Cirurgia de Bolsonaro no intestino termina após mais de 11h

Política
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o centro cirúrgico do Hospital DF Star, em Brasília, por volta das 21h20 deste domingo, 13. A operação durou mais de 11 horas.

 

"Estou indo agora para a sala de extubação, onde poderei vê-lo. Em breve, os médicos darão uma coletiva com mais informações", publicou em suas redes sociais a ex-primeira-dama, Michele Bolsonaro.

 

Bolsonaro entrou no centro cirúrgico por volta das 9h da manhã deste domingo, para os procedimentos pré-operatórios, e a cirurgia de laparotomia exploradora começou às 10h, com o objetivo de liberar aderências intestinais e reconstruir sua parede abdominal, em consequência de complicações da facada que sofreu em 2018, em atentado durante a campanha presidencial.

 

O ex-presidente sentia fortes dores na região do abdome desde a última sexta-feira, 11, quando interrompeu um evento do PL no Rio Grande do Norte e precisou ser levado de helicóptero para Natal. Na noite de sábado, 12, foi transferido para Brasília em um avião com UTI aérea.

 

Ao longo da tarde e da noite, apoiadores do ex-presidente se reuniram na portaria do hospital e fizeram orações a cada três horas. A última foi feita às 21 horas, minutos antes de Michelle anunciar o término da cirurgia. Apoiadores puxaram gritos de ordem, como "esse dia não será de luto, será de alegria" e que Bolsonaro precisava ser curado para "salvar o País".

 

Ainda na noite de sábado, Leandro Echenique, cardiologista que faz parte do staff médico de Bolsonaro, previu que a cirurgia seria demorada. "Vai tirar a tela que ele tem lá e vai recolocar. É uma cirurgia bem extensa, é um abdômen que já foi muito manipulado desde 2018, da facada", explicou.

 

Segundo o cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Oswaldo Cruz Rodrigo Perez, a obstrução intestinal é uma complicação comum em pacientes que já passaram por diversas cirurgias abertas, como é o caso do ex-presidente. Hérnias, tumores e intoxicações também podem levar a esse quadro, conforme informações do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD).

 

Para a recuperação, há alguns cenários possíveis - no melhor deles, em que o problema é resolvido durante a cirurgia, a recuperação costuma ser "muito favorável", aponta o médico. Mas, se há um número grande de alças intestinadas aderidas, é preciso fazer manipulação maior do intestino, o que pode retardar a recuperação.

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O governo dos Estados Unidos anunciou na segunda-feira, 14, que vai congelar mais de US$ 2,2 bilhões em subvenções e US$ 60 milhões em contratos da Universidade Harvard, logo após a instituição informar que não acataria as exigências da gestão de Donald Trump para limitar o ativismo no câmpus.

A suspensão dos recursos é uma tentativa da Casa Branca de obrigar a universidade a aderir à agenda política de Trump.

Em uma carta dirigida à Harvard na sexta-feira, 11, o governo pediu que a instituição fizesse amplas mudanças na gestão e nas políticas de admissão, além da realização de auditorias sobre os programas de diversidade.

Nesta segunda, o presidente de Harvard, Alan Garber, disse que não cederia às exigências do governo. "A universidade não renunciará à sua independência nem a seus direitos constitucionais", afirmou Garber, em uma carta dirigida à comunidade acadêmica. "Nenhum governo - independentemente do partido que está no poder - deve ditar o que as universidades privadas podem ensinar, quem podem admitir e contratar e em que áreas de estudo e investigação podem trabalhar." Fonte: Associated Press.

O Parlamento da Hungria aprovou nesta segunda-feira, 14, uma reforma na Constituição que restringe os direitos da população LGBT+. A proposta do governo Viktor Orbán proíbe eventos públicos da comunidade, como a Parada do Orgulho de Budapeste. A mudança também determina a partir de agora o reconhecimento de apenas dois gêneros perante a lei: masculino e feminino.

A emenda foi aprovada pelo Parlamento - onde a coalizão do governo tem ampla maioria - com 140 votos a favor e 21 contra. É a mais recente de uma série de medidas do primeiro-ministro de extrema direita para mobilizar a sua base conservadora e desviar a atenção dos problemas econômicos enquanto o país se prepara para as eleições do ano que vem.

