Povo terá a 'oportunidade mais importante' no dia 7, diz Bolsonaro em MG

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, 31, em pronunciamento feito na cerimônia de inauguração de complexo de captação e tratamento de água em Uberlândia (MG), que o povo brasileiro terá a oportunidade mais importante de sua história no dia sete de setembro, para quando estão previstas manifestações de apoio ao governo. "Nunca uma outra oportunidade para o povo brasileiro foi tão importante ou será tão importante quanto esse nosso próximo 7 de setembro", disse sem entrar em mais detalhes sobre o que queria dizer com a declaração.

O envolvimento de agentes das forças de segurança, principalmente das Polícias Militares, tem despertado preocupação de diversos atores políticos em relação a uma tentativa de ruptura institucional. O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), descartou a possibilidade de investida golpista na data.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afastou o coronel da PM do estado Aleksander Lacerda, que convocou colegas de corporação para os atos bolsonaristas por meio das redes sociais e fez ataques aos membros do Supremo Tribunal Federal (STF), desafetos do presidente. Policiais militares da ativa são proibidos por lei de se envolverem em atividades político-eleitorais.

Como de costume, Bolsonaro deixou em aberto a possibilidade de não disputar a reeleição em 2022. "No momento, não sou candidato a nada, deixo bem claro. Não posso falar em política para o futuro, porque não sei como chegarei até lá", disse.

Lula e combustíveis

O presidente também retomou o assunto do aumento dos preços dos combustíveis e culpou governos anteriores pelos valores elevados do produto nos postos. Na avaliação dele, a expropriação de refinaria da Petrobras na Bolívia, em 2006, durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Um dos últimos presidentes nossos entregou uma refinaria nossa ao governo boliviano", disse Bolsonaro. Na fala, ele se referiu a um presidente de "nove dedos".

"Quando se fala do preço da gasolina, que está alto na ponta da bomba, vale lembrar que somente em três refinarias não construídas, duas no Nordeste e uma no Sudeste, bem como outras sucatas compradas onde não destilaram um só barril de petróleo, deixou para vocês uma dívida de R$ 230 bilhões. O preço hoje está alto também em função disso."

Antes de finalizar, Bolsonaro afirmou que seu governo deixará o País em melhores condições daquela em que se encontrava em janeiro de 2019, quando iniciou seu mandato.

Em outra categoria

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chegou pouco depois das 14h30 (pelo horário de Brasília) desta segunda-feira, 7, na Casa Branca, em Washington, para reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Jornalistas presentes no local perguntaram aos líderes sobre as tarifas americanas contra os israelenses, mas não obtiveram respostas.

Pouco antes, Washington cancelou a coletiva de imprensa conjunta de Trump e Netanyahu, segundo informações da repórter do Wall Street Journal Meridith McGraw, em publicação no X. A coletiva estava marcada para esta segunda-feira, às 15h30 (de Brasília).

Segundo o conselheiro econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, os dois líderes "têm muito a discutir" e devem conversar sobre a situação no Oriente Médio.

A Casa Branca cancelou a coletiva de imprensa conjunta do presidente dos EUA, Donald Trump, e do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, segundo informações da repórter do Wall Street Journal Meridith McGraw, em publicação no X. A coletiva estava marcada para esta segunda-feira, às 15h30 (horário de Brasília). Contudo, a aparição dos líderes no Salão Oval da Casa Branca ainda acontecerá, de acordo com a repórter do Semafor Shelby Talcott, também em publicação realizada no X.

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou no sábado, 5, que o país está revogando todos os vistos de cidadãos que possuem passaporte do Sudão do Sul, acusando o governo do país africano de "se aproveitar dos Estados Unidos".

"Todo país deve aceitar o retorno de seus cidadãos de maneira oportuna quando outro país, incluindo os Estados Unidos, busca deportá-los", disse Rubio em comunicado, acrescentando que "o governo de transição do Sudão do Sul falhou em respeitar plenamente esse princípio".

Além da revogação dos vistos, Rubio disse que os EUA impedirão novas emissões "para evitar a entrada de portadores de passaporte sul-sudanês".

O cenário político do Sudão do Sul é frágil, e a recente violência entre tropas do governo e grupos armados da oposição aumentou as tensões. A decisão significa que os sul-sudaneses podem ser devolvidos a uma nação novamente à beira de uma guerra civil, ou impedidos de buscar os EUA como refúgio.

Não houve resposta imediata por parte do governo do Sudão do Sul, que tem enfrentado dificuldades desde a independência do Sudão em 2011 para oferecer alguns dos serviços básicos de um Estado. Anos de conflitos deixaram o país, com mais de 11 milhões de habitantes, fortemente dependente de ajuda humanitária - que foi duramente afetada pelos cortes abrangentes de Trump na assistência externa.

Na semana passada, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu aos líderes regionais e internacionais que impeçam o Sudão do Sul de "cair no abismo" de outra guerra civil.

Guterres alertou que o país mais novo do mundo enfrenta "uma emergência de segurança", com confrontos cada vez mais intensos e uma "reviravolta política" que culminou com a prisão, na semana passada, do primeiro vice-presidente Riek Machar pelo governo. (Com informações da Associated Press).