Presidente de Comissão que divulgou decisões de Moraes é trumpista e ultraconservador

Política
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Apoiador do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e fundador de um grupo que reúne ultraconservadores da Câmara dos Representantes dos EUA, o deputado Jim Jordan é o presidente do comitê do Parlamento americano que divulgou relatório com documentos sigilosos sobre suposta "censura do governo brasileiro" a redes sociais. Das 88 decisões e ofícios, diversos despachos são assinados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

 

Divulgado nesta quarta-feira, 17, relatório da ala republicana da Comissão de Justiça da Câmara dos Representantes dos EUA, assinado por Jim Jordan, diz que determinações de remoção de conteúdo e suspensão de contas pelo STF e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que eram passíveis de multas caso fossem descumpridas, não tinham fundamentações jurídicas.

 

De acordo com o Supremo, os documentos divulgados pelo colegiado presidido por Jim Jordan não são as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis. Segundo a Corte, os arquivos se tratam de ofícios enviados às plataformas para o cumprimento das decisões.

 

Presidente da Comissão de Justiça da Câmara dos Representantes dos EUA, Jim Jordan é deputado desde 2007 e figura entre os principais parlamentares do Partido Republicano no Congresso americano. Antes de entrar na política, ele foi atleta de luta livre, sendo bicampeão do principal torneio universitário do país na modalidade.

 

Em 2015, ele ajudou a criar o Freedom Caucus, que reúne deputados republicanos que defendem pautas ultraconservadoras. Segundo Jim Jordan, que foi o primeiro presidente do coletivo, a iniciativa agrega um grupo "menor, mais coeso, mais ágil e mais ativo" de políticos alinhados à direita na Câmara dos Representantes.

 

Jordan é presidente da Comissão de Justiça desde janeiro do ano passado. À frente do colegiado, Jordan atuou na abertura do processo de impeachment contra o presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, aprovado pela Câmara dos EUA em dezembro. O chefe da Casa Branca é acusado pelos republicanos de usar sua influência para permitir que o seu filho, Hunter Biden, firmasse "negócios obscuros" com China e a Ucrânia.

 

Proximidade com Trump

 

Com a vitória eleitoral de Donald Trump, em 2016, Jordan se tornou um dos membros mais ativos da "tropa de choque" do ex-presidente. Em alguns momentos, porém, se distanciou do ex-chefe do Executivo americano e provocou atritos entre a base de apoio republicana no Congresso americano.

 

Em 2017, Jordan negou apoio a um projeto de lei do Executivo que buscou substituir o Obamacare, programa governamental do ex-presidente Barack Obama que fornece assistência à saúde para pessoas de baixa renda. O parlamentar defendeu o fim do benefício, enquanto o governo Trump buscou reformular a plataforma.

 

Em outubro do ano passado, Jordan foi candidato apoiado por Trump para a presidência da Câmara dos Representantes. Porém, a postura ultraconservadora impediu que ele tivesse apoio suficiente para chegar ao cargo. Os republicanos então lançaram Mike Johnson, que é aliado do deputado e venceu as eleições.

 

Defesa de fraude nas eleições

 

Quando Joe Biden foi eleito em 2020, Jordan acusou o Partido Democrata de tentar "roubar as eleições". O deputado defendeu que os resultados do pleito no Estado da Pensilvânia, que terminou sendo decisivo na vitória de Biden, tinham sido fraudados a partir de cédulas enviadas por eleitores pelo correio.

 

Em dezembro daquele ano, Jordan esteve entre os 126 republicanos da Câmara dos EUA signatários de um pedido para que os resultados na Pensilvânia fossem invalidados, a partir de uma representação feita pelo Estado do Texas. O Congresso dos EUA rejeitou a apreciação da ação.

 

'Ator significativo' para tentar impedir posse de Biden

 

Jim Jordan foi citado no relatório final de um comitê legislativo que investigou o ataque de extremistas no Capitólio dos EUA no dia 6 de janeiro de 2021, quando Joe Biden foi diplomado presidente do país. Segundo o inquérito parlamentar, o deputado foi "um ator significativo nos esforços" de Trump de reverter os resultados eleitorais.

 

Um dia antes da invasão de extremistas no local, que deixou cinco mortos, Jordan afirmou que as eleições haviam sido fraudadas e que, por isso, Trump não havia sido eleito presidente.

 

O relatório também pontua que em 2 de janeiro de 2021, quatro dias antes dos atos de vandalismo, Jordan coordenou uma teleconferência com o ex-presidente e outros políticos ultraconservadores para "discutir estratégias" para atrasar a diplomação de Biden.

 

O inquérito disse que o grupo considerou divulgar postagens nas redes sociais que alimentariam dúvidas sobre o sistema eleitoral americano, como forma de incentivar os apoiadores de Trump a marcharem até o Capitólio. Apesar das citações contra o parlamentar, ele não foi indiciado pelo comitê.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou o desmantelamento de sete órgãos governamentais, incluindo a matriz do serviço de radiodifusão internacional Voz da América e outro que foca em resolver problemas de sem-tetos.

