Marta Suplicy diz se sentir honrada em receber Boulos e cita 'Manifesto da Frente Ampla'

Política
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Após almoço entre a ex-secretária de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo Marta Suplicy e o pré-candidato a prefeito, deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), para firmar a chapa às eleições municipais de 2024, a ex-prefeita da capital paulista, que será a vice na chapa, afirmou em nota se sentir "honrada" com a visita do líder do PSOL na Câmara dos Deputados a sua residência. "Recebi em minha residência, neste sábado, e me sinto muito honrada com a vinda de Guilherme Boulos e sua esposa, Natália, os amigos e companheiros de lutas Rui Falcão e sua esposa Cris", afirmou no comunicado.

E destacou na nota: "Nesta oportunidade, resgato o Manifesto Frente Ampla, que foi lançado nesta mesma residência. É a expressão do que esta reunião representa."

Leia, a seguir, o Manifesto da Frente Ampla, divulgado pela ex-prefeita de São Paulo:

"A cidade de milhões de refugiados das secas não vai se refugiar no silêncio quando tanta gente precisa da sua voz marcante.

Não, nós não vamos e não podemos fugir desta missão, São Paulo.

A gente implora à sua alma vanguardista: vamos caminhar juntos pra manter o seu e o nosso espírito de liberdade e respeito vivos!

Você, São Paulo, que inspirou Mário de Andrade e toda uma geração a romper com velhos modelos; você que fez o Caetano aprender 'de pressa a chamar-te de realidade'; você levou o Tom a cantar que em São Paulo 'se ama com todo ódio e se odeia com todo amor'; e o Itamar Assunção nos lembrou que 'São Paulo é outra coisa, não é exatamente amor, é identificação absoluta'.

E todos nós que nos identificamos com as suas virtudes e qualidades, queremos fazer de você, novamente, o palco da vanguarda, o refúgio da lucidez, o marco zero do respeito, a reserva da dignidade.

A hora é a de nos unirmos para construirmos a mais ampla frente política e social para o progresso e o desenvolvimento da cidade de São Paulo.

O desafio central será o de nos organizarmos em torno de uma plataforma democrática de convivência e desenvolvimento da cidade de São Paulo.

Convocar a todos para o esforço de uma grande mobilização pela democracia.

A favor do progresso, desenvolvimento e respeito pela diversidade.

Pela preservação do meio ambiente, pela manutenção de todas as conquistas e avanços de nossa sociedade.

Reafirmar nossa índole democrática, pluralista e igualitária.

Por justiça social, igualdade, respeito ao ser humano e liberdade.

Pelo incentivo permanente à cultura, pela educação e por toda a liberdade de manifestação.

Por uma FRENTE AMPLA que possa unir, juntar e somar todas as entidades da sociedade, partidos políticos, juventude, pessoas de todas as classes sociais, empresas, cidadãos, homens e mulheres que defendem, apreciam e lutam de forma intransigente pela manutenção de todas as nossas conquistas democráticas na nossa cidade e em nosso país."

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Uma juíza federal repreendeu o governo Donald Trump pela recusa em cumprir a ordem de facilitar o retorno do imigrante Kilmar Abrego Garcia, enviado por engano à prisão em El Salvador Em audiência nesta terça-feira, 15, Paula Xinis, determinou que as autoridades federais detalhem os esforços para levá-lo de volta aos Estados Unidos.

"Até agora, nada foi feito", disse a juíza de Maryland ao advogado do Departamento de Justiça. "Nada". Ela destacou que o governo continua obrigado a, no mínimo, adotar as medidas disponíveis para facilitar a libertação de Abrego Garcia e afirmou que pretende forçar autoridades a depor, estabelecendo um cronograma acelerado para que os esforços sejam detalhados. A expectativa é que esse processo leve cerca de duas semanas.

Na semana passada, a Suprema Corte havia confirmado a decisão de Paula Xinis, ordenando ao governo que facilita-se o retorno do imigrante salvadorenho. "A Suprema Corte se pronunciou", destacou a juíza durante a audiência.

Kilmar Ábrego García, casado com uma cidadã americana e pai de uma criança pequena, estava entre os mais de 250 imigrantes enviados no mês passado para prisão de segurança máxima em El Salvador. O governo alega que seriam, em sua maioria, vinculados à gangue venezuelana Trem de Aragua, mas não apresentou evidências.

A Casa Branca reconheceu que a deportação do imigrante de El Salvador foi um "erro administrativo". Isso porque, em 2019, um juiz de imigração entendeu que Kilmar Ábrego García corria risco caso voltasse para El Salvador e proibiu que ele fosse deportado

Mesmo depois de reconhecer o erro, o governo alega que não cabe aos Estados Unidos trazê-lo de volta. Além disso, acusa-o, sem apresentar provas, de pertencer à gangue MS-13, designada como organização terrorista. Sem citar o seu nome, Trump voltou a dizer que Ábrego García seria "membro da gangue MS-13? e "terrorista estrangeiro".

Em uma audiência nesta terça-feira, um representante do Departamento de Segurança Interna disse que o Poder Executivo está disposto a deixá-lo entrar no país "caso compareça pessoalmente na fronteira".

