Pazuello diz que Wajngarten não tinha informações para comentar atuação da Saúde

Política
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O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, negou a afirmação do ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten de que tenha existido "incompetência" ou "ineficiência" da pasta. Para Pazuello, Wajngarten não tinha todos os dados do Ministério para fazer uma análise nesse sentido.

O ex-ministro também admitiu que se equivocou com relação a uma declaração de 11 de fevereiro, no Senado, quando disse que a Pfizer tinha oferecido um contrato para compra de 6 milhões de doses de sua vacina contra a covid-19 para o primeiro semestre deste ano. A informação foi contestada pelo atual gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, em sua oitiva na CPI última quinta-feira (13), quando o executivo informou que oferta oficial que a farmacêutica fez ao Brasil contemplava 500 mil doses para 2020 e 6,5 milhões para o primeiro semestre deste ano. No total, a farmacêutica ofereceu dois contratos, um de 30 milhões de doses e outro de 70 milhões.

"A Pfizer, mesmo que nós aceitássemos todas as condições impostas, a quantidade que nos ofereceram desde o início foi: 500 mil doses em janeiro, 500 em fevereiro e 1 milhão em março; 6 milhões no total no primeiro semestre. Senhores, nós não podíamos ficar nisso", disse Pazuello na época.

O ex-ministro admitiu que todos os documentos apresentados por Murillo à CPI são verdadeiros, mas ressaltou que a entrega das vacinas para o Brasil dependia de uma prévia aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês).

Covax

No depoimento, Pazuello tentou justificar o fato de o governo ter aderido ao Consórcio Covax Facility para 10% da população e não para 50%. Segundo ele, o problema era o preço da dose, que inicialmente custava US$ 40. "No primeiro momento, risco era grande. Preço tem que ser justo e plenamente comprovado", disse o general, segundo quem a negociação "começou nebulosa, sem garantia de entrega".

"Nos preocupamos com o alto grau de recursos, sem compromisso de entrega, 42 milhões de doses era o máximo de risco que podia fazer", disse o ex-ministro.

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Autoridades dos EUA e da Rússia deverão ter novos contatos para discutir um acordo de cessar-fogo na Ucrânia, após uma rodada de conversas nesta segunda-feira (24), mas ainda não há nenhum plano concreto sobre a questão, afirmou o Kremlin nesta terça-feira, 25.

Negociadores americanos e russos mantiveram conversas ao longo de toda a segunda-feira em Riad, capital da Arábia Saudita, para acertar detalhes sobre uma pausa parcial da guerra deflagrada por Moscou na Ucrânia há três anos, um dia após autoridades americanas terem mantido conversas separadas em Riad com uma equipe ucraniana.

Ambos os lados, porém, ainda não conseguiram chegar sequer a um acordo limitado de cessar-fogo, que duraria 30 dias, com Rússia e Ucrânia mantendo os ataques bilaterais e discordando sobre quais tipos de alvos deveriam ser incluídos em uma eventual trégua.

Nesta terça, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres que o resultado das conversas em Riad "foi relatado" a Moscou e Washington e está sendo "analisado", mas ressaltou que o teor das discussões não será divulgado.

"Estamos falando de negociações técnicas, negociações imersas em detalhes", disse Peskov, acrescentando que, embora não haja no momentos planos para uma nova conversa telefônica entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, um diálogo do tipo poderá ser marcado rapidamente se houver necessidade.

"Há um entendimento de que os contatos irão continuar, mas não há nada concreto no momento", disse Peskov. Ele acrescentou que também não há planos para uma reunião tripartite entre Rússia, EUA e Ucrânia. Fonte: Associated Press.

Os Estados Unidos lançaram ataques aéreos contra alvos do grupo rebelde Houthi no Iêmen nesta terça-feira, 25. Duas pessoas morreram na capital do país, Sanaa, de acordo com os houthis. A cidade portuária de Al Hudaydah, às margens do Mar Vermelho, e a Província de Marib, onde estão localizados campos de petróleo e gás, também foram bombardeadas.

A ofensiva contra o grupo rebelde aliado do Irã chegou ao décimo dia. O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Mike Waltz, disse que os ataques "eliminaram lideranças chaves houthi, incluindo o principal responsável por mísseis". Os houthis não confirmaram a perda de lideranças. Fonte: Associated Press.

O governo brasileiro cobrou informações de Israel, por meio de canais diplomáticos, após a morte de um brasileiro de origem palestina que estava preso no país. O governo de Israel não se posicionou publicamente sobre o caso.

A Embaixada do Brasil em Israel pediu informações sobre a morte de Walid Khaled Abdullah Ahmed, de 17 anos, ao governo israelense, mas o Itamaraty ainda não recebeu detalhes, segundo fontes da chancelaria. O governo brasileiro também não se pronunciou oficialmente.

A prisão do menor, ocorrida em setembro por suspeita de agredir um militar israelense, era de conhecimento de autoridades diplomáticas e consulares brasileiras na Cisjordânia. O caso vinha sendo monitorado. Ele estava detido na prisão de Megiddo.

APOIO

O Escritório da Representação do Brasil em Ramallah informou que presta apoio à família do jovem para obter informações e realizar procedimentos funerários.

A Federação Árabe Palestina do Brasil divulgou informações sobre a morte de Ahmed no domingo, nas redes sociais. A entidade acusa o governo de Israel de permitir a realização de tortura na prisão, o que o governo nega.

Segundo a ONG Defesa das Crianças Internacional - Palestina, o caso dele foi relatado à Comissão de Assuntos de Presos e Ex-Presos, e o Gabinete de Ligação Palestino informou à família de Walid sobre a morte e que ele sofria de doenças como sarna e disenteria amebiana.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.