Mesmo fora da Primeira Turma, Fux pode votar nos próximos julgamentos sobre a trama golpista

Política
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Mesmo com o pedido para trocar a Primeira pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Fux poderá participar dos próximos julgamentos sobre a trama golpista. Existe a possibilidade de Fux combinar com o presidente da Primeira Turma, ministro Flávio Dino, a mudança de colegiado, mas com retornos excepcionais para votar nesse tema.

A solução evitaria que o julgamento de outros réus fosse prejudicado por um colegiado desfalcado. Se a negociação não seguir adiante, a troca de cadeiras nas turmas pode adiar o cronograma de julgamentos. Isso porque, das cinco cadeiras da Primeira Turma, uma ficaria vazia até a posse do próximo ministro do STF.

Fux pediu a mudança ao presidente do STF, Edson Fachin. Segundo o Regimento Interno do STF, o ministro de uma turma pode pedir transferência para a outra, se houver vaga. A cadeira ficou vazia na Segunda Turma com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso.

Se Fachin aceitar o pedido, o que deve acontecer, a vaga de Fux na Primeira Turma será ocupada pelo próximo integrante do tribunal. Embora ainda não tenha sido nomeado oficialmente, o escolhido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser Jorge Messias, atual titular da Advocacia-Geral da União (AGU).

Antes de tomar posse, ele precisa ser submetido a sabatina da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado e ter o nome submetido a votação no plenário da Casa. Somente depois desse procedimento, o novato estaria apto a participar de julgamentos.

A intenção de ministros do STF é liquidar os julgamentos da trama golpista até dezembro. Portanto, Messias só participaria das próximas votações se a posse ocorresse antes disso.

Fux é o único integrantes da Primeira Turma que apresentou votos contrários aos do relator do processo, Alexandre de Moraes. Os outros quatro ministros votam de forma alinhada a Moraes.

Na Segunda Turma, outros dois ministros costumam concordar com Fux, ao menos nos processos da trama golpista: André Mendonça e Kassio Nunes Marques.

Além deles, também integram o colegiado Dias Toffoli e Gilmar Mendes, com quem Fux teve uma discussão áspera na semana passada. Mendes disse que o colega era uma "figura lamentável" por ter votado pela absolvição de Jair Bolsonaro e por supostamente ter dificuldade de se desapegar da Lava Jato.

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Joe Biden, ex-presidente dos Estados Unidos, concluiu nesta segunda-feira, 20, o tratamento de radioterapia contra um câncer de próstata. O democrata, de 82 anos, que desistiu de sua candidatura à reeleição em 2024 por motivos de saúde, revelou em maio ter sido diagnosticado com uma forma considerada "agressiva" da doença.

Ashley Biden, filha do ex-presidente, divulgou em seu perfil no Instagram uma foto do pai tocando um sino, gesto tradicional entre pacientes que finalizam o tratamento oncológico. "Papai tem sido muito corajoso durante todo o tratamento. Grata. Obrigado aos incríveis médicos, enfermeiros e equipe da Penn Medicine. Somos muito gratos!", escreveu.

De acordo com informações médicas, o câncer de Biden foi classificado como grau 9 na escala de Gleason, com metástases ósseas. O tratamento foi realizado na Clínica de Rádio-Oncologia da Universidade da Pensilvânia. Em comunicado anterior, a equipe médica explicou que, apesar de agressiva, a doença "parece ser sensível a hormônios, o que permite um tratamento eficaz".

Em setembro, Biden também passou por uma cirurgia de Mohs para retirar lesões de câncer de pele na testa. Há dois anos, ainda durante o mandato, ele já havia removido um carcinoma basocelular, um tipo comum de câncer de pele, do peito.

No próximo domingo, 26, Biden participará de um evento no Instituto Edward M. Kennedy, em Boston, onde será homenageado com o Prêmio de Realização Vitalícia, que celebra a trajetória do ex-presidente no serviço público e sua liderança política ao longo de mais de cinco décadas. A cerimônia também marca o 10º aniversário do instituto.

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Em relação a Pequim, Trump evitou responder diretamente se aplicaria sanções adicionais sobre a compra de petróleo russo. "Bom, a China terá tarifa de aproximadamente 155% a partir de 1º de novembro, mas isso não é sustentável para eles", disse, sinalizando que as negociações sobre comércio em geral continuam em andamento.

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