"A rede internacional de gênero deve tirar as mãos de nossas crianças", disse Viktor Orbán na segunda-feira. "Agora, com a mudança na América, os ventos mudaram a nosso favor", acrescentou, referindo-se ao retorno de Donald Trump, de quem é aliado, como presidente dos Estados Unidos.

Espelhando um decreto assinado por Trump, a Constituição da Hungria vai especificar que uma pessoa é "ou homem ou mulher", impondo apenas dois gêneros.

A reforma estabelece ainda que os direitos ao das crianças ao desenvolvimento moral, físico e espiritual prevalecem sobre praticamente todos os outros direitos, inclusive o de livre reunião. Essa emenda consolida a lei que proíbe eventos públicos da comunidade LGBT+, aprovada no mês passado em nome da "proteção da infância".

A lei também permite que as autoridades usem ferramentas de reconhecimento facial para identificar pessoas que participam de eventos proibidos, como a Parada do Orgulho LGBT+ de Budapeste, e pode acarretar multas de até 200 mil florins húngaros (cerca de R$ 2.800).

O governo Viktor Orbán tem atacado os direitos da comunidade LGBT+ nos últimos anos, alegando que seria necessário proteger as crianças de uma suposta "ideologia woke" ou "loucura de gênero". Entre outras coisas, a Hungria havia proibido o casamento e adoção por casais do mesmo sexo.

Essa é uma pauta que costuma ser retomada perto das eleições. Um ano antes da última, em 2022, o Fidesz, partido de Viktor Orbán, aprovou no Parlamento a lei que proibia a "popularização" da homossexualidade e de conteúdos que promovessem um gênero diferente daquele atribuído ao nascimento. O primeiro-ministro venceu com folga após retratar seus adversários como "globalistas woke".

Mas a reputação do Fidesz como defensor das crianças foi abalada no início do ano passado, com o escândalo envolvendo o perdão a um homem condenado como cúmplice por acobertar um caso de pedofilia em um abrigo infantil. A crise levou à renúncia de três figuras importantes do partido, incluindo a ministra da Justiça, Judit Varga, e a então presidente da Hungria, Katalin Novak.

O escândalo da pedofilia também deu origem ao maior desafio político para Viktor Orbán nos últimos anos: o movimento liderado pelo antigo apoiador Peter Magyar, ex-marido de Judit Varga. Após romper com o primeiro-ministro, ele tem mobilizado a oposição e algumas pesquisas indicam que seu novo partido, o Tisza, poderia derrotar o Fidesz nas próximas eleições.

Orbán venceu quatro eleições gerais consecutivas e promoveu uma série de reformas constituições na Hungria. Enquanto os críticos denunciam retrocessos democráticos, aliados como Donald Trump e Jair Bolsonaro o veem como modelo de sucesso da política conservadora em ação.

As emendas desta segunda-feira marcam a 15ª vez que a Hungria revisa sua Constituição desde que Orbán assumiu o cargo de primeiro-ministro em 2010, quando iniciou sua transformação do país em uma autodeclarada "democracia iliberal".

Outra disposição importante aprovada agora permite que o governo retire a cidadania húngara de pessoas com dupla nacionalidade consideradas uma ameaça à nação. Alguns dos críticos mais veementes de Orbán são húngaros que fugiram do país e adquiriram cidadania em outros países.

Antes da votação, a última etapa para aprovação das emendas, parlamentares da oposição e manifestantes tentaram bloquear a entrada do Parlamento, em Budapeste. Eles foram rapidamente removidos pelo numeroso efetivo policial. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Um terremoto preliminar de magnitude 5,2 atingiu nesta segunda-feira, 14, perto de San Diego, de acordo com o Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês).

O epicentro do terremoto foi registrado a 4,05 quilômetros ao sul de Julian, no condado de San Diego.

Pelo menos nove tremores secundários foram relatados após o terremoto inicial.

Ainda não se sabe se há relatos de feridos ou danos.