A ordem executiva, divulgada na noite de sexta-feira, 14, faz parte da missão de reduzir o tamanho do governo federal e testará os limites do poder presidencial, uma vez que a maioria dos pequenos órgãos foi criada por estatuto pelo Congresso. A ordem instrui que os órgãos sejam "eliminados na máxima extensão permitida pela lei aplicável".

Um dos órgãos que a ordem executiva busca eliminar é a Agência dos Estados Unidos para a Mídia Global, que é a matriz para a Voz da América e a Radio Free Europe/Radio Liberty. Essas organizações foram estabelecidas para enfatizar os valores democráticos, fornecendo notícias em países onde a imprensa livre é ameaçada, incluindo Afeganistão, Irã, Paquistão, Rússia e Ucrânia. As organizações empregam milhares de jornalistas. Alguns funcionários da Voz da América receberam um e-mail neste sábado informando que seu emprego foi encerrado.

Os outros órgãos incluídos na ordem de Trump foram: o Serviço Federal de Mediação e Conciliação, formado para facilitar conflitos entre trabalho e gestão; o Centro Internacional Woodrow Wilson para Acadêmicos, um think tank; o Instituto de Serviços de Museus e Bibliotecas, que fornece subsídios a bibliotecas e museus; o Conselho Interagências dos Estados Unidos sobre Sem-teto; o Fundo de Instituições Financeiras de Desenvolvimento Comunitário, que promove o acesso ao capital e o crescimento econômico local; e a Agência de Desenvolvimento de Negócios de Minorias, que está sob o Departamento de Comércio. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um exame do cachorro encontrado morto junto com o ator Gene Hackman e sua mulher, Betsy Arakawa, em sua casa em Santa Fé mostra que desidratação e fome foram provavelmente as causas da morte do animal.

Um relatório obtido pela Associated Press do laboratório veterinário do Departamento de Agricultura do estado do Novo México detalha uma mumificação parcial e observa que, embora a decomposição severa possa ter obscurecido as alterações nos órgãos, não há evidência de doença infecciosa, trauma ou envenenamento que possa ter resultado em morte.

O relatório menciona que o estômago do cachorro estava praticamente vazio, exceto por pequenas quantidades de pelo e bile.

Zinna, uma mistura da raça kelpie, era um dos três cães do casal. Ela foi encontrada morta em uma caixa no armário do banheiro, perto do corpo de Betsy Arakawa, enquanto dois outros cães sobreviveram.

As autoridades confirmaram na semana passada que Hackman morreu de doença cardíaca com complicações da doença de Alzheimer cerca de uma semana após uma doença rara transmitida por roedores - síndrome pulmonar por hantavírus - ter tirado a vida de sua mulher. Hackman, nos estágios avançados do Alzheimer, aparentemente não estava ciente de que ela estava morta.

Hackman foi encontrado na entrada da casa, e Arakawa foi encontrada em um banheiro. Assim como o cachorro, seus corpos estavam se decompondo com certa mumificação, uma consequência do tipo de corpo e do clima no ar especialmente seco de Santa Fé, a uma altitude de quase 2.200 metros.

Embora ambas as mortes tenham sido consideradas como sendo de causas naturais, o Gabinete do Xerife do Condado de Santa Fé está concluindo a investigação, unindo a linha do tempo com qualquer informação obtida dos telefones celulares coletados na casa e os últimos contatos que foram feitos.

"O caso é considerado aberto até que tenhamos as informações necessárias para fechar a linha do tempo", disse Denise Womack Avila, porta-voz do xerife.

Zinna foi resgatada de um abrigo e tornou-se uma companheira incrível, que estava sempre ao lado de Arakawa, disse Joey Padilla, proprietário do centro de cuidados para animais de estimação Santa Fe Tails, que está envolvido nos cuidados dos cães sobreviventes.

Arakawa, nascida no Havaí, estudou como pianista de concerto, frequentou a Universidade do Sul da Califórnia e conheceu Hackman em meados da década de 1980, quando trabalhava em uma academia da Califórnia.

Hackman, um ícone de Hollywood, ganhou dois Oscars durante uma carreira histórica em filmes como Operação França, Momentos Decisivos e Superman - O Filme, dos anos 1960 até sua aposentadoria no início dos anos 2000.

O casal levou uma vida privada depois de se mudar para Santa Fé décadas atrás. Um representante do espólio do casal citou essa privacidade na tentativa de bloquear a divulgação pública da autópsia e dos relatórios de investigação relacionados às suas mortes, especialmente fotografias e vídeos. Caberá a um juiz distrital estadual considerar essa solicitação.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, afirmou na manhã deste sábado que o presidente da Rússia, Valdimir Putin, terá, "mais cedo ou mais tarde" que se sentar à mesa para iniciar "negociações sérias" de paz.

Segundo o premiê britânico, Putin está tentando adiar um acordo de cessar-fogo de 30 dias, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky "mostrou mais uma vez e sem qualquer dúvida que a Ucrânia é a parte interessada na paz".

As declarações foram feitