Lula repreende Eduardo Paes por cobrança feita via redes sociais: 'você pode me ligar', diz

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repreendeu o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), na manhã desta terça-feira, 21, após o chefe do Executivo municipal cobrar o petista pelas redes sociais a entrega da Estação Leopoldina - edifício histórico inaugurado em dezembro de 1926 e que hoje corre risco iminente de desabamento - ao município.

 

Em resposta ao pedido de Paes no X (antigo Twitter), Lula disse o assunto "não precisa ser (tratado) pelo Twitter" e que o prefeito pode sempre "ligar ou marcar uma conversa."

 

"Querido Eduardo Paes, não precisa ser pelo Twitter, você sempre pode me ligar ou marcar uma conversa para falarmos e trabalharmos juntos pelo nosso Rio de Janeiro", escreveu o presidente.

 

Minutos depois da resposta de Lula, Paes voltou às redes sociais e justificou a atitude tomada. "Mas eu queria era pedir ajuda da ministra Ester e o superintendente do SPU já fez contato. Funcionou! O senhor tem muita coisa pra resolver. Só te chateio pelo telefone ou conversa quando é questão muito urgente! Sei bem que o Rio conta com o senhor", disse o prefeito.

 

Aliado de primeira hora de Lula, Paes fez uma cobrança pública para que o presidente e a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, entreguem a Estação Ferroviária Barão de Mauá (conhecida como Leopoldina) para que o município arque com as reformas.

 

Eleições

 

Paes e o PT negociam uma chapa única para a disputa à Prefeitura do Rio no ano que vem. O partido do presidente pede a posição de vice do prefeito para integrar a chapa à reeleição. A aliança começou a ser costurada ainda durante as eleições presidenciais do ano passado, quando Paes declarou apoio e fez campanha por Lula na capital fluminense.

 

O edifício da Estação Leopoldina pertence à União e ao Estado do Rio de Janeiro. Pelos termos do contrato de concessão, a SuperVia - que administra os trens urbanos na região metropolitana do Rio de Janeiro - é responsável pela área de embarque da estação e pelo pátio com quatro plataformas de embarque. Recentemente, o Ministério Público Federal (MPF) e a concessionária firmaram um acordo, em maio do ano passado, para a reforma de parte da estrutura.

 

De acordo com o governo federal, a licitação para as obras de revitalização da estação deve ser feita no primeiro semestre de 2024. Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, os reparos devem custar R$ 25 milhões aos cofres da União.

 

Paes negocia a compra do terreno da estação, abandonada há pelo menos uma década.

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Incêndios devastadores estão assolando a área de Los Angeles, alimentados pelos fortes ventos e fazendo com que os moradores fujam das casas em chamas. Milhares de bombeiros estão lutando contra pelo menos três incêndios separados nesta quarta-feira, 8, desde a costa do Pacífico até Pasadena.

Com um número estimado de 1.000 estruturas destruídas e as chamas ainda se espalhando, o incêndio é o mais destrutivo da história de Los Angeles, de acordo com as estatísticas mantidas pela Wildfire Alliance, uma parceria entre o corpo de bombeiros da cidade e a MySafe:LA.

Através da rede social Truth, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse que o governador Gavin Newscum se recusou a assinar a declaração de restauração da água apresentada a ele, que teria permitido que milhões de galões de água, provenientes do excesso de chuva e do derretimento da neve do Norte, fluíssem diariamente para muitas partes da Califórnia.

"Agora o preço final está sendo pago. Exigirei que esse governador incompetente permita que a água doce, limpa e bonita flua para a Califórnia!", escreveu Trump.

*Com informações da Associated Press

A Dinamarca está "aberta ao diálogo" com os Estados Unidos para salvaguardar seus interesses no Ártico, afirmou nesta quarta-feira, 8, o chanceler do país nórdico, após Donald Trump ter dito que não descartava o uso da força para tomar o território autônomo dinamarquês.

O reino da Dinamarca, que inclui a Dinamarca continental, a Groenlândia e as Ilhas Faroé, está "aberto a um diálogo com os americanos sobre como podemos cooperar, talvez até mais de perto do que já fazemos", afirmou Lars Løkke Rasmussen.

O ministro das Relações Exteriores dinamarquês afirmou, durante uma coletiva de imprensa, que o derretimento do gelo e a abertura de novas rotas marítimas no Ártico estão provocando uma "rivalidade crescente entre as grandes potências" na região, com a presença tanto da China quanto da Rússia. É "legítimo que os Estados Unidos e a Otan, e portanto também o Reino da Dinamarca, estejam cientes disso", acrescentou.

Trump disse antes do Natal que o controle da Groenlândia era "uma necessidade absoluta" para "a segurança nacional e a liberdade em todo o mundo". Em uma coletiva em Mar-a-Lago, ele não descartou o uso da força para anexá-la, o que provocou preocupação e surpresa em Copenhague, assim como em outras capitais europeias.

No entanto, Løkke Rasmussen pediu calma. "Não é necessário dizer em voz alta tudo o que você pensa", disse o ministro. "Eu tento trabalhar com base nas realidades e acredito que todos deveríamos nos fazer um favor, diminuindo um pouco nosso ritmo cardíaco", acrescentou.

Também abordando os comentários de Trump em uma entrevista à emissora dinamarquesa TV2, a primeira-ministra Mette Frederiksen disse que não acreditava que os Estados Unidos usariam poder militar ou econômico para garantir o controle sobre a Groenlândia.

Frederiksen repetiu que acolheu com satisfação os EUA demonstrando maior interesse na região do Ártico, mas que isso teria que ser feito de uma forma que fosse "respeitosa" com a população da Groenlândia.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, sugeriu em tom sarcástico que a América do Norte, incluindo os Estados Unidos, poderia ser chamada de "América Mexicana", em resposta a fala do presidente eleito americano, Donald Trump, que demonstrou desejo de renomear o Golfo do México como "Golfo da América".

"Por que não chamamos a América do Norte de América Mexicana? Isso soa bonito, não é verdade?", defendeu Sheinbaum em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, enquanto mostrava um mapa com um desenho de 1607 da América do Norte e dizia que o Golfo do México é reconhecido internacionalmente desde então.

A presidente disse acreditar que o republicano é "mal informado" por também dizer que o país é governado por grupos criminosos e não pelo povo.