Lula concede Ordem do Rio Branco a Bruno Pereira e Dom Phillips; Janja também é agraciada

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu a Ordem de Rio Branco, em uma homenagem póstuma, ao indigenista brasileiro Bruno Pereira e ao jornalista britânico Dominic Phillips, assassinados em junho de 2022 durante viagem pelo Vale do Javari, no Estado do Amazonas. A homenagem aos ambientalistas consta de decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 21.

 

Instituída no âmbito do Ministério das Relações Exteriores em 1963, a Ordem de Rio Branco tem o objetivo de "distinguir serviços meritórios e virtudes cívicas" e, assim, "estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção". A comenda, criada em deferência ao Patrono da Diplomacia Brasileira, o Barão do Rio Branco, tem cinco graus: Grã-Cruz, Grande Oficial, Comendador, Oficial e Cavaleiro, além de uma medalha anexa à Ordem.

 

Os homenageados receberam a insígnia pela categoria de "comendador". A Ordem é dividida em dois quadros - ordinário e suplementar - o primeiro destinado a agraciar diplomatas brasileiros da ativa e o segundo, diplomatas aposentados e demais pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras.

 

Além do decreto dos ambientalistas, o Diário Oficial desta terça traz um série de outros que concedem a medalha a outras autoridades e instituições. Em um deles, Lula homenageia a própria mulher, a primeira-dama do País, Rosângela Lula da Silva, a Janja. No mesmo ato, também são condecoradas a segunda-dama, Maria Lúcia Ribeiro Alckmin, esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin, as ministras Margareth Menezes (Cultura), Simone Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão) e vários outros ministros do governo federal. Todos eles receberam a Ordem de Rio Branco no quadro suplementar no grau Grã-Cruz.

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Cidades de todo o planeta deram as boas-vindas a 2025 com celebrações que destacam as culturas e tradições locais, após um ano marcado por conflitos e instabilidade política. Países como Inglaterra, França, Austrália, Nova Zelândia, Japão e China, entre outros, fizeram a contagem regressiva para o novo ano em meio a fogos de artifício e muita comemoração.

Os países do sul do Oceano Pacífico foram os primeiros a dar as boas-vindas a 2025, com a meia-noite na Nova Zelândia ocorrendo 16 horas antes da celebração na maior parte do Brasil.

Em Auckland, na Nova Zelândia, milhares de pessoas foram para o centro da cidade ou escalaram picos dos anéis vulcânicos da região para ter uma visão privilegiada dos fogos de artifício - e uma exibição de luzes em reconhecimento às tribos indígenas. Isso ocorre após um ano marcado por protestos sobre os direitos dos maoris no país de cinco milhões de habitantes.

Queima de fogos tradicional em Sydney

Duas horas depois, foi a vez da Austrália (10 horas, do dia 31, no horário de Brasília) celebrar o ano novo. Mais de 1 milhão de pessoas estiveram no porto de Sydney para a tradicional queima de fogos.

Bola de Ano-novo na Times Square

Nos Estados Unidos, na cidade de Nova York, multidões aplaudiram e casais se beijaram quando a bola de quase 6 toneladas e 2.688 mil triângulos de cristal desceu de um poste na Times Square.

A celebração incluiu apresentações musicais do TLC e dos Jonas Brothers.

Clima afeta ano-novo no Reino Unido

A expectativa no Reino Unido era de comemorar o ano-novo com uma exibição pirotécnica ao longo do rio Tâmisa. No entanto, com uma tempestade trazendo um clima gelado, as festividades em Edimburgo, na Escócia, foram canceladas.

Londres faz show de fogos de artifício na London Eye

Mesmo com o mau tempo, a virada de ano em Londres contou com um show de fogos de artifício ao redor da famosa roda-gigante London Eye e da Elizabeth Tower, onde está instalado o sino Big Ben.

Roma tem celebrações na colina

Os italianos foram até a colina do Janículo, em Roma, para assistir a chegada de 2025 aos pés do Monumento a Garibaldi.

Paris com multidão em avenida famosa

Na capital francesa, a chegada de 2025 foi marcada pela presença de milhares de pessoas na Avenida Champs Élysées para participar da contagem regressiva e assistir ao show de fogos de artifício.

Suíça tem tradição gelada

Já na Suíça, as pessoas abraçaram o frio e tiraram a roupa para manter a tradição. Em Moosseedorf, grupos nadaram no Lago Moossee, com água em temperaturas congelantes, para receber 2025.

Russos celebram em frente ao Kremlin

Em Moscou, os russos celebraram o ano-novo do lado de fora do Kremlin. Outras cidades do país, como Vladivostok, também registraram comemorações.

Sírios vivem primeiro ano-novo após queda de Assad

Pessoas se reuniram na Praça Umayyad, em Damasco, na Síria, para esperar a chegada de 2025. É o primeiro ano-novo na região após a queda de Bashar Assad, no começo de dezembro.

Ásia se prepara para o Ano da Serpente

Grande parte do Japão fechou as portas antes do maior feriado do país, pois os templos e as casas passaram por uma limpeza completa, incluindo a limpeza de tapetes chamados "tatami".

O próximo Ano da Serpente no zodíaco asiático é anunciado como um ano de renascimento - em alusão à troca de pele do réptil.

As lojas no Japão, que observam o ciclo do zodíaco a partir de 1º de janeiro, estão vendendo figuras minúsculas de cobras sorridentes e outros produtos com temas de cobras.

Outros lugares na Ásia começarão a comemorar o Ano da Serpente mais tarde, com o Ano Novo Lunar.