Por sua vez, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, disse em reunião com Donald Trump ao lado de Donald Trump na segunda-feira que não tem o poder para enviar Abrego García de volta aos Estados Unidos.

Na semana passada, a Suprema Corte confirmou a decisão de juíza Paula Xinis, ordenando que o governo deveria facilitar o retorno do imigrante salvadorenho. A juíza solicitou ainda um informe diário sobre o paradeiro e a situação de Ábrego García, além das medidas adotadas para facilitar seu retorno. "Mas recebi muito pouca informação interessante", queixou-se.

O governo de Trump apresentou no sábado uma declaração escrita de um funcionário do Departamento de Estado confirmando pela primeira vez que ele está vivo e seguro na prisão de El Salvador Mas não forneceu informações sobre as medidas adotadas ou previstas para seu retorno.

O governo Donald Trump faz uma interpretação peculiar da decisão da Suprema Corte, considerando que o tribunal teria solicitado apenas a remoção de obstáculos internos que impediriam o retorno do imigrante aos Estados Unidos.

A defesa de Ábrego García acusa o governo de "esvaziar o conteúdo" da decisão da Suprema Corte, afirmando que, para cumprir a ordem, o governo deveria pelo menos solicitar a libertação do salvadorenho. (Com agências internacionais).

A Justiça do Peru condenou nesta terça-feira, 15, o ex-presidente Ollanta Humala, de 62 anos, a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro, após considerá-lo culpado por receber contribuições ilegais da construtora brasileira Odebrecht (atual Novonor) e do governo venezuelano durante suas campanhas eleitorais de 2006 e 2011. A defesa do ex-presidente disse que vai recorrer.

A sentença de ontem encerrou mais de três anos de audiências contra Humala. Sua mulher, a ex-primeira-dama Nadine Heredia, também foi condenada a 15 anos de cadeia, mas entrou pela manhã na Embaixada do Brasil em Lima e pediu asilo político.

A chancelaria peruana disse que os dois governos estariam "em constante comunicação" para resolver a situação. Cabe ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, aceitar ou não o pedido, e ao governo da presidente do Peru, Dina Boluarte, decidir se concede ou não um salvo-conduto para ela deixar o país.

Corrupção

Humala é apenas um de quatro ex-presidentes peruanos envolvidos no escândalo de corrupção da Odebrecht. Alejandro Toledo (2001-2006) foi condenado a mais de 20 anos de prisão, no ano passado, por receber subornos em troca de obras em seu governo.

Pedro Pablo Kuczynski (2016 - 2018) está em prisão domiciliar provisória, uma medida cautelar a pedido de uma equipe da Lava Jato peruana, que o investiga por corrupção durante o período em que ele foi ministro do governo de Toledo, por ter concedido duas licitações à empreiteira brasileira.

Alan García, que foi presidente do Peru por dois mandatos (1985-1990 e 2006-2011), se suicidou em 2019, depois de saber que seria preso preventivamente por conexão com os subornos da Odebrecht.

Acusações

Humala foi acusado de lavagem de ativos por ocultar o recebimento de US$ 3 milhões da Odebrecht em doações ilegais para a campanha de 2011, que o levou à presidência.

Mas, na campanha derrotada de 2006, o casal também teria desviado US$ 200 mil enviados pelo então presidente da Venezuela, Hugo Chávez. O ex-presidente nega ter recebido dinheiro de Chávez ou de qualquer empreiteira brasileira.

Em 2016, a Odebrecht admitiu ter feito pagamentos indevidos totalizando cerca de US$ 788 milhões para obter contratos de obras públicas em vários países da América Latina, incluindo o Peru.

Histórico

No entanto, a crise moral e de imagem da política peruana precede as propinas da Odebrecht. Em 2000, em meio a um escândalo de corrupção, o Congresso destituiu o então Alberto Fujimori por "incapacidade moral permanente". Ele estava no poder desde 1990 e havia enviado sua renúncia por fax do Japão, para onde fugiu dias antes de ser derrubado.

Extraditado do Chile, em 2009, Fujimori foi condenado a 25 anos de prisão por corrupção e crimes contra a humanidade. Após mais de uma década na cadeia, ele foi libertado em 2023 e morreu no ano passado, vítima de câncer. Sua filha, Keiko, tornou-se líder da oposição. Ela cumpriu 15 meses de prisão preventiva, entre 2018 e 2020, por envolvimento com a Odebrecht. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira, 15, que pode facilitar a permissão de imigrantes que trabalham em fazendas e hotéis, pois são uma força de trabalho importante para os EUA. A declaração foi dada em entrevista à Fox Notícias (filial do México da Fox News),

"Estamos trabalhando em conjunto com o México para frear os cartéis. Estou me dando bem com (a presidente mexicana) Sheinbaum. Queremos ajudá-la com essa questão", acrescentou o republicano.

Trump ainda comentou que quer recuperar a posse americana do Canal do Panamá, o qual foi devolvido ao governo panamenho em 1977. "Estamos trabalhando com o Panamá agora sobre o canal", declarou.