação total" dos cartéis internacionais. Para ela, Washington deveria primeiro lidar com seus próprios problemas internos relacionados ao tráfico de drogas.

"Comecem pelo seu país. Nós, claro, vamos nos coordenar, colaborar, mas, como disse em 5 de fevereiro, nunca com subordinação nem ingerência, é coordenação", afirmou Sheinbaum durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 7.

Na quarta-feira, o DoJ publicou um memorando anunciando mudanças na estratégia para o combate aos cartéis de drogas e organizações criminosas transnacionais.

"Eles têm muito o que fazer nos EUA. Como o fentanil ou qualquer outra droga chega até lá? Quem transporta pela fronteira? Quem distribui e vende essas drogas nas cidades americanas, onde causaram tanta tragédia?", questionou Sheinbaum.

A presidente também defendeu esforços conjuntos dentro das fronteiras de cada país e negou que esteja buscando apoio direto dos Estados Unidos. "Não. O que estamos pedindo é colaboração e coordenação com todo o governo dos EUA. Eles têm diferentes agências, mas queremos coordenação e cooperação", afirmou.

O presidente do Equador, Daniel Noboa, busca a reeleição como mandatário do país e quer se manter mais quatro anos no poder. Para as eleições que acontecerão no domingo, 9, ele lidera as pesquisas de intenção de voto, depois de ter assumido o cargo há um ano e quatro meses com a promessa de aplicar "mão dura" ao crime que mergulhou o país no medo e na violência.

Sob o regime de Noboa, o Equador enfrentou cortes de energia no último trimestre de 2024, que chegaram a durar até 14 horas por dia sem energia. A medida custou perdas de US$ 7,5 bilhões nos setores comercial e produtivo, segundo associações empresariais do país. Sem apresentar dados, autoridades equatorianas atribuíram a situação a uma seca severa.

A crise energética fez com que a popularidade do presidente caísse de 52% em agosto para 36% no início deste ano. Apesar dos desafios, no entanto, ele segue na ponta da atual eleição, seguido por Luisa González, do partido de esquerda Revolução Cidadã. Os restantes 14 candidatos têm menos de 2% de intenção de voto e os indecisos totalizam cerca de 24%.

"O Equador já mudou e quer continuar mudando", defendeu ontem, no encerramento de sua campanha. Anteriormente, Noboa disse que políticos que se incomodam com seu trabalho contra o crime organizado, fazem parte das máfias.