Bolsonaristas querem que ministro José Múcio testemunhe a favor de Bolsonaro no STF

Política
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Deputados bolsonaristas afirmaram nesta terça-feira, 18, após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que querem que o ministro da Defesa, José Múcio, testemunhe a favor do ex-chefe do Executivo no Supremo Tribunal Federal (STF). Na semana passada, Múcio disse que recorreu a Bolsonaro para conseguir contato com os chefes das Forças Armadas.

 

"Não existe um crime sem o emprego das Forças Armadas, é só se atentar ao detalhe do José Múcio. Eu espero que a defesa do presidente Jair Messias Bolsonaro, meu irmão, chame o ministro da Defesa, José Múcio", afirmou o deputado Hélio Lopes (RJ), vice-líder do PL na Câmara.

 

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, no último dia 10, o ministro da Defesa afirmou que teve que recorrer a Bolsonaro para conseguir ser recebido pelos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. Segundo Múcio, ele e o ex-presidente sempre tiveram uma "relação muito boa".

 

"A primeira dificuldade foi ser recebido pelos comandantes. Foi quando eu recorri ao presidente Bolsonaro, meu colega de muitos anos, sempre tivemos uma relação muito boa. E falei a ele: 'Sou o novo ministro da Defesa e queria que você me ajudasse a fazer uma transição tranquila. Vai ser bom para o novo governo, vai ser bom para o seu governo, que está terminando'", afirmou Múcio.

 

Em entrevista, os deputados bolsonaristas apostaram que a denúncia da PGR vai intensificar as novas manifestações convocadas por Bolsonaro, além de gerar uma cadeia de protestos populares pelo País. O ex-presidente anunciou encontros de apoiadores em 120 cidades no dia 16 de março, e deve discursar no Rio.

 

"A apresentação da denúncia, muito provavelmente, vai fazer com que milhões de pessoas que não iriam passem a ir para a manifestação do dia 16 de março", afirmou o deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS).

 

Os parlamentares ainda classificaram a denúncia da PGR como "decisão de cunho midiático, "perseguição política" e "baseada em suposições". Os bolsonaristas ainda questionaram uma possível "estratégia" pelo fato do parecer ter sido entregue ao STF após pesquisas que atestaram a queda da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e uma vitória de Bolsonaro contra o petista na eleição presidencial.

 

Eles prometeram ainda que vão aumentar a pressão contra o STF em declarações feitas na tribuna da Câmara caso a Primeira Turma da Corte aceite o parecer do procurador-geral, Paulo Gonet.

 

A PGR apontou que Bolsonaro cometeu cinco crimes, sendo eles: dano qualificado com uso de violência e grave ameaça e deterioração do patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa. Somadas, as penas dos crimes podem chegar a mais de 43 anos de prisão.

 

De acordo com a denúncia da PGR, Bolsonaro liderou uma organização criminosa "baseada em projeto autoritário de poder" e "com forte influência de setores militares". Também foi apontado como comandante da trama o ex-ministro da Defesa general Walter Braga Netto, que está em prisão preventiva.

 

"A organização tinha por líderes o próprio presidente da República e o seu candidato a vice-presidente, o general Braga Neto. Ambos aceitaram, estimularam, e realizaram atos tipificados na legislação penal de atentado contra o bem jurídico da existência e independência dos poderes e do Estado de Direito democrático", diz um trecho da denúncia.

 

O Estadão pediu manifestação da defesa do ex-presidente, mas não obteve retorno.

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O secretário de Estados dos EUA, Marco Rubio, disse nesta terça, 11, que a Ucrânia deu um passo positivo ao aceitar o cessar-fogo de 30 dias proposto pelos americanos e espera que os russos retribuam. "A bola agora está no campo da Rússia em relação à paz na Ucrânia".

Rubio declarou à jornalistas que o único jeito de sair da guerra é com uma negociação e que o cessar-fogo "é um início para as discussões de como acabar com a guerra de forma permanente".

Em coletivo junto ao secretário de Estado, o assessor de segurança nacional dos EUA, Mike Waltz, afirmou que irá falar com seu homólogo russo nos próximos dia.

Sobre prazos para assinatura de um acordo, Waltz e Rubio disseram que querem realizá-lo o mais cedo possível.

O Hamas anunciou nesta terça-feira, 11, o início das negociações com Israel e um representante dos Estados Unidos para a segunda fase de um cessar-fogo na Faixa de Gaza. "Esperamos que esta rodada traga avanços significativos para o início da próxima fase das negociações, pavimentando o caminho para o fim da agressão, a retirada da ocupação de Gaza e a conclusão de um acordo de troca de prisioneiros", afirmou o grupo.

O Hamas também declarou que o governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, é responsável "politicamente, legalmente, humanitariamente e moralmente" pelo apoio irrestrito ao governo de ocupação extremista de Israel, que, segundo o grupo, comete crimes de assassinato e deslocamento forçado contra o povo palestino.

Em um comunicado, o movimento exigiu que a comunidade internacional, junto a organizações humanitárias e de direitos humanos, pressione Israel para interromper as "graves violações" que, segundo o Hamas, podem "ameaçar" a segurança e a estabilidade na região e no mundo.

O primeiro-ministro da província canadense de Ontário, Doug Ford, alertou nesta terça, 11, sobre uma possível "recessão Trump" e afirmou que não "hesitará" em interromper as exportações de energia elétrica para os Estados Unidos, caso o republicano continue a "prejudicar famílias canadenses".

Em entrevista à CNBC, Ford declarou: "Se entrarmos em uma recessão, ela será chamada de recessão Trump". Ao ser questionado sobre a possibilidade de paralisar as exportações de eletricidade, ele acrescentou: "Essa é a última coisa que eu quero fazer. Eu quero enviar mais eletricidade para os EUA, para nossos aliados mais próximos ou nossos melhores vizinhos do mundo. Quero enviar mais eletricidade."

No entanto, Ford destacou que a energia é uma "ferramenta em nosso arsenal" no contexto da guerra comercial promovida por Trump. "À medida que ele Trump continua prejudicando as famílias canadenses, as famílias de Ontário, eu não hesitarei em fazer isso. Essa é a última coisa que eu quero fazer", completou.

As declarações de Ford ocorreram após Trump anunciar uma tarifa adicional de 25% sobre o aço e alumínio canadenses, elevando a taxa para 50%, em resposta à sobretaxa de 25% imposta por Ontário sobre a eletricidade exportada para os EUA.