TRF-3 intima prefeito do Guarujá e ex-secretário a se manifestarem sobre lavagem de R$ 1,7 mi

Política
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O desembargador Nino Oliveira Toldo, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), instou o prefeito de Guarujá (SP) Valter Suman e o ex-secretário de Educação Marcelo Feliciano Nicolau a se manifestarem sobre a denúncia que lhes imputa suposta lavagem de dinheiro em razão da apreensão, em endereços ligados a eles, de R$ 1.727.682,00 em espécie.

A acusação foi oferecida no bojo da Operação Nacar-19, que apura supostas fraudes a licitações e desvios de verbas públicas da saúde no município do litoral paulista. Suman e Nicolau tem 15 dias, contados a partir do dia 21, para se defenderem das imputações.

Em etapa ostensiva da investigação, aberta no dia 15 de setembro, a Polícia Federal encontrou maços de dinheiro não só nas casas de Suman e de Nicolau, mas também no gabinete do prefeito. Na ocasião, tanto o prefeito como o ex-secretário receberam voz de prisão,considerando os "indicativos" de lavagem de dinheiro.

Na casa de Valter Suman, os investigadores encontraram R$ 70 mil localizados em cinco partes diferentes do imóvel: em um cofre encontrado em um dos quartos; em uma bolsa no closet do casal; no quarto do casal; no quarto de uma criança; e no quarto de visitas, que era usado como escritório.

No flat da família, a PF encontrou R$ 300 mil, em um cofre. No gabinete do prefeito, foram apreendidos R$ 42,6 mil.

Já na casa de Nicolau, os investigadores localizaram R$ 1,315 milhão em pastas, caixas de papelão e um embrulho de presente que estavam no guarda-roupa do imóvel. Também foram encontrados documentos que chamaram a atenção da PF em razão de eles se referirem a bens e direitos de Valter e de sua família.

Segundo a Procuradoria, as condições em que foram encontrados os valores evidenciam que "consistiam em proveito de crimes antecedentes, como corrupção, fraude em contratações públicas, desvio de recursos e participação em organização criminosa".

Suman e Nicolau alegaram a Polícia que os valores encontrados eram fruto de seu trabalho.

No entanto, a avaliação do MPF é a de que as condutas do prefeito e do ex-secretário "configuram crimes de lavagem de capitais, na modalidade ocultação, já que, após o recebimento dos valores indevidos, os denunciados transferiram tais valores para locais seguros com o objetivo de que, após ficarem escondidos, pudessem ser posteriormente, usados na fase seguinte da lavagem, a inserção no mercado financeiro, como ativos legais".

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Israel lançou o que chamou de "uma grande operação antiterrorismo" na Cisjordânia, expandindo sua campanha contra a militância no território palestino após mais de 15 meses de guerra em Gaza. As forças israelenses do exército, da polícia e do serviço de segurança interna iniciaram a operação no campo de refugiados da cidade de Jenin, na Cisjordânia, com ataques de drones e invasão do local com veículos blindados leves, segundo declarações e imagens divulgadas pelo exército de Israel.

O Ministério da Saúde palestino disse que 10 pessoas foram mortas pelas forças israelenses em Jenin, todas com idades entre 16 e 57 anos.

Israel afirmou nesta quarta-feira que havia matado 10 militantes desde o início da operação.

Embora as forças israelenses tenham operado com frequência na Cisjordânia durante a guerra em Gaza, o local permaneceu como palco secundário, com a presença israelense reduzida entre as frentes primárias do Hamas, em Gaza, e do Hezbollah, no Líbano.

"Essa é uma etapa adicional para atingir o objetivo que estabelecemos de reforçar a segurança na Judeia e Samaria", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, usando o termo oficial de Israel para a Cisjordânia.

O Hamas já conclamou os palestinos a aumentarem os ataques contra os israelenses na região. Fonte: Dow Jones Newswires.

O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, congelou muitas comunicações de agências federais de saúde com o público até pelo menos o final do mês.

Em um memorando obtido pela AP, a secretária interina do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Dorothy Fink, disse aos líderes da equipe da agência nesta terça-feira, 21, que uma "pausa imediata" havia sido ordenada em - entre outras coisas - regulamentações, orientações, anúncios, comunicados à imprensa, postagens em mídias sociais e postagens em sites até que tais comunicações fossem aprovadas por um indicado político.

A pausa também se aplica a qualquer coisa que se pretenda publicar no Federal Register, onde o poder executivo comunica regras e regulamentos, e no Morbidity and Mortality Weekly Report, uma publicação científica dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

A pausa está em vigor até 1º de fevereiro, disse o memorando. As agências sujeitas à diretiva do HHS incluem o CDC, os Institutos Nacionais de Saúde e a Food and Drug Administration - entidades que combatem epidemias, protegem o suprimento de alimentos do país e buscam curas para doenças.

Após o anúncio de Donald Trump sobre um projeto de infraestrutura em inteligência artificial (IA) em parceria com empresas privadas, Elon Musk questionou a viabilidade da iniciativa em seu perfil no X. "Elas não têm realmente o dinheiro", escreveu o CEO da Tesla, em referência às companhias envolvidas na joint venture. Em outro post, Musk afirmou que "o SoftBank tem bem menos de US$ 10 bilhões garantidos. Tenho isso de uma fonte confiável".

O projeto, denominado Stargate, envolve a OpenAI, o SoftBank Group e a Oracle. No entanto, as empresas ainda não detalharam quanto cada uma contribuirá financeiramente ou como os recursos serão levantados.

Segundo o Wall Street Journal, o SoftBank planeja captar dívidas de terceiros para financiar a iniciativa, enquanto a OpenAI e a Oracle enfrentam dificuldades financeiras. A OpenAI, apesar de ter arrecadado bilhões de dólares, ainda registra prejuízo. A Oracle possui cerca de US$ 11 bilhões em caixa, mas também acumula dívidas significativas. Já o SoftBank dispõe de aproximadamente US$ 30 bilhões em dinheiro.

Os comentários de Musk destacam a rivalidade histórica com Sam Altman, CEO da OpenAI, a quem Musk já descreveu como líder de uma "górgona que paralisa o mercado". As críticas também representam a primeira vez que Musk questiona publicamente um projeto liderado por Trump desde que assumiu o comando do Departamento de Eficiência Governamental (DoGE), órgão responsável por cortes no orçamento federal.