Deputados da Alesp terão 3º aumento de salário em 13 meses; vencimento chegará a R$ 34,7 mil

Política
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Os deputados estaduais da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) terão o terceiro aumento salarial em pouco mais de um ano a partir de fevereiro. Com o reajuste, os parlamentares passarão a receber R$ 33.006,39 mensais. Isso já estava previsto desde 2022, quando os deputados aprovaram um projeto de lei aumentando os próprios vencimentos, de forma escalonada, totalizando 37% de aumento. Com o próximo - e último - aumento, previsto para 1º de fevereiro de 2025, o salário dos parlamentares chegará a R$ 34.774,64.

 

Os valores correspondem a 75% dos ganhos de integrantes do Legislativo Federal, o máximo permitido para deputados estaduais. A Alesp aprovou o reajuste um dia após o Congresso Nacional aumentar salários de políticos e servidores da elite dos três Poderes.

 

Na esteira do reajuste, os vencimentos dos parlamentares paulistas saíram de R$ 25.322,25, passando a R$ 29.469,99 em 1º de janeiro de 2023 e a R$ 31.238,19 em 1º de abril de 2023.

 

O reajuste foi aprovado por 49 votos a 10, no substitutivo apresentado pelo deputado Alex Madureira (PL). Os salários estavam congelados desde 2016.

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O governo Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte de José 'Pepe' Mujica, ex-presidente do Uruguai e ídolo da esquerda latino-americana, nesta terça-feira, 13.

"Grande amigo do Brasil, o ex-Presidente Mujica foi um entusiasta do MERCOSUL, da UNASUL e da CELAC, um dos principais artífices da integração da América do Sul e da América Latina e, sobretudo, um dos mais importantes humanistas de nossa época", afirma o Itamaraty em nota, estacando o seu "compromisso com a construção de uma ordem internacional mais justa, democrática e solidária"

Mujica morreu aos 89 anos, após ter sido diagnosticado com um câncer de esôfago, que havia se espalhado. Com a idade avançada, ele não pode se submeter a tratamentos mais invasivos e se mostrou resignado com a morte em entrevista no começo do ano.

O Itamaraty relembrou a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que esteve com Pepe Mujica em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, no fim do ano passado. Na ocasião, Lula presenteou o líder uruguaio com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais alta condecoração a cidadãos estrangeiros.

O ministério das Relações Exteriores afirma ainda que o legado de Mujica continuará "guiando todas e todos aqueles que genuinamente acreditam na integração de nossa região como caminho incontornável para o desenvolvimento e na nossa capacidade de construir um mundo melhor para as futuras gerações".

Por fim, o governo brasileiro se solidarizou com os familiares de Pepe Mujica e com os uruguaios.

LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA

O governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento na data de hoje do ex-Presidente da República Oriental do Uruguai, José Alberto "Pepe" Mujica, aos 89 anos, em Montevidéu.

Grande amigo do Brasil, o ex-Presidente Mujica foi um entusiasta do MERCOSUL, da UNASUL e da CELAC, um dos principais artífices da integração da América do Sul e da América Latina e, sobretudo, um dos mais importantes humanistas de nossa época. Seu compromisso com a construção de uma ordem internacional mais justa, democrática e solidária constitui exemplo para todos e todas.

Em 5 de dezembro do ano passado, durante visita a Montevidéu, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva condecorou "Pepe" Mujica com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais alta condecoração oferecida pelo Brasil a cidadãos estrangeiros. Na ocasião, o Presidente da República referiu-se ao ex-Presidente Mujica como "a pessoa mais extraordinária" entre os presidentes com quem conviveu.

O legado de "Pepe" Mujica permanecerá, guiando todas e todos aqueles que genuinamente acreditam na integração de nossa região como caminho incontornável para o desenvolvimento e na nossa capacidade de construir um mundo melhor para as futuras gerações.

Neste momento de dor, o Governo brasileiro estende à viúva Lucía Topolansky e aos familiares do ex-Presidente, assim como ao governo e ao povo uruguaios, seus mais sentidos pêsames e expressões de solidariedade.

O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, apresentou seu novo gabinete nesta terça-feira, 13, semanas após sua vitória eleitoral, apostando em novatos e autoridades-chave nas relações com os Estados Unidos para reconstruir uma economia fragilizada pela política tarifária do presidente Donald Trump.

Carney decidiu manter François-Philippe Champagne como ministro das Finanças. Champagne enfrenta duas grandes tarefas imediatas: receber seus colegas do G7 na próxima semana em Banff, Alberta, para um encontro de três dias que deverá ser dominado por questões comerciais; e apresentar um plano orçamentário, provavelmente no próximo mês, delineando cortes de impostos e investimentos, conforme prometido durante a campanha eleitoral.

A maioria dos 28 integrantes do gabinete são recém-eleitos ou estão assumindo um cargo ministerial pela primeira vez. A mudança reflete a tentativa de Carney de distanciar sua administração da anterior, liderada por Justin Trudeau. Ex-presidente do Banco do Canadá, Carney venceu a eleição em 28 de abril defendendo que sua experiência econômica e capacidade de formulação política são o que o país precisa para enfrentar o atual período de turbulência econômica.

"Este novo gabinete foi construído para entregar as mudanças que os canadenses desejam e merecem," disse o primeiro-ministro.

Antes de assumir a liderança do Partido Liberal, Carney criticou o governo Trudeau por não dar a devida atenção à economia, reconhecendo que o país já estava em uma situação frágil antes mesmo de Trump impor tarifas de até 25% sobre importações canadenses estratégicas, como de automóveis, aço e alumínio.

O comércio com os EUA representava cerca de um quinto do crescimento econômico do Canadá, e Carney alertou que a relação econômica de décadas com o país vizinho - marcada por uma rede de suprimentos altamente integrada - chegou ao fim. Ele tem falado sobre explorar novos laços econômicos e de defesa com a Europa e a Ásia.

"Será que o leste do Canadá poderá se reorientar para o comércio com a Europa e o oeste para o comércio com a Ásia? Não é impossível, mas será caro," disse o economista Paul Krugman, vencedor do Prêmio Nobel, em podcast produzido pelo CIBC Capital Markets.

Entre as mudanças notáveis no gabinete do primeiro-ministro está a nomeação de Anita Anand como ministra das Relações Exteriores. Mélanie Joly, que ocupava esse cargo e fazia parte do círculo próximo de Carney nas negociações com a Casa Branca de Trump, assumiu o Ministério da Indústria, enquanto Dominic LeBlanc manteve a responsabilidade pelo comércio entre os EUA e o Canadá.

David McGuinty será o novo ministro da Defesa do Canadá.

A bancada do PT na Câmara dos Deputados lamentou nesta terça-feira, 13, o falecimento do ex-presidente do Uruguai José Pepe Mujica, afirmando que "o mundo perde um líder excepcional, exemplo de integridade e humanidade". Segundo a bancada, Mujica deixa uma "marca indelével", tanto pela passagem pelo governo do Uruguai, como pelo "compromisso com os direitos humanos e os mais desfavorecidos".

Em nota assinada pelo líder da bancada na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), os deputados dizem que o legado de Mujica "se tornou um símbolo global de humildade, solidariedade e coerência política, com seu estilo de vida simples e sua retórica anticonsumista".

"Mujica nos mostrou que é possível lutar por um mundo mais justo, com simplicidade, coerência, tendo sempre em vista as pessoas e a justiça social acima dos interesses individuais", registrou a nota do PT.

A bancada lembrou do discurso do presidente na Organização das Nações Unidas, em 2012. Na ocasião, Mujica "criticou o consumismo desenfreado". "Foi antológico", registraram os parlamentares.

"Como ele disse, 'os homens passam, as causas permanecem'. E as causas de Mujica permanecerão como guia a quem luta pela construção de um mundo mais justo, igualitário, inclusivo e sustentável", completaram.