Tamanho do ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista é questionado após postagem viral; dados divergem

Política
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O que estão compartilhando: postagem mostra imagens fechadas do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados, no domingo, 25, em São Paulo, e diz que o evento ocupou somente uma quadra da Avenida Paulista. "Queriam lotar a Avenida Paulista, mas só conseguiram lotar uma quadra", diz a mulher no vídeo, que viralizou no Instagram.

 

O Estadão Verifica apurou e concluiu que: é enganoso. As imagens mostradas na postagem foram selecionadas de forma a não dar a dimensão real da presença de pessoas no ato. A imprensa registrou estimativas que, apesar de variarem entre si, são todas superiores a "uma quadra", como diz a postagem. Ao citar o espaço da Avenida Paulista, a mídia fala em "ao menos quatro quarteirões" até "ao longo de dez quadras". A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) estima o público na via em 600 mil pessoas. Já pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) falam em 185 mil pessoas. Os números variam a depender da metodologia utilizada (clique aqui para saber mais).

 

Saiba mais: Imagens aéreas divulgadas pelo Estadão mostram um público muito superior a uma quadra. As estimativas da concentração de pessoas variam, mas todas são superiores ao que afirma a postagem enganosa. O programa Fantástico, da TV Globo, cita que o público se estendeu por cerca de sete quarteirões da Avenida Paulista. Já a reportagem do site Metrópoles observou a presença de manifestantes ao longo de dez quadras. O UOL fala em ao menos quatro quarteirões, a AFP, em mais de seis, e a TV Record cita a ocupação de nove quadras.

 

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) divulgou que a manifestação reuniu 600 mil pessoas na Avenida Paulista e um total de 750 mil considerando ruas adjacentes. Ainda de acordo com os dados da SSP, a presença de manifestantes no domingo superou os atos de 7 de Setembro de 2021 e 2022, quando 50,4 mil e 125 mil, respectivamente, compareceram à Avenida Paulista para apoiar Bolsonaro.

 

 

Já o projeto "Monitor do debate político no meio digital", da Universidade de São Paulo (USP), divulgou um número menor: 185 mil pessoas no momento de pico da manifestação, às 15h. Segundo os responsáveis pelo projeto, foram tiradas 43 fotos áreas entre 15h e 17h. A contagem de pessoas foi feita por um software que utiliza inteligência artificial e identifica cabeças para estimar a quantidade de pessoas em uma imagem. A margem de erro é de 12% para mais ou para menos.

 

O ato na Avenida Paulista foi convocado por Bolsonaro em meio às investigações da Polícia Federal sobre crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito que teriam sido praticados pelo ex-presidente Bolsonaro e um grupo de aliados. As investigações resultaram na Operação Tempus Veritatis, que cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão no círculo mais próximo do ex-presidente. Bolsonaro também foi alvo e teve que entregar seu passaporte à Justiça.

 

Na manifestação de domingo, Bolsonaro negou liderar uma articulação golpista depois da derrota nas eleições de 2022 e pediu anistia a presos de 8 de Janeiro, episódio de 2023 em que apoiadores invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. No ato na Avenida Paulista, Bolsonaro demonstrou estar satisfeito com a presença do público: "Como eu convidei a vocês, eu estou muito orgulhoso e grato por vocês terem aceito esse convite".

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Em nova publicação no X, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que bombardeios russos chegam a 1.355. "Já houve 67 ataques russos contra nossas posições em várias direções, com o maior número na direção de Pokrovsk. Houve um total de 1.355 casos de bombardeios russos, dos quais 713 envolveram armamento pesado", escreveu, citando relatório do comandante-chefe do exército do país, Oleksandr Syrskyi.

Zelensky também disse que a Ucrânia propõe cessar-fogo de 30 dias, com a possibilidade de prorrogação. "A Ucrânia propõe o fim de qualquer ataque com drones e mísseis de longo alcance contra a infraestrutura civil por um período de pelo menos 30 dias, com a possibilidade de prorrogação."

O presidente ucraniano também afirmou que, "se a Rússia não concordar com essa medida, isso será uma prova de que ela pretende continuar fazendo apenas coisas que destroem vidas humanas e prolongam a guerra", acrescentou na publicação.

Desde que o acordo de cessar-fogo durante o feriado de Páscoa foi proposto pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, no último sábado, 19, Zelensky afirma que os bombardeios continuam na Ucrânia, publicando em sua conta no X dados sobre os ataques.

O governo da Colômbia decretou emergência sanitária em todo o País por conta do aumento de casos de febre amarela no país. Segundo dados do Ministério da Saúde, até o sábado, 19, foram confirmados 54 casos da doença e 22 mortes só neste ano.

Considerando números também de 2024, já são 77 registros da doença dos quais 35 morreram.

Os casos se distribuem entre os departamentos de Tolima, que é o mais afetado, além de Huila, Cauca, Nariño, Putumayo, Caldas, Meta, Vaupés, e Caquetá.

A febre amarela é uma doença viral transmitida por mosquitos e tem entre os sintomas febre alta, de início súbito, dor de cabeça intensa e duradoura, falta de apetite, náuseas e dor no corpo, segundo o Ministério da Saúde brasileiro.

Nas formas graves, pode levar a insuficiência hepática e renal com agravamento da icterícia - coloração amarelada na parte branca dos olhos, além de hemorragias.

O governo colombiano ampliou a campanha de vacinação no País, com foco em crianças a partir de nove meses de idade e adultos a partir de 59 anos.

A vacinação é gratuita e fornece imunidade a partir do décimo dia da aplicação em 95% dos vacinados.

Os Emirados Árabes Unidos pediram que Israel não tome medidas que possam agravar as tensões no Oriente Médio em declaração divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do país neste domingo, 20. Na declaração, o ministério responsabiliza as autoridades israelenses pela interrupção do cessar-fogo na região e pediu que se abstenham de medidas que possam agravar as tensões. No comunicado, os Emirados Árabes Unidos também afirmam "rejeição categórica a todas as práticas que violem o direito internacional e ameacem levar a uma maior escalada" do conflito na região.

A declaração dos Emirados Árabes Unidos ocorre após ameaças de invasão e fechamento da mesquita de Al-Aqsa, localizada em Jerusalém e foco histórico de tensões entre judeus e muçulmanos. Na declaração, os Emirados Árabes Unidos afirmaram haver necessidade de "proteção total aos locais sagrados islâmicos e cristãos" e de impedir violações no complexo da mesquita.

"Os Emirados Árabes Unidos condenam nos termos mais fortes os apelos extremistas para bombardear a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha e cometer violações contra os cristãos em Jerusalém. Também condenam veementemente as violações de Israel contra os cristãos em Jerusalém durante o Sábado Santo, incluindo a negação de acesso às igrejas e agressões físicas, alertando sobre as sérias repercussões dessas práticas arbitrárias, que ameaçam aumentar ainda mais as tensões na região", disse o país na declaração emitida pelo Ministério das Relações Exteriores.

Por fim, os Emirados Árabes Unidos apelaram à comunidade internacional por esforços para alcançar uma paz abrangente com base em dois Estados. A manifestação ocorre também depois de novos ataques das forças israelenses no Líbano, com Israel intensificando as ações militares na região.

Os Emirados Árabes Unidos são um dos países que atuam como mediadores do conflito em Gaza.