Tarcísio discursa em ato pró-anistia em SP: 'Se está tudo caro, volta Bolsonaro'

Política
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou neste domingo, 6, que a anistia é uma pauta urgente porque é necessário "pacificar o País". Segundo o ex-ministro do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, é preciso "discutir o que interessa". Nessa seara, Tarcísio citou a inflação e o preço dos alimentos para afagar seu padrinho político: "Se está tudo caro, volta Bolsonaro".

Tarcísio participa, ao lado de outros governadores, do ato convocado pelo ex-presidente e seus aliados em defesa da anistia aos condenados pelos atos golpistas do 8 de Janeiro. Segundo Tarcísio, a anistia é uma "pauta política, humanitária e urgente". "Temos urgência porque precisamos pacificar o Brasil. Olhar para frente e discutir o que interessa. Estamos perdendo o bonde. Temos que pensar no nosso crescimento. Por que a inflação está tão cara? Por que vocês estão pagando caro no ovo? E se está tudo caro, volta Bolsonaro".

O governador afirmou que os condenados pelos atos golpistas do 8 de Janeiro são "pessoas que estavam vendo o que acontecia, conhecendo Brasília" na data em que houve a invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes. "Pedir anistia não é uma heresia, é algo justo, real e importante", exclamou.

Ao final de sua fala durante o ato, o governador de São Paulo se dirigiu diretamente a Bolsonaro: "O senhor faz falta e a injustiça não vai prevalecer. Tenho certeza que o senhor vai voltar para trazer esperança para estas pessoas". Em seguida, pediu aos presentes que entoassem o coro "volta, Bolsonaro".

Tarcísio disse esperar que, após o ato deste domingo, "Deus toque o coração de cada parlamentar sobre a anistia". O PL de Bolsonaro tenta angariar assinaturas individuais de 257 deputados para conseguir pautar o regime de urgência da anistia na Câmara dos Deputados, independentemente de um acordo de líderes.

De acordo o Placar da Anistia do Estadão, levantamento exclusivo para identificar como cada um dos deputados se posiciona sobre o tema, mais de um terço dos 513 parlamentares da Câmara dos Deputados apoia a anistia aos presos do 8 de Janeiro. Já são 197 votos a favor da anistia, segundo o levantamento, faltando 60 votos para atingir a maioria absoluta da Câmara.

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chegou pouco depois das 14h30 (pelo horário de Brasília) desta segunda-feira, 7, na Casa Branca, em Washington, para reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Jornalistas presentes no local perguntaram aos líderes sobre as tarifas americanas contra os israelenses, mas não obtiveram respostas.

Pouco antes, Washington cancelou a coletiva de imprensa conjunta de Trump e Netanyahu, segundo informações da repórter do Wall Street Journal Meridith McGraw, em publicação no X. A coletiva estava marcada para esta segunda-feira, às 15h30 (de Brasília).

Segundo o conselheiro econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, os dois líderes "têm muito a discutir" e devem conversar sobre a situação no Oriente Médio.

A Casa Branca cancelou a coletiva de imprensa conjunta do presidente dos EUA, Donald Trump, e do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, segundo informações da repórter do Wall Street Journal Meridith McGraw, em publicação no X. A coletiva estava marcada para esta segunda-feira, às 15h30 (horário de Brasília). Contudo, a aparição dos líderes no Salão Oval da Casa Branca ainda acontecerá, de acordo com a repórter do Semafor Shelby Talcott, também em publicação realizada no X.

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou no sábado, 5, que o país está revogando todos os vistos de cidadãos que possuem passaporte do Sudão do Sul, acusando o governo do país africano de "se aproveitar dos Estados Unidos".

"Todo país deve aceitar o retorno de seus cidadãos de maneira oportuna quando outro país, incluindo os Estados Unidos, busca deportá-los", disse Rubio em comunicado, acrescentando que "o governo de transição do Sudão do Sul falhou em respeitar plenamente esse princípio".

Além da revogação dos vistos, Rubio disse que os EUA impedirão novas emissões "para evitar a entrada de portadores de passaporte sul-sudanês".

O cenário político do Sudão do Sul é frágil, e a recente violência entre tropas do governo e grupos armados da oposição aumentou as tensões. A decisão significa que os sul-sudaneses podem ser devolvidos a uma nação novamente à beira de uma guerra civil, ou impedidos de buscar os EUA como refúgio.

Não houve resposta imediata por parte do governo do Sudão do Sul, que tem enfrentado dificuldades desde a independência do Sudão em 2011 para oferecer alguns dos serviços básicos de um Estado. Anos de conflitos deixaram o país, com mais de 11 milhões de habitantes, fortemente dependente de ajuda humanitária - que foi duramente afetada pelos cortes abrangentes de Trump na assistência externa.

Na semana passada, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu aos líderes regionais e internacionais que impeçam o Sudão do Sul de "cair no abismo" de outra guerra civil.

Guterres alertou que o país mais novo do mundo enfrenta "uma emergência de segurança", com confrontos cada vez mais intensos e uma "reviravolta política" que culminou com a prisão, na semana passada, do primeiro vice-presidente Riek Machar pelo governo. (Com informações da Associated Press).