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Mãe de Carla Zambelli já usou redes sociais para atacar Alexandre de Moraes

Política
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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP ) afirmou, nesta terça-feira, 24, que pediu ao hacker Walter Delgatti Neto o endereço do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para que a sua mãe enviasse uma carta ao magistrado para o "sensibilizar" sobre processos em que a parlamentar era investigada. Porém, naquela época, Rita Luzia Zambelli Salgado publicava em seu Facebook postagens em que ofendia e pedia o impeachment de Moraes.

 

Nesta segunda-feira, 23, o portal G1 divulgou dois áudios onde Zambelli pergunta a Delgatti qual seria o endereço da residência do ministro. "Ô Walter, não aparece nenhum endereço de Brasília, né? Precisava do endereço daqui de Brasília", disse a deputada em um áudio de seis segundos. "Não, não pode ser, porque quadra é prédio, e ele deve morar numa casa no Lago Sul, alguma coisa assim. Deve ser coisa do STF. Isso provavelmente deve estar nos arquivos do STF como casa... casa tipo... funcional, entendeu?", afirmou a parlamentar em outra gravação de 18 segundos.

 

Ainda na segunda-feira, a defesa de Zambelli havia negado ter feito o pedido a Delgatti. Nesta terça-feira, 24, a parlamentar mudou a sua versão e disse que queria descobrir o endereço de Moraes para que Rita Luiza enviasse uma carta ao ministro. "Minha mãe tinha escrito uma carta para o Alexandre de Moraes e queria entregar essa carta. Eu disse para não mandarmos para o STF para evitar pegar mal, e ela disse que o certo era enviar para a casa dele", disse a deputada ao portal G1.

 

Os áudios foram enviados por Zambelli em novembro do ano passado, após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado da parlamentar. Naquele período, Rita Luiza, que também se identifica como bolsonarista nas redes sociais, postou publicações com ofensas dirigidas ao ex-ministro.

 

No dia 13 de outubro do ano passado, a mãe de Zambelli compartilhou uma notícia sobre uma afirmação de Moraes sobre o assédio de eleitores por empresários. Rita Luiza chamou o ministro de "m....", "cabeça de p....", "banana nas mãos da esquerda" e 'vendido idiota". A postagem foi compartilhada pela deputada federal em seu Instagram, com a legenda: "Essa é a minha mãe... #Orgulho!"

 

No dia seguinte, Rita Luiza compartilhou um abaixo-assinado digital feito por bolsonaristas que pedia o impeachment do magistrado por supostas "violações de liberdade de imprensa e de expressão".

 

Em outras postagens no dia 24 de outubro e em 20 de novembro, a mãe de Zambelli voltou a atacar Moraes o chamando de "careca" e "cabeça de p...". Durante os ataques antidemocráticos de 8 de Janeiro, Rita Luzia compartilhou em seu perfil uma live de uma apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro invadindo o Congresso Nacional.

 

Mãe de Zambelli disse que brasileiros sentiriam 'vergonha' se Forças Armadas 'batessem continência' a Lula

 

Além de ataques ao magistrado, a mãe de Zambelli publicou postagens em que questionava a conduta das Forças Armadas após a vitória de Lula. Os militares receberam cobranças de bolsonaristas para promoverem uma intervenção. No dia 28 de novembro, Rita Luiza disse que os brasileiros sentiriam 'vergonha" se os militares "batessem continência ao molusco". Junto à postagem, a mãe de Carla Zambelli compartilhou um vídeo que recebeu alertas de informações falsas pelo Facebook.

 

"FFAA [Forças Armadas], vocês vão deixar barato? Vão bater continência para o molusco? Já pensaram o que nos brasileiros sentiremos por vocês, além de vergonha?", afirmou a mãe da parlamentar.

 

O Estadão procurou Carla Zambelli e Rita Luzia Zambelli Salgado, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço está aberto a manifestações.

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Esta é a primeira eleição sob a liderança de Wong desde que ele sucedeu Lee Hsien Loong, que deixou o cargo no ano passado após duas décadas no comando da cidade-Estado.

Conhecido por seu governo limpo e eficaz, o PAP é visto como símbolo de estabilidade e prosperidade. Embora uma vitória esteja praticamente garantida, o apoio ao partido tem diminuído devido ao descontentamento com o controle estatal e o alto custo de vida. A crescente desigualdade de renda, a dificuldade de acesso a moradias, a superlotação causada pela imigração e as restrições à liberdade de expressão também desgastaram a popularidade do partido.

A oposição admite que não pode derrotar o PAP, mas pede aos eleitores uma representação mais forte no Parlamento.

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

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