Toffoli vota e STF tem maioria para cassar Zambelli

Política
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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, na manhã de ontem, para condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com uso de arma de fogo. O caso envolve um episódio ocorrido na véspera do segundo turno das eleições de 2022, quando Zambelli perseguiu um homem no bairro Jardins, em São Paulo, empunhando uma arma.

Após quatro votos favoráveis à condenação, o julgamento foi suspenso por um pedido de vista do ministro Kassio Nunes Marques, mas Dias Toffoli - assim como fez Cristiano Zanin - antecipou o voto e adiantou a formação da maioria na Corte. Além dos cinco anos e três meses de prisão, a condenação pode resultar na perda do mandato da deputada federal.

Apesar de a maioria estar formada, o julgamento ainda não foi encerrado e a execução penal não será imediata. Mesmo após o encerramento do julgamento, cabem recursos à sentença proferida.

A maioria dos ministros seguiu o entendimento do relator do caso, Gilmar Mendes. Além de Toffoli, votaram com o relator Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Zanin. Restam os votos de Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Luiz Fux, André Mendonça e Nunes Marques.

Ainda não há data para a retomada do julgamento. O regimento interno do STF prevê que o ministro que pede vista precisa devolver o processo em até 90 dias ou o caso é liberado automaticamente para ser incluído novamente na pauta.

Em nota divulgada anteontem, a defesa de Zambelli celebrou o pedido de vista de Nunes Marques, para que ele e os demais ministros pudessem "examinar minuciosamente o processo e constatar, como exposto nos memoriais encaminhados, que não pode prevalecer o voto condenatório" proferido pelo relator. Os defensores da deputada federal não haviam se manifestado após a formação da maioria na Corte.

A análise do caso ocorre em plenário virtual, modalidade em que os ministros não debatem, somente registram seus votos. Se a Corte decidir pela condenação, a deputada perde o mandato somente após o trânsito em julgado do processo, ou seja, depois que todos os recursos forem esgotados.

'DEPRIMIDA'

Zambelli rebateu ontem as acusações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que responsabilizou a deputada por "tirar o mandato" de sua chapa na eleição presidencial de 2022.

"Não acho justa. Eu sempre o defendi, estou com depressão, sendo julgada, e no pior momento ele falar dessa forma é trazer muito peso para as minhas costas", disse ela em entrevista ao portal g1. (Colaborou Adriana Victorino)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O governador de Utah, Spencer Cox, afirmou neste domingo, 14, que o suspeito preso pelo assassinato do conservador Charlie Kirk não está cooperando com as autoridades. Os investigadores estão reunindo informações sobre Tyler Robinson, de 22 anos, com amigos e familiares do jovem e ainda não conseguem apontar o motivo do atentado, disse Cox em entrevista à NBC.

Segundo o governador, mais informações podem vir à tona na próxima terça-feira, 16, quando Robinson deve comparecer ao tribunal para ser acusado formalmente.

Citando entrevistas com parentes e conhecidos de Robinson, Cox disse que "claramente" o suspeito tinha uma ideologia de esquerda, e que frequentava "sites obscuros" da internet que podem ter influenciado na sua radicalização.

Kirk, aliado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e cofundador da organização conservadora de jovens Turning Point USA, foi morto na última quarta-feira, durante uma de suas turnês de palestras na Utah Valley University, após ser baleado. Fonte: Associated Press

O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, afirmou neste domingo, 14, que é hora de a comunidade internacional parar de "usar dois pesos e duas medidas" e punir Israel pelo que chamou de crimes. As declarações foram feitas à margem de encontro de chanceleres de países árabes e muçulmanos, que discutiu neste domingo uma resposta unificada para o ataque do governo israelense ao Hamas ocorrido em Doha.

Também ministro das Relações Exteriores catariano, Al Thani disse que o país segue comprometido em alcançar um cessar-fogo em Gaza, em conjunto com Egito e Estados Unidos. Mas a ofensiva israelense que matou seis pessoas em solo catariano representou "um ataque ao próprio princípio da mediação", de acordo com ele.

"É hora de a comunidade internacional parar de aplicar dois pesos e duas medidas e punir Israel por todos os crimes que cometeu", comentou o premiê, em transmissão posteriormente divulgada pelo governo do Catar de uma reunião a portas fechadas.

Ainda não houve resposta do governo israelense, que está recebendo o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, neste fim de semana. O principal diplomata do presidente norte-americano, Donald Trump, visitou neste domingo o Muro das Lamentações, em Jerusalém, acompanhado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

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*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

A Romênia rechaçou neste domingo, 14, o que chamou de "ações irresponsáveis" da Rússia, que realizou no sábado, 13, uma incursão no espaço aéreo romeno com um drone. Em comunicado oficial, o Ministério da Defesa do país "condena firmemente as ações irresponsáveis da Federação Russa e enfatiza que elas representam uma nova provocação à segurança regional e à estabilidade na área do Mar Negro".

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Mais cedo neste domingo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou a incursão russa como "uma flagrante violação da soberania da União Europeia e uma séria ameaça à segurança regional".