Fux pede para deixar Primeira Turma do STF

Política
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O ministro Luiz Fux pediu nesta terça-feira, 21, para deixar a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O colegiado é responsável por julgar os processos da trama golpista.

A decisão cabe ao ministro Edson Fachin, presidente da Corte, que recebeu o ofício, mas ainda não analisou o requerimento.

Fux pediu para ser transferido para a Segunda Turma na vaga aberta com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso. A possibilidade está prevista no regimento do STF.

Se a transferência for imediata, Fux corre o risco de não participar dos julgamentos dos demais núcleos da trama golpista. O ministro ficou isolado ao antagonizar com Alexandre de Moraes, relator dos processos sobre o plano de golpe.

Nesta hipótese, o futuro ministro que ainda será indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) substituiria Fux na Primeira Turma e nos julgamentos da trama golpista.

Há, porém, a possibilidade de Fux retornar excepcionalmente ao colegiado para votar esses processos, solução que pode ser costurada com o ministro Flávio Dino, presidente da Primeira Turma, como mostrou a colunista Carolina Brígido.

O ministro não justificou os motivos que o levaram a pedir para deixar o colegiado. No ofício, ele afirma apenas que tem interesse em compor a Segunda Turma.

A mudança de colegiado não vai blindá-lo totalmente dos desafetos no tribunal. Na Segunda Turma está o decano Gilmar Mendes, com quem Fux teve uma briga acalorada na semana passada no intervalo de uma sessão plenária.

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Joe Biden, ex-presidente dos Estados Unidos, concluiu nesta segunda-feira, 20, o tratamento de radioterapia contra um câncer de próstata. O democrata, de 82 anos, que desistiu de sua candidatura à reeleição em 2024 por motivos de saúde, revelou em maio ter sido diagnosticado com uma forma considerada "agressiva" da doença.

Ashley Biden, filha do ex-presidente, divulgou em seu perfil no Instagram uma foto do pai tocando um sino, gesto tradicional entre pacientes que finalizam o tratamento oncológico. "Papai tem sido muito corajoso durante todo o tratamento. Grata. Obrigado aos incríveis médicos, enfermeiros e equipe da Penn Medicine. Somos muito gratos!", escreveu.

De acordo com informações médicas, o câncer de Biden foi classificado como grau 9 na escala de Gleason, com metástases ósseas. O tratamento foi realizado na Clínica de Rádio-Oncologia da Universidade da Pensilvânia. Em comunicado anterior, a equipe médica explicou que, apesar de agressiva, a doença "parece ser sensível a hormônios, o que permite um tratamento eficaz".

Em setembro, Biden também passou por uma cirurgia de Mohs para retirar lesões de câncer de pele na testa. Há dois anos, ainda durante o mandato, ele já havia removido um carcinoma basocelular, um tipo comum de câncer de pele, do peito.

No próximo domingo, 26, Biden participará de um evento no Instituto Edward M. Kennedy, em Boston, onde será homenageado com o Prêmio de Realização Vitalícia, que celebra a trajetória do ex-presidente no serviço público e sua liderança política ao longo de mais de cinco décadas. A cerimônia também marca o 10º aniversário do instituto.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que somente se encontrará com líderes democratas do Congresso se as atividades do governo federal forem retomadas. "O governo precisa reabrir para esse encontro acontecer. Eles não estão negociando sobre o orçamento, estão tentando recuperar as coisas que perderam na negociação anterior", disse, em comentários a repórteres no Salão Oval da Casa Branca nesta terça-feira, 21.

Mais cedo, o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, afirmou ter entrado em contato com Trump para agendar uma reunião com o objetivo de discutir o impasse orçamentário. Aos repórteres, o presidente insinuou que a reputação do senador democrata "provavelmente está acabada".

Trump ainda falou brevemente sobre as eleições municipais de Nova York, onde o democrata Zohran Mamdani lidera pesquisas de intenção de voto. "Parece que teremos um prefeito comunista em Nova York, mas isso nunca funcionou na história. E ele precisa passar pela Casa Branca primeiro, tudo passa", afirmou.

O presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a expressar confiança de que conseguirá um acordo de cessar-fogo para encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia, em comentários a repórteres no Salão Oval da Casa Branca nesta terça-feira, 21. O republicano afirmou que os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, querem "terminar o conflito". "E acho que terminará", acrescentou.

Ao ser questionado, Trump disse que ainda não definiu quando será seu encontro com Putin, afirmando que não quer ter uma "reunião desperdiçada".

O presidente americano negou ter intenção de aplicar restrições adicionais contra a Índia, que, segundo ele, não comprará mais petróleo russo. "Estamos trabalhando em grandes acordos com a Índia", afirmou, sem revelar detalhes. "Tenho ótima relação com o primeiro-ministro Narendra Modi".

Em relação a Pequim, Trump evitou responder diretamente se aplicaria sanções adicionais sobre a compra de petróleo russo. "Bom, a China terá tarifa de aproximadamente 155% a partir de 1º de novembro, mas isso não é sustentável para eles", disse, sinalizando que as negociações sobre comércio em geral continuam em andamento.

O presidente também repetiu que espera uma grande receita das tarifas americanas, capaz de reduzir o nível da dívida dos EUA.