Lula diz estar otimista em chapa Boulos-Marta e que eleição será de polarização com Bolsonaro

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que seu apoio aos candidatos nas eleições municipais dependerá de cidade a cidade, mas que São Paulo é um caso atípico por classificar ser uma disputa entre ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro. No caso da capital paulista, o chefe do Executivo disse estar otimista com a vitória da chapa Guilherme Boulos e Marta Suplicy.

 

"Eu tenho que levar em conta que, se tiver dois candidatos da base do governo disputando eleição, eu tenho que dar um tratamento mais respeitoso", disse em entrevista ao programa "Bom Dia com Mário Kertész", da Rádio Metrópole de Salvador (BA) nesta terça-feira, 23. "Tenho candidato em todas as capitais, em todas as cidades, sobretudo se for candidato do PT, de partido aliado, que faz parte da base. Em algumas cidades, vamos ter candidatos que não são do PT e eu vou apoiar, que não são do PSB partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, e eu vou apoiar. Isso vai depender de cidade a cidade", comentou.

 

Ao falar sobre a eleição na capital de São Paulo, Lula classificou que a disputa é "muito especial" por ser uma "confrontação direta entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o atual presidente; entre eu e a figura", recusando-se a citar o nome de Jair Bolsonaro. Lula disse ter ficado muito feliz em ter convencido Marta a ser vice na chapa de Boulos, citando que ela terá que se filiar ao PT.

 

"Acho que temos condições em ganhar as eleições em muitas capitais, vamos fazer alianças em vários Estados", comentou. Ele, contudo, ponderou que seu apoio terá que ser "mais ou menos acertado" para evitar qualquer conflito posterior com o Congresso Nacional.

 

Na fala, o chefe do Executivo disse que as eleições municipais irão, de certa forma, ser uma continuidade da eleição presidencial de 2022. "A disputa é entre um governo que coloca o povo em 1º lugar para tentar resolver os problemas dele e o governo das fake news", classificou.

 

Já em relação aos vereadores, Lula avaliou que o PT precisará levar em conta a importância de eleger vereador. "Um vereador em uma cidade faz a diferença para o partido naquela cidade", disse.

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O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou hoje uma reestruturação significativa no Departamento de Estado, com planos de reduzir em 15% o número de funcionários no país e de fechar ou consolidar mais de 100 divisões ao redor do mundo. A medida faz parte da agenda "America First" (América Primeiro) do governo de Donald Trump.

O plano de reorganização, divulgado por Rubio nas redes sociais e detalhado em documentos obtidos pela Associated Press, é o mais recente esforço da Casa Branca para reformular a política externa dos EUA e reduzir o tamanho do governo federal.

"Não podemos vencer a batalha do século 21 com uma burocracia inchada que sufoca a inovação e aloca mal os recursos escassos", afirmou Rubio em um e-mail enviado a todo o departamento, obtido pela AP. "Por isso, sob a liderança do Presidente Trump e a minha direção, estou anunciando uma reorganização do Departamento para que ele possa enfrentar os enormes desafios do século 21 e colocar a América em primeiro lugar."

O plano inclui a redução de 734 divisões e escritórios para 602, além da realocação de 137 escritórios para outros locais dentro do Departamento, a fim de aumentar a eficiência, conforme uma ficha técnica obtida pela AP.

Haverá também a criação de um escritório "reimaginado", focado em assuntos internacionais e humanitários, para coordenar os programas de assistência externa restantes após o recente desmantelamento da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

Algumas divisões que devem ser eliminadas incluem o Escritório de Questões Globais das Mulheres, assim como os esforços do departamento em diversidade e inclusão. Espera-se ainda que o Departamento elimine alguns escritórios que antes estavam sob o Subsecretário de Estado para Segurança Civil, Democracia e Direitos Humanos, embora a ficha técnica indique que grande parte do trabalho dessas divisões será transferido para outras áreas do Departamento.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções contra o empresário iraniano Seyed Asadoollah Emamjomeh e sua rede de empresas, sob acusação de exportar milhões de dólares em gás liquefeito de petróleo (GLP) e petróleo bruto, recursos que, segundo Washington, ajudam a financiar o programa nuclear e atividades "desestabilizadoras" do Irã. A medida busca aumentar a pressão econômica sobre o regime iraniano, segundo comunicado oficial divulgado nesta terça-feira, 22.

De acordo com o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês), Emamjomeh e seu filho, Meisam Emamjomeh, comandam uma ampla rede de transporte e comercialização de GLP, com atuação no Irã e nos Emirados Árabes Unidos. Um dos navios operados por eles, o TINOS I, teria tentado carregar combustível no Texas em 2024, mas não conseguiu.

"Emamjomeh e sua rede buscaram exportar milhares de carregamentos de GLP, inclusive dos EUA, para burlar sanções e gerar receita para o Irã", afirmou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em nota. "Os EUA seguem comprometidos em responsabilizar quem auxilia o regime iraniano a obter fundos para suas atividades desestabilizadoras." O Tesouro destacou que parte dos lucros obtidos com a venda do GLP financia grupos como Hezbollah, Houthis e Hamas.

A rede ligada a Emamjomeh inclui empresas como a Caspian Petrochemical FZE e a Parsa Fidar Paydar, além de outras nove companhias do setor de gás. Meisam, seu filho, é responsável pela Pearl Petrochemical FZE, dona do navio TINOS I, e pela britânica Worldwide LPG Limited. Todas foram incluídas na lista de sanções.

A ação reforça a estratégia de "pressão máxima" dos EUA contra o Irã, lançada no atual mandato de Donald Trump. O Tesouro ressaltou que continuará atuando contra redes que financiem o regime iraniano.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 22, que conversou por telefone com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Em publicação na Truth Social, Trump disse que os dois abordaram vários assuntos, incluindo comércio e relações com o Irã.

"A ligação correu muito bem - estamos do mesmo lado em todas as questões", escreveu o presidente dos EUA.