Governadores de oposição têm melhor avaliação que Lula em seus Estados

Política
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Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo), Ratinho Júnior (PSD) e Ronaldo Caiado (União Brasil), governadores que comandam as gestões de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás, respectivamente, apresentam índices de aprovação superiores aos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seus Estados. A constatação é da pesquisa Genial/Quaest, realizada nessas unidades federativas entre os dias 4 e 7 de abril.

 

Os quatro governadores cujas administrações foram avaliadas são apontados como possíveis pré-candidatos à Presidência da República em 2026, em eventual disputa com o próprio Lula. Caiado, por exemplo, já colocou publicamente que pretende concorrer. Tarcísio tem sinalizado a intenção de disputar mais uma vez ao governo de São Paulo, já que é o único dos quatro ainda em primeiro mandato. Zema e Ratinho Jr. têm afirmado que é cedo para falar do assunto.

 

De acordo com o levantamento da Genial/Quaest, a maior discrepância se dá em Goiás. Por lá, enquanto Caiado é aprovado por 86% dos eleitores, Lula registra aprovação de 49%. Enquanto isso, são 12% os que reprovam o governador, e 50% os que desaprovam o presidente.

 

Há também diferença expressiva no Paraná, onde a gestão de Ratinho Júnior tem 79% de aprovação e 17% de desaprovação, enquanto Lula é aprovado por 44% e desaprovado por 54% dos entrevistados.

 

Em Minas, Zema é avaliado positivamente por 62%, enquanto Lula tem taxa de aprovação de 52% no Estado. Reprovam o trabalho do governador 31%; 47% dizem o mesmo da gestão do presidente.

 

São Paulo

 

A aprovação de Tarcísio alcança 62% em São Paulo, com 29% de desaprovação. São 9% os que não souberam ou não responderam. De acordo com o levantamento, os que avaliam a gestão Tarcísio como positiva representam 41% do eleitorado paulista. Por outro lado, são 35% os que a veem como regular e 16% os que apontam que é péssima. Os que não souberam ou não responderam são 8%.

 

Entre os eleitores paulistas, a aprovação do governo Lula alcança 50%. A desaprovação é de 48%, enquanto 2% não souberam ou não responderam. Instados a avaliar o governo federal, 32% o avaliam como positivo, 29% acham que é regular e 37% apontam como negativo. Os entrevistados que não souberam ou não responderam a essa questão são 2%.

 

O levantamento mostra que a área com a maior avaliação positiva em São Paulo é a gestão de infraestrutura e mobilidade. São 49% os que consideram positiva a atuação do governo no setor, enquanto 34% a veem como regular e 16%, como negativa. Bons índices também foram registrados na educação (42% positiva, 34% regular e 23% negativa) e geração de emprego e renda (39% positiva, 40% regular e 20% negativa).

 

Segurança

 

Transporte público, com 39% de avaliação positiva; e habitação, com 38%, vêm em seguida. Os piores índices são registrados na avaliação da segurança pública (33% positiva, 36% regular e 31% negativa) e saúde (32% positiva, 35% regular e 32% negativa). Para 65% dos paulistas, São Paulo está em situação melhor do que a de outros Estados. Outros 23% acham que está pior. Além disso, 36% acham que a unidade federativa está melhorando, enquanto 38% apontam que está igual e 23% acham que está piorando.

 

Apesar dos dados positivos para o governo Tarcísio, a pesquisa Genial/Quaest mostrou preocupações com a situação econômica no Estado. Enquanto 26% acham que a economia de São Paulo melhorou, 30% acham que piorou. Outros 41% apontam que está igual.

 

Economia

 

Ainda assim, os números são melhores do que a percepção dos paulistas sobre a economia brasileira: 23% acham que houve melhora, 32% acham que ficou igual e 42% apontam que piorou.

 

Foram ouvidos 1.656 eleitores em São Paulo (84 municípios), 1.506 em Minas (84 cidades), 1.121 no Paraná (56 unidades) e 1.127 em Goiás (47 municípios). As margens de erro são, respectivamente, de 2,4, 2,5, 2,9 e 2,9 pontos porcentuais para mais ou para menos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou que o cenário geopolítico atual "pode facilmente levar à Terceira Guerra Mundial", mas garantiu que "estamos em uma boa posição para evitar" a "provável" eclosão do conflito. Para o republicano, uma nova grande guerra seria "como nenhuma outra", devido ao possível uso de armas nucleares.

Em discurso no Departamento de Justiça (DoJ, na sigla em inglês), Trump destacou as dificuldades para negociar um cessar-fogo na Ucrânia. "Não é fácil" dialogar com a Rússia, afirmou, mas garantiu que "estamos fazendo um bom trabalho com os russos". "Tive ótimas conversas com a Rússia e a Ucrânia hoje. Vamos conversar com Vladimir Putin para fecharmos um acordo de cessar-fogo de uma vez", acrescentou.

O presidente também assegurou que os EUA irão recuperar os recursos enviados à Ucrânia para financiamento militar por meio de futuros acordos, incluindo o de exploração de minerais. Apesar do apoio militar americano, "que fazem os melhores equipamentos militares do mundo", Trump ressaltou que "muitos soldados ucranianos ainda estão em perigo".

O republicano também prometeu manter as tarifas contra México, Canadá e China até que "a entrada de drogas nos EUA seja interrompida". "Não vamos descansar até combater a entrada de fentanil nos EUA", afirmou.

Trump ainda disse que o governo federal e o DoJ, sob sua gestão, "serão os órgãos que mais combaterão crimes no mundo". Em seguida, agradeceu aliados na Justiça americana, como Pam Bondi, procuradora-geral dos EUA, e Kash Patel, diretor do FBI.

Ele também voltou a criticar Joe Biden e os democratas. "Nossos predecessores transformaram o Departamento de Justiça no 'Departamento de Injustiça'. Estou aqui hoje para declarar que esses dias acabaram e nunca mais voltarão", afirmou.

Sobre as eleições, Trump acusou os democratas de tentarem impedir seu retorno à Casa Branca. "Falharam. Ganhei todos os swing states, ganhei no voto popular. O mapa dos Estados Unidos estava todo vermelho. Mas pelos republicanos, não pelo comunismo. Eles democratas queriam vermelho pelo comunismo", disse.

O Senado norte-americano aprovou definitivamente um projeto de lei que pode aumentar as penalidades para traficantes de fentanil, com 84 votos a favor e 16 contra, todos esses últimos de democratas. A proposta teve forte apoio dos democratas na Câmara, onde muitos estão determinados a combater a distribuição de fentanil após uma eleição em que o presidente dos EUA, Donald Trump, destacou o problema.

Em 2023, quando os republicanos da Câmara aprovaram um projeto de lei semelhante, ele ficou parado no Senado, que era controlado pelos democratas.

Críticos apontam que a proposta repete os erros da "guerra às drogas", que resultou na prisão de milhões de pessoas viciadas, especialmente afro-americanos. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente da Polônia, Andrzej Duda, pediu mais uma vez nesta sexta-feira, 14, que os Estados Unidos instalem armas nucleares no país. De acordo com ele, isso fortaleceria a segurança polonesa ante a Rússia.

Para Duda, a Polônia, que faz fronteira com a Ucrânia, corre o risco de ser o próximo país a ser ameaçado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, após a guerra no país vizinho - que está em negociação para chegar ao fim.

Duda, que também é comandante-chefe das forças armadas polonesas em rápida expansão, afirmou que a Rússia de hoje é pelo menos tão agressiva quanto a antiga União Soviética. Ele condenou o que chamou de ganância imperial de Moscou.

O presidente polonês, que já havia pedido antes o envio de armas nucleares, disse ao jornal Financial Times que conversou com o enviado especial dos EUA para a Ucrânia, Keith Kellogg, sobre o plano. Ele chamou de "óbvio" o poder do presidente americano Donald Trump de mover as ogivas nucleares na região, se desejar. "As fronteiras da Otan avançaram para o leste em 1999. 26 anos depois, a infraestrutura também deveria se deslocar para o leste", declarou.

Embora o presidente polonês tenha ciência de que o Kremlin o posicionamento de armas nucleares mais próximo de seu território como uma provocação, ele enxerga a proposta como uma medida defensiva para fortalecer a dissuasão.

Para o presidente, a proposta é uma resposta a ações de Moscou, que deslocou parte de seu arsenal nuclear para Belarus em 2023 - e, portanto, mais próximo do território da Otan, a aliança de países ocidentais. "Essa tática defensiva é uma resposta vital ao comportamento da Rússia, realocando armas nucleares na área da Otan", disse o líder polonês a outro jornal estrangeiro, a BBC.

Duda também acolheu as propostas feitas pelo presidente francês, Emmanuel Macron, para estender o escopo das armas nucleares francesas a outros membros da Otan. O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, já havia elogiado a proposta do líder francês.

Desde o início da guerra, a Polônia tem sido o país da Otan que mais reserva gastos para fortalecer a defesa, investindo 5% do seu PIB. Isso supera até mesmo os Estados Unidos, o principal financiador da Ucrânia no conflito.

Questionado pela BBC sobre como o arsenal nuclear americano fortaleceria sua defesa, Duda afirmou que isso aprofundaria o compromisso dos EUA com a segurança do país. "Todo tipo estratégico de infraestrutura, americana e da Otan, que temos em nosso solo fortalece a inclinação dos EUA e da Otan para defender este território", disse.

Os americanos já deslocaram 10 mil tropas para a Polônia desde o início da guerra.

Negociações em torno da guerra

Ao contrário de outros líderes europeus, que expressam preocupações com a posição de Donald Trump com relação à guerra, o presidente polonês afirmou que não considera que haja um desequilíbrio pró-Moscou nas negociações. À BBC, ele disse que está confiante de que o presidente americano tem um plano, como dito por ele mesmo, para "encorajar o lado russo a agir de forma razoável".

Duda também disse que não conseguia imaginar Trump dando uma guinada em relação ao compromisso que assumiu durante a reunião do mês passado sobre manter as tropas americanas na Polônia. "Preocupações quanto aos EUA retomarem sua presença militar da Polônia não são justificadas. Somos um aliado confiável para os EUA e eles também têm seus próprios interesses estratégicos aqui", disse ele.

O presidente ainda rejeitou a proposta de Donald Tusk sobre a Polônia construir seu próprio arsenal nuclear, dita na semana passada. Segundo ele, levaria anos para que isso fosse possível.