Aliados de Tarcísio testam aceitação a nome de coronel que Bolsonaro quer para vice de Nunes

Política
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Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a vice do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) em sua batalha pela reeleição, Ricardo Nascimento de Mello Araújo, coronel da reserva da Polícia Militar, terá seu nome avaliado nos próximos dias. De acordo com pessoas do entorno do governador Tarcísio de Freitas, a confirmação do militar como integrante da chapa ainda depende da aceitação da população e de partidos aliados.

 

Se efetivada, a escolha selará definitivamente a aliança entre Nunes e Bolsonaro, que alternaram momentos de proximidade e distanciamento durante o ano passado. Em dezembro, o ex-presidente chegou a dizer que apoiaria o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), ministro do Meio Ambiente de seu governo, na eleição municipal.

 

Mello Araújo seria uma espécie de preposto de Bolsonaro na gestão da Prefeitura. Ele foi diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), uma empresa pública federal, na gestão do ex-presidente a partir de outubro de 2020, e foi exonerado em janeiro de 2023, já sob Lula. Antes, comandou a Rota, batalhão especial da Polícia Militar de São Paulo, entre 2017 e 2019.

 

Nas redes sociais, o coronel demonstra ser um seguidor fiel de Bolsonaro, com quem aparece em diversas fotos tiradas em agendas da campanha eleitoral de 2022. Também postou diversas fotos em manifestações contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e de cartazes que pediam a saída do ministro Alexandre de Moraes, alvo preferencial dos bolsonaristas na Corte.

 

Sua gestão à frente da Ceagesp foi marcada pela nomeação de PMs para cargos de confiança no órgão - ele colocou 22 policiais nas 26 posições comissionadas existentes.

 

Outros nomes ainda são cogitados para a vice de Nunes. Um deles é o do delegado Osvaldo Nico, número 2 do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.

 

Em entrevista coletiva concedida na manhã desta terça-feira, 16, o prefeito afirmou que ainda não definiu um nome para sua chapa, mas que a escolha passará pelo crivo de Bolsonaro e Tarcísio. "Evidentemente, a gente tem que fazer uma ação democrática de escuta de todo mundo. Agora, é óbvio que a decisão vai ser no final minha".

 

O prefeito afirmou também que ainda não recebeu a indicação de Mello Araújo. "É um nome que eu sei que tem muito apreço tanto pelo presidente Bolsonaro quanto pelo Tarcísio, mas, enfim, o Bolsonaro não falou nada comigo sobre esse nome". No mesmo evento, Tarcísio de Freitas confirmou o apoio ao prefeito em 2024.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na noite deste domingo, 20, esperar que Rússia e Ucrânia farão um acordo "nesta semana". "Ambos começarão a fazer grandes negócios com os Estados Unidos, que está prosperando, e farão uma fortuna", escreveu na rede social Truth Social.

A declaração foi feita em meio a um cessar-fogo de Páscoa marcado por acusações de violação de ambos os lados.

Ainda na rede social, o republicano citou o "Dia da Libertação", como batizou 2 de abril que foi a data em que anunciou uma série de tarifas.

Segundo ele, muitos líderes mundiais e executivos de empresas pediram alívio das imposições tarifárias desde a ocasião. "É bom ver que o mundo sabe que estamos falando sério, porque ESTAMOS! Eles devem corrigir os erros de décadas de abuso, mas isso não será fácil para eles", reforçou ao chamar quem quiser "o caminho mais fácil" para "construir na América".

Ele classificou como "traição não tarifária" questões que chamou de "manipulação cambial", subsídios para exportação, padrões agrícolas protecionista citando como exemplo a proibição de milho geneticamente modificado na União Europeia, entre outros.

Trump também voltou a criticar a discussão a respeito da deportação de Kilmar Armando Abrego Garcia, que foi deportado por engano para uma prisão em El Salvador.

Embora o governo do republicano tenha admitido um "erro administrativo", o republicano disse que Garcia está sendo tratado como uma "pessoa muito doce e inocente, o que é uma mentira total, flagrante e perigosa", voltando a citar sua ligação com a gangue MS-13. Os advogados de Garcia negam.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, condenou o ataque feito à usina hidrelétrica Rucalhue, que está sendo construída no rio Biobío, na região centro-sul do país, na madrugada deste domingo, 20, quando 52 veículos foram incendiados no local.

"Assim como fizemos em outros casos, perseguiremos e encontraremos os responsáveis que deverão responder perante a justiça. Continuaremos trabalhando sem recuar para erradicar todas as formas de violência", disse o mandatário em publicação na rede social X.

De acordo com o adido de Polícia do Chile, Renzo Miccono, indivíduos armados invadiram a localidade por volta das 2h30 da madrugada, ameaçaram quatro guardas de segurança e depois atearam fogo a máquinas.

O empreendimento terá 90 megawatts (MW) de capacidade e enfrenta resistência de povos originários locais e de ambientalistas. No último dia 03 de abril, a Corte de Apelações de Concepción negou dois recursos que pediam a paralisação das obras.

De acordo com a Associated Press, a região do Biobío já havia sido palco de outro ataque incendiário no último dia 7 de abril, quando duas residências e um galpão foram destruídos. Segundo autoridades, o ataque foi reivindicado pela Resistência Mapuche Lafkenche (RML).

A empresa responsável pelo projeto, Rucalhue Energía SpA, controlada da China International Water & Electric Corp (CWE), afirmou que está colaborando com as autoridades para encontrar os responsáveis e reforçar as medidas de segurança.

"Por sorte, não houve feridos graves. No entanto, os danos materiais são significativos. Uma avaliação completa das perdas está sendo feita", disse a companhia em comunicado, acrescentando que o projeto segue toda a regulamentação ambiental, social e técnica.

*Com informações da Associated Press.

O Exército de Israel afirmou que errou ao matar 15 socorristas na Faixa de Gaza. De acordo com relatório sobre o incidente, que ocorreu em 23 de março, foram identificadas "várias falhas profissionais, violações de ordens e uma falha em relatar completamente o incidente", informou a autoridade militar neste domingo, 20.

Na ocasião, uma ambulância em busca de pessoas feridas por um ataque aéreo israelense foi alvo de tiros em um bairro na cidade de Rafah, que fica na fronteira com o Egito. Quando outras ambulâncias chegaram para procurar a equipe desaparecida, também foram alvo de tiros.

"A investigação determinou que o fogo nos dois primeiros incidentes resultou de um mal-entendido operacional pelas tropas, que acreditavam enfrentar uma ameaça tangível por parte das forças inimigas", disse o exército israelense em referência a um possível veículo policial do Hamas.

Israel disse que demitiu o comandante adjunto do Batalhão de Reconhecimento Golani, por fornecer "um relatório incompleto e impreciso durante o debriefing" e repreendeu o oficial comandante da 14ª Brigada, citando sua responsabilidade geral.

Para Jonathan Whittall, chefe do escritório humanitário das Nações Unidas em Gaza e na Cisjordânia, a investigação militar israelense careceu de responsabilização. "Corremos o risco de continuar assistindo a atrocidades se desenrolarem, e as normas destinadas a nos proteger, se erodindo". Fonte: Dow Jones Newswires.