Mourão exalta golpe militar de 1964: 'nação se salvou a si mesma'

Política
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Ex-vice-presidente da República, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) exaltou neste domingo, 31, o golpe de Estado que mergulhou o País numa ditadura militar entre 1964 e 1985. "A história não se apaga e nem se reescreve, em 31 de março de 1964 a Nação se salvou a si mesma", escreveu o parlamentar sobre a investida militar que derrubou o então presidente João Goulart, o Jango, e cassou o mandato de políticos contrários ao novo regime.

 

General da reserva do Exército brasileiro, Mourão presidiu o Clube Militar em 2018. Fundada em 1887, a associação reúne altos oficiais das Forças Armadas, divulgando anualmente uma nota em defesa ao golpe de 1964. No texto deste ano, a instituição elogiou a atuação do general presidente Humberto Castello Branco e de seus sucessores após "as Forças Armadas empreenderam o Movimento Cívico-Militar de 31 de Março".

 

Setores das Forças Armadas costumam justificar o que chamam de "Revolução de 1964? como um freio a supostas ameaças de um iminente golpe comunista no Brasil naquela época. A versão não é amparada por fatos.

 

"Os golpistas vitoriosos tiveram amplas condições de investigar o governo deposto por meio de inúmeros inquéritos arbitrários e não acharam planos golpistas", explicou em uma entrevista ao Estadão o historiador Carlos Fico, professor titular de História do Brasil da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

 

Movimentos contrários ao golpe de 1964 costumam usar o dia 1º de abril para marcar o aniversário do evento, enquanto que aqueles favoráveis ao movimento usam o 31 de março.

 

Historiadores esclareceram ao Estadão que a disputa pela data é sobretudo política, com opositores ao golpe buscando vinculá-lo ao Dia da Mentira e defensores tentando refutar esse rótulo. Na prática, porém, a ação que depôs Jango começou em 31 de março e terminou na madrugada de 2 de abril.

 

Censura, tortura e assassinato de opositores ao regime militar marcaram a ditadura brasileira. Depois de 60 anos do golpe, familiares de vítimas do Estado ainda buscam respostas sobre o desaparecimento de seus entes queridos.

 

Entre os dias 28 e 31 de março, o Estadão publicou uma série de reportagens especiais sobre o golpe militar. O material traz depoimentos e documentos inéditos que retratam o País nas décadas anteriores ao golpe de 64 e nos anos que se sucederam.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o Irã será responsável por "cada tiro disparado" pelos Houthis, em publicação na Truth Social, feita nesta segunda-feira, 17. Na postagem, o republicano alegou que os iranianos são responsáveis por fornecerem "dinheiro, equipamento militar altamente sofisticado e inteligência" ao grupo rebelde.

"Cada tiro disparado pelos Houthis será visto, de agora em diante, como sendo um tiro disparado das armas e da liderança do Irã, e o país será responsabilizado, sofrerá as consequências que serão terríveis", mencionou na postagem.

"As centenas de ataques feitos pelos Houthis, os mafiosos e bandidos sinistros baseados no Iêmen, todos emanam e são criados pelo Irã", disse Trump ao enfatizar que "qualquer ataque ou retaliação adicional dos Houthis será recebido com grande força".

A Rússia não parece estar verdadeiramente comprometida em negociar a paz na Ucrânia, de acordo com a chefe de Relações Exteriores da União Europeia, Kaja Kallas. Em coletiva de imprensa após reunião do Conselho de Relações Exteriores da UE, Kallas ressaltou que "agora, parece que a Rússia não quer realmente a paz. O entendimento ao redor da mesa é que não se pode confiar na Rússia, pois aproveitam qualquer oportunidade para apresentar demandas que são seus objetivos finais".

A chefe de Relações Exteriores da UE também mencionou o amplo apoio político à iniciativa de defesa de 40 bilhões de euros para a Ucrânia, destacando a necessidade de agilidade no processo. "No último Conselho Europeu, foi afirmado que precisamos avançar rapidamente com essa iniciativa", explicou. Ela reforçou a importância de demonstrar determinação no apoio à Ucrânia para que o país possa continuar a se defender.

Além do conflito na Ucrânia, Kallas abordou a situação no Oriente Médio, condenando a politização da ajuda humanitária em Gaza e destacando a importância, "para os europeus" de excluir o Hamas de qualquer papel futuro na reconstrução da região. "Todos condenaram a politização da ajuda humanitária, que deve chegar às pessoas necessitadas", afirmou.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou que a declaração conjunta da reunião dos Ministros das Relações Exteriores do G7 buscam difamar o país e interferir em assuntos internos, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 17. A representante chinesa "lamentou fortemente" a situação e disse que o G7 deve parar de "semear a discórdia e provocar disputas".

"A China sempre promoveu negociações de paz sobre a questão da Ucrânia, nunca forneceu armas letais a nenhuma parte do conflito e exerceu controle rigoroso de exportação sobre artigos de uso duplo", explicou.

Segundo Mao, a China está comprometida com o desenvolvimento pacífico, segue uma política de defesa nacional de natureza defensiva e sempre mantém sua força nuclear no nível mínimo exigido pela segurança nacional. "O G7 deve parar de politizar e armar os laços comerciais e econômicos e parar de minar a ordem econômica internacional e desestabilizar as cadeias industriais e de suprimentos globais", ressaltou.

A porta-voz apelou para que o grupo "veja a tendência da história e descarte o viés ideológico". "Eles precisam se concentrar em questões importantes, incluindo abordar os desafios globais e promover o desenvolvimento global, e fazer mais coisas que sejam propícias à solidariedade e cooperação internacionais", defendeu.