Bolsonaro e filhos anunciam live para articular base e 'preparar' candidatos para eleições 2024

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Jair Bolsonaro (PL) e seus três filhos que possuem mandatos estão organizando um evento online para coordenar seus apoiadores para as eleições municipais deste ano. Chamado de "Evento Conservador 2024", a live será transmitida no próximo domingo, 28, às 19h, e tem o objetivo de, além de organizar a base bolsonarista, preparar futuros candidatos e criar influenciadores para atuarem localmente regidos pelas pautas do grupo.

 

"Chegou o momento de prepararmos os candidatos e as lideranças locais para este ano tão decisivo", diz a página oficial para inscrições no evento, que ocorrerá no canal de Eduardo Bolsonaro no Youtube. A inscrição "cruzada" orienta que o participante entre em um grupo de transmissão de WhatsApp para participar do evento, onde receberá informações sobre a live e "conteúdos especiais".

 

Tanto Bolsonaro, o pai, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) conduzirão o encontro. Este último, desde os anos 2000 na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, deve concorrer ao seu sétimo mandato em outubro.

 

As lives foram amplamente utilizadas por Bolsonaro durante o período que ocupou a Presidência da República, para divulgar suas ações, se comunicar com seus seguidores mais fiéis e atacar oponentes. Em outubro de 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou três ações que pediam a inelegibilidade do ex-presidente em razão do uso dos Palácios do Planalto e do Alvorada para fazer transmissões ao vivo e conceder entrevistas durante a campanha eleitoral.

 

A avaliação dos ministros foi a de que Bolsonaro cometeu irregularidades, mas a conduta não foi grave a ponto de atrair inelegibilidade. Dias depois, a Corte eleitoral aprovou regras para serem usadas como referência em casos semelhantes no futuro.

 

Há cinco dias da data marcada, participantes do evento dos Bolsonaro já estão se manifestando na caixa de comentários na página onde será transmitida. Mensagens como "já estava demorando para retornarmos à luta", "o voto impresso é a única saída" e "vamos tomar logo o nosso país" estampam no chat desde a manhã desta terça-feira, 23.

Em outra categoria

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 22, que conversou por telefone com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Em publicação na Truth Social, Trump disse que os dois abordaram vários assuntos, incluindo comércio e relações com o Irã.

"A ligação correu muito bem - estamos do mesmo lado em todas as questões", escreveu o presidente dos EUA.

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, reafirmaram nesta terça-feira, 22, o compromisso de aprofundar a cooperação bilateral, em meio a críticas conjuntas a práticas unilaterais que, segundo eles, ameaçam a estabilidade global. A conversa ocorreu por telefone.

O diálogo acontece em um contexto de crescente tensão no comércio internacional. Wang Yi destacou os esforços da China para "manter as regras internacionais" frente ao avanço de medidas protecionistas. "Os EUA, usando tarifas como arma, estão atacando indiscriminadamente vários países, violando abertamente as regras da OMC e prejudicando os direitos legítimos das nações", afirmou. "Essa regressão à lei da selva nas relações entre países é um retrocesso histórico, insustentável e cada vez mais rejeitada."

Segundo comunicado do governo chinês, Wang ressaltou que, desde o início do ano, Pequim e Londres vêm ampliando o diálogo estratégico em áreas como economia, energia e segurança. Estão previstas ainda novas conversas sobre inteligência artificial, tecnologia, mudança climática e educação. "A China está disposta a trabalhar com o Reino Unido para superar interferências e focar em cooperação mútua."

Lammy, por sua vez, afirmou que o Reino Unido "apoia firmemente o livre comércio e o sistema multilateral baseado na OMC".

O chanceler britânico também manifestou interesse em "aprofundar o intercâmbio de alto nível" com a China e em buscar soluções conjuntas para desafios globais.

Além das questões comerciais, os dois diplomatas trataram da guerra na Ucrânia. O comunicado não mencionou eventuais convergências, e o tema continua sendo um ponto sensível: o Reino Unido integra o bloco ocidental que apoia Kiev, enquanto a China mantém uma postura de neutralidade, defendendo negociações de paz, segundo o texto.

A Universidade de Harvard entrou com uma ação federal contra o governo de Donald Trump na segunda-feira, 21, argumentando que ele violou os direitos constitucionais da universidade ao congelar bilhões de dólares em financiamento federal e colocar em risco sua independência acadêmica.

O processo estabelece um confronto legal entre a universidade mais proeminente dos EUA e o presidente Trump, que está em uma campanha crescente para reordenar o ensino superior de elite.

"As consequências do exagero do governo serão graves e duradouras", disse o presidente de Harvard, Alan Garber, em uma mensagem comunitária anunciando a ação judicial.

As pesquisas em risco, devido aos cortes de verbas, incluem trabalhos sobre câncer infantil, surtos de doenças infecciosas e alívio da dor de soldados feridos em batalha, afirma Garber.

Harvard argumenta que o governo cortou os fundos "como parte de sua campanha de pressão" para forçar a universidade "a se submeter ao controle de seus programas acadêmicos".

A ação pede que o tribunal suspenda o congelamento do financiamento e declare ilegais tanto o congelamento quanto as exigências feitas à universidade. Fonte: Dow Jones Newswires.