Edifício mais alto do mundo

Em Dubai, milhares de pessoas assistiram ao show anual de fogos de artifício no Burj Khalifa, o arranha-céu mais alto do mundo.

Tailândia tem apresentações musicais

Em Bangkok, na Tailândia, os shopping centers competiram por multidões com shows musicais ao vivo e fogos de artifício.

Coreia do Sul reduz celebrações em meio a tragédia

Na Coreia do Sul, as comemorações foram reduzidas ou canceladas durante o período de luto nacional após o acidente de um voo da Jeju Air em Muan, no domingo, 29, que matou 179 pessoas.

Indonésia tem festa com 800 drones

Para marcar a chegada de 2025, uma exibição de fogos de artifício com 800 drones foi feita em Jacarta, na capital da Indonésia.

O início do Ano Santo no Vaticano

As tradicionais festividades de ano-novo em Roma têm um atrativo adicional: o início do Ano Santo do papa Francisco, celebração que ocorre uma vez a cada 25 anos e que, segundo as projeções, levará cerca de 32 milhões de peregrinos à Cidade Eterna em 2025.

O dia 1º de janeiro é um dia de obrigação para os católicos, marcando a Solenidade de Maria.

Ano-novo movimenta calçadão na Índia

Na Índia, milhares de pessoas do centro financeiro de Mumbai se reuniram no movimentado calçadão da cidade, de frente para o Mar da Arábia.

No Sri Lanka, as pessoas se reuniram em templos budistas para acender lâmpadas a óleo, incensos e orar.

Desejos cordiais entre China e Rússia

A mídia estatal chinesa cobriu uma troca de cumprimentos de Ano Novo entre o líder Xi Jinping e o presidente russo Vladimir Putin, lembrando a crescente proximidade entre dois líderes que enfrentam tensões com o Ocidente.

Xi disse a Putin que seus países "sempre irão avançar de mãos dadas", informou a agência oficial de notícias Xinhua na terça-feira, 31.

A China tem mantido laços e um comércio robusto com a Rússia desde a invasão na Ucrânia em 2022, ajudando a compensar as sanções ocidentais e as tentativas de isolar Putin.

Em seu discurso à nação, Putin disse que a Rússia "estabeleceu grandes metas para nós mesmos e as alcançou, e superamos as dificuldades mais de uma vez porque estávamos juntos".

Líder alemão pede solidariedade

O chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu que os residentes permaneçam unidos, apesar das dificuldades econômicas do país e de um ataque a um mercado no Natal que deixou pelo menos cinco mortos e chocou a nação.

"Somos um país de união. E podemos tirar força disso - especialmente em tempos difíceis como este", disse Scholz em um discurso pré-gravado.

Conflitos lançam uma sombra no Oriente Médio

No Oriente Médio, o ano-novo chegou com preocupações. Em Israel, a guerra com o Hamas em Gaza está no 15º mês e muitos reféns permanecem em cativeiro.

O Líbano está passando por uma grave crise econômica, e muitas áreas foram fortemente danificadas durante a guerra entre Israel e o Hezbollah, que terminou com um cessar-fogo instável. /COM AP

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sancionou nesta terça-feira, 31, pessoas ligadas a think tanks associados à Guarda Revolucionária do Irã e ao Departamento de Inteligência da Rússia por interferência nas eleições de 2024.

Segundo o Tesouro americano, o Centro de Produção de Design Cognitivo (CDPC) do Irã planejou, desde 2023, operações de influência com o objetivo de incitar tensões sociopolíticas entre o eleitorado dos Estados Unidos.

No caso da Rússia, o alvo da sanção é o Centro de Experiência Geopolítica (CGE), comandando pelo filósofo de extrema-direita Aleksandr Dugin. Ele é considerado o grande intelectual por trás do regime de Vladimir Putin.

"A equipe do CGE trabalha diretamente com uma unidade do Departamento de Inteligência da Rússia que supervisiona sabotagem, operações de interferência política e guerra cibernética visando o Ocidente", disse o Tesouro americano.

"Os governos do Irã e da Rússia têm como alvo nossos processos e instituições eleitorais e buscaram dividir o povo americano por meio de campanhas de desinformação direcionadas", afirmou o subsecretário interino do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira Bradley T. Smith. "Os Estados Unidos permanecerão vigilantes contra adversários que possam minar nossa democracia."

O presidente da China, Xi Jinping, reconheceu nesta terça-feira, 31, os "desafios" no horizonte da segunda maior economia do planeta, mas expressou otimismo de que eles podem ser superados com a ajuda de políticas proativas e a contínua promoção de reformas estruturais. "A operação econômica atual enfrenta algumas situações novas, desafios de incerteza no ambiente externo e pressão da transformação de antigos motores de crescimento em novos, mas tudo isso pode ser superado com muito trabalho", afirmou, em discurso televisionado para marcar o Ano Novo.

Sobre a geopolítica, Xi Jinping ressaltou que Pequim trabalha em cooperação com todos os países para assegurar um cenário internacional estável.

O líder chinês também chamou de "inevitável" a reunificação da China com Taiwan.

"Os compatriotas de ambos os lados do Estreito de Taiwan são uma família. Ninguém pode cortar nossos laços de sangue, e ninguém pode parar a tendência histórica da reunificação da pátria", destacou o presidente da China.

Mais cedo, em um evento, Xi Jinping reiterou a previsão de que o Produto Interno Bruto (PIB) chinês terá crescimento de cerca de 5% em 2024.