Desaprovação do governo Lula chega a 57,4%, aponta Paraná Pesquisas

Política
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Levantamento do Paraná Pesquisas divulgado nesta quarta-feira, 23, mostra que 57,4% dos brasileiros desaprovam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Outros 39,2% aprovam a gestão, enquanto 3,4% não souberam opinar ou não responderam.

A desaprovação é a maior do atual mandato de Lula na Presidência O instituto realiza essa pesquisa desde agosto de 2023. A aprovação, por sua vez, é a menor.

O aumento da reprovação foi de sete pontos porcentuais neste ano Em janeiro, era 50,4%. Já a aprovação, que era de 46,1% no mesmo mês, caiu para 6,9 pontos.

Já sobre a avaliação do governo Lula, 48% consideram a gestão "ruim" ou "péssima". Para 26,6%, é "ótima" ou "boa". Outros 24,4% avaliam o governo como "regular". E 1% não sabe ou não opinou.

A pesquisa entrevistou 2.020 pessoas entre os dias 16 e 19 de abril de 2025, em 160 municípios das 27 unidades federativas do País. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais, com nível de confiança de 95%.

Pesquisa eleitoral para 2026

Nesta terça-feira, 22, uma pesquisa do instituto mostra o presidente Lula e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) tecnicamente empatados em eventual disputa pela Presidência.

Em outro cenário estimulado, em que os nomes dos candidatos também são apresentados aos entrevistados, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), substituindo Michelle como o principal nome da direita, perderia para o petista.

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O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, criticou duramente as novas sanções dos Estados Unidos contra setores energéticos e nucleares iranianos, classificando-as como uma contradição às sinalizações de diálogo feitas por Washington. Em comunicado divulgado no Telegram, Baghaei afirmou que as medidas são "atos hostis" que expõem o "desrespeito dos formuladores de políticas dos EUA ao Estado de Direito e aos direitos humanos".

Segundo o porta-voz, as sanções são "coercitivas, ilegais e contraditórias com a alegação dos EUA de estarem abertos ao diálogo", mostrando "a ausência de boa fé e seriedade por parte de Washington". Ele destacou que o uso de sanções como "instrumento de intimidação e pressão política" viola a Carta da Organização das Nações Unidas (ONU) e o direito internacional, além de prejudicar o comércio global e os direitos das populações afetadas.

Baghaei ainda afirmou, de acordo com a nota iraniana, que tais medidas representam "graves violações dos direitos humanos básicos", incluindo o direito ao desenvolvimento, e podem ser consideradas "crimes contra a humanidade". O governo iraniano exige que os EUA sejam responsabilizados por essas ações, que descreveu como "ilegítimas, arbitrárias e criminosas".

Na véspera, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou sanções contra um empresário e uma rede de empresas, sob acusação de exportar milhões de dólares em gás liquefeito de petróleo (GLP) e petróleo bruto, recursos que, segundo Washington, ajudam a financiar o programa nuclear e atividades "desestabilizadoras" do Irã.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou declarações do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sobre a Crimeia, chamando-as de "inflamatórias" e prejudiciais às negociações de paz com a Rússia. Em publicação na rede Truth Social, Trump afirmou que o líder ucraniano "está se gabando na primeira página do Wall Street Journal" ao dizer que "a Ucrânia não reconhecerá legalmente a ocupação da Crimeia. Não há nada para discutir aqui".

Para Trump, esse tipo de postura "é muito prejudicial para as negociações de paz com a Rússia, já que a Crimeia foi perdida há anos sob os auspícios do presidente 'Barack Hussein Obama', e nem sequer é um ponto de discussão". Ele argumentou que "ninguém está pedindo a Zelensky que reconheça a Crimeia como território russo", mas provocou: "se ele quer a Crimeia, por que não lutaram por ela 11 anos atrás, quando foi entregue à Rússia sem um tiro ser disparado?"

O republicano também sugeriu que a Ucrânia deveria buscar um acordo em vez de prolongar o conflito. "A situação da Ucrânia é desesperadora. Ele pode ter paz ou lutar por mais três anos antes de perder o país inteiro", escreveu. Segundo Trump, "estamos muito perto de um acordo, mas o homem sem 'nenhuma carta na mão' deveria, finalmente, RESOLVER ISSO".

Trump ainda declarou que não tem ligações com a Rússia, mas que se importa em salvar "em média, cinco mil soldados russos e ucranianos por semana, que estão morrendo sem motivo algum". Para ele, a fala de Zelensky "não fará nada além de prolongar o 'campo da morte', e ninguém quer isso". "Espero poder ajudar a Ucrânia e a Rússia a sair dessa BAGUNÇA COMPLETA E TOTAL, que nunca teria começado se eu fosse presidente!", concluiu.

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, criticou os Estados Unidos por impor "tarifas de forma abusiva" e por "se isolar da comunidade internacional", defendendo uma maior união global em prol do multilateralismo. Em encontro com o chanceler iraniano, Abbas Araghchi, também abordou as negociações nucleares entre Teerã e Washington, com a China reafirmando seu apoio a uma solução diplomática para a questão.

Yi classificou o Irã como um "parceiro estratégico integral" no Oriente Médio e elogiou a cooperação recente na luta contra o "unilateralismo e a coerção", segundo comunicado.

Em relação às tensões comerciais, o chanceler chinês alertou para o "aumento da instabilidade" no cenário mundial e condenou medidas protecionistas.

Ele ainda sugeriu que ambos os países intensifiquem a coordenação em fóruns como a Organização de Cooperação de Xangai (OCX) e o Brics.

Yi reiterou o apoio da China a uma "solução política e diplomática" para o impasse referente ao programa nuclear iraniano, manifestando-se contra as "sanções unilaterais ilegais" e o uso da força. "A China elogia o compromisso do Irã de não desenvolver armas nucleares e defende seu direito ao uso pacífico da energia nuclear", declarou.

O ministro chinês também se mostrou favorável ao diálogo direto entre Teerã e Washington, destacando que as negociações são essenciais para "proteger os direitos legítimos" do Irã e garantir a "paz e estabilidade regionais".

Araghchi afirmou que a parceria estratégica com a China vive seu "melhor momento histórico" e que não será afetada por "fatores externos".

Ele condenou as "tarifas arbitrárias e a coerção dos EUA" e garantiu que o Irã continuará ao lado de Pequim na luta contra o "unilateralismo". O chanceler iraniano também destacou que o Irã pretende expandir a cooperação bilateral, incluindo em fóruns como a ONU e o Brics.