MP pede para fundação gestora da TV Cultura se manifestar sobre pedido para suspender eleição

Política
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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) deu 72 horas para a Fundação Padre Anchieta (FPA) se manifestar na ação em que o deputado estadual Guto Zacarias (União) pede a suspensão da eleição de seis nomes para o conselho curador da entidade, ocorrida em fevereiro. A instituição, que é a mantenedora da TV Cultura, afirmou que tomará as devidas providências no prazo determinado.

O deputado argumenta que não houve disputa eleitoral porque o número de candidatos era igual o número de vagas abertas e que o presidente do conselho, Fábio Magalhães, indicou dois nomes quando poderia fazer apenas uma indicação. Também afirma que o prazo de 60 dias entre a convocação da reunião e a realização da eleição não foi cumprido. Na semana passada, a FPA disse que todas as normas foram respeitadas.

Zacarias queria que a eleição fosse suspensa liminarmente, mas o MP-SP preferiu adiar a decisão sobre esse ponto e só emitir um parecer sobre o pedido após a manifestação da fundação. Na avaliação da promotora Ana Paula Anderlini, uma liminar neste momento poderia desfalcar e prejudicar o funcionamento do conselho.

Paralelamente, o parlamentar, que é vice-líder de governo, protocolou pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para investigar a eleição dos conselheiros e também os gastos da fundação, que tem parte das despesas custeadas pelo Estado. São necessárias as assinaturas de 32 deputados.

Como mostrou o Estadão, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) estuda formas de aumentar a receita e cortar despesas de três fundações, entre elas a Padre Anchieta. O governador tem sinalizado a interlocutores que quer uma estrutura mais enxuta e eficiente - a entidade tem 743 funcionários via regime CLT, além de contratados como pessoa jurídica por projeto.

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chegou pouco depois das 14h30 (pelo horário de Brasília) desta segunda-feira, 7, na Casa Branca, em Washington, para reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Jornalistas presentes no local perguntaram aos líderes sobre as tarifas americanas contra os israelenses, mas não obtiveram respostas.

Pouco antes, Washington cancelou a coletiva de imprensa conjunta de Trump e Netanyahu, segundo informações da repórter do Wall Street Journal Meridith McGraw, em publicação no X. A coletiva estava marcada para esta segunda-feira, às 15h30 (de Brasília).

Segundo o conselheiro econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, os dois líderes "têm muito a discutir" e devem conversar sobre a situação no Oriente Médio.

A Casa Branca cancelou a coletiva de imprensa conjunta do presidente dos EUA, Donald Trump, e do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, segundo informações da repórter do Wall Street Journal Meridith McGraw, em publicação no X. A coletiva estava marcada para esta segunda-feira, às 15h30 (horário de Brasília). Contudo, a aparição dos líderes no Salão Oval da Casa Branca ainda acontecerá, de acordo com a repórter do Semafor Shelby Talcott, também em publicação realizada no X.

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou no sábado, 5, que o país está revogando todos os vistos de cidadãos que possuem passaporte do Sudão do Sul, acusando o governo do país africano de "se aproveitar dos Estados Unidos".

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Além da revogação dos vistos, Rubio disse que os EUA impedirão novas emissões "para evitar a entrada de portadores de passaporte sul-sudanês".

O cenário político do Sudão do Sul é frágil, e a recente violência entre tropas do governo e grupos armados da oposição aumentou as tensões. A decisão significa que os sul-sudaneses podem ser devolvidos a uma nação novamente à beira de uma guerra civil, ou impedidos de buscar os EUA como refúgio.

Não houve resposta imediata por parte do governo do Sudão do Sul, que tem enfrentado dificuldades desde a independência do Sudão em 2011 para oferecer alguns dos serviços básicos de um Estado. Anos de conflitos deixaram o país, com mais de 11 milhões de habitantes, fortemente dependente de ajuda humanitária - que foi duramente afetada pelos cortes abrangentes de Trump na assistência externa.

Na semana passada, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu aos líderes regionais e internacionais que impeçam o Sudão do Sul de "cair no abismo" de outra guerra civil.

Guterres alertou que o país mais novo do mundo enfrenta "uma emergência de segurança", com confrontos cada vez mais intensos e uma "reviravolta política" que culminou com a prisão, na semana passada, do primeiro vice-presidente Riek Machar pelo governo. (Com informações da Associated Press).