Conselho de Ética aprova admissibilidade de 2º processo contra Daniel Silveira

Política
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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira, 22, a admissibilidade de um segundo processo contra o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). A acusação foi apresentada pela Rede, PSOL e PSB, sob o argumento de que o deputado ameaçou, em outro vídeo divulgado em maio do ano passado, manifestantes contrários ao governo Bolsonaro. Foram 11 votos a favor e dois contrários, dos deputados Fábio Schiochet (PSL-SC) e Hugo Leal (PSD-RJ).

Esse processo contra Silveira se soma a outro, já em tramitação no colegiado, aberto no início do mês. A primeira investigação também tem como objeto o mesmo motivo pelo qual ele foi preso em fevereiro: um vídeo no qual fez apologia ao Ato Institucional n.° 5, o mais violento da ditadura, e pediu a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Os dois processos podem levar à perda do mandato de Silveira.

Após o deputado ficar 26 dias preso no Batalhão Especial Prisional, em Niterói, no Rio de Janeiro, o ministro do STF, Alexandre de Moraes concedeu a ele o direito de cumprir prisão domiciliar, usando tornozeleira eletrônica, no último dia 14. Durante o depoimento por videoconferência, Silveira disse que estava naquele momento conectado a uma tomada, carregando o dispositivo, e reclamou de sua situação.

"Eu estou aqui preso a uma tomada, carregando uma tornozeleira eletrônica que eu não deveria estar usando. Eu não deveria ter sido preso", afirmou. Silveira se defendeu das acusações do processo em análise e disse que sua manifestação foi tirada de contexto. Observou, porém, que não teria como provar o que dizia porque está impedido pelo STF de acessar suas contas nas redes sociais. "Há um oportunismo político exagerado demais", afirmou o deputado.

No vídeo da acusação admitida nesta segunda-feira, intitulado "Recado para os Antifas", Silveira disse haver policiais armados nas manifestações. "Até que vocês vão pegar um polícia zangado no meio da multidão, vão tomar um no meio da caixa do peito, e vão chamar a gente de truculento", protestou ele no vídeo. "Eu 'tô' torcendo para isso. Quem sabe não seja eu o sortudo. Vocês me peguem na rua em um dia muito ruim e eu descarregue minha arma em cima de um filho da puta comunista que tentar me agredir. Vou ter que me defender, não vai ter jeito. E não adianta falar que foi homicídio; foi legítima defesa. Tenham certeza: eu vou me defender".

Em seu depoimento de defesa, Silveira disse ter permissão médica para não usar máscara. "Eu tenho uma permissão, uma licença médica, de acordo com uma lei por essa Casa aprovada, para que eu não use a máscara", declarou. O deputado fez referência à lei 14.019/20, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em julho do ano passado, que prevê a obrigatoriedade do uso de proteção facial.

Um dispositivo dessa lei abre exceção para pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiências intelectual, sensorial ou quaisquer outros diagnósticos que as impeçam de fazer o uso, sendo obrigatória a apresentação de licença médica.

Ainda nesta segunda-feira, 22, o Conselho de Ética da Câmara votou pelo arquivamento do processo contra a deputada Alê Silva (PSL-MG) por quebra de decoro. O processo foi aberto depois que ela postou nas redes sociais mensagens consideradas ofensivas durante a disputa pela liderança de seu partido, o PSL, no fim de 2019. Foram 13 votos pelo arquivamento e um contra.

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Autoridades dos EUA e da Rússia deverão ter novos contatos para discutir um acordo de cessar-fogo na Ucrânia, após uma rodada de conversas nesta segunda-feira (24), mas ainda não há nenhum plano concreto sobre a questão, afirmou o Kremlin nesta terça-feira, 25.

Negociadores americanos e russos mantiveram conversas ao longo de toda a segunda-feira em Riad, capital da Arábia Saudita, para acertar detalhes sobre uma pausa parcial da guerra deflagrada por Moscou na Ucrânia há três anos, um dia após autoridades americanas terem mantido conversas separadas em Riad com uma equipe ucraniana.

Ambos os lados, porém, ainda não conseguiram chegar sequer a um acordo limitado de cessar-fogo, que duraria 30 dias, com Rússia e Ucrânia mantendo os ataques bilaterais e discordando sobre quais tipos de alvos deveriam ser incluídos em uma eventual trégua.

Nesta terça, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres que o resultado das conversas em Riad "foi relatado" a Moscou e Washington e está sendo "analisado", mas ressaltou que o teor das discussões não será divulgado.

"Estamos falando de negociações técnicas, negociações imersas em detalhes", disse Peskov, acrescentando que, embora não haja no momentos planos para uma nova conversa telefônica entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, um diálogo do tipo poderá ser marcado rapidamente se houver necessidade.

"Há um entendimento de que os contatos irão continuar, mas não há nada concreto no momento", disse Peskov. Ele acrescentou que também não há planos para uma reunião tripartite entre Rússia, EUA e Ucrânia. Fonte: Associated Press.

Os Estados Unidos lançaram ataques aéreos contra alvos do grupo rebelde Houthi no Iêmen nesta terça-feira, 25. Duas pessoas morreram na capital do país, Sanaa, de acordo com os houthis. A cidade portuária de Al Hudaydah, às margens do Mar Vermelho, e a Província de Marib, onde estão localizados campos de petróleo e gás, também foram bombardeadas.

A ofensiva contra o grupo rebelde aliado do Irã chegou ao décimo dia. O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Mike Waltz, disse que os ataques "eliminaram lideranças chaves houthi, incluindo o principal responsável por mísseis". Os houthis não confirmaram a perda de lideranças. Fonte: Associated Press.

O governo brasileiro cobrou informações de Israel, por meio de canais diplomáticos, após a morte de um brasileiro de origem palestina que estava preso no país. O governo de Israel não se posicionou publicamente sobre o caso.

A Embaixada do Brasil em Israel pediu informações sobre a morte de Walid Khaled Abdullah Ahmed, de 17 anos, ao governo israelense, mas o Itamaraty ainda não recebeu detalhes, segundo fontes da chancelaria. O governo brasileiro também não se pronunciou oficialmente.

A prisão do menor, ocorrida em setembro por suspeita de agredir um militar israelense, era de conhecimento de autoridades diplomáticas e consulares brasileiras na Cisjordânia. O caso vinha sendo monitorado. Ele estava detido na prisão de Megiddo.

APOIO

O Escritório da Representação do Brasil em Ramallah informou que presta apoio à família do jovem para obter informações e realizar procedimentos funerários.

A Federação Árabe Palestina do Brasil divulgou informações sobre a morte de Ahmed no domingo, nas redes sociais. A entidade acusa o governo de Israel de permitir a realização de tortura na prisão, o que o governo nega.

Segundo a ONG Defesa das Crianças Internacional - Palestina, o caso dele foi relatado à Comissão de Assuntos de Presos e Ex-Presos, e o Gabinete de Ligação Palestino informou à família de Walid sobre a morte e que ele sofria de doenças como sarna e disenteria amebiana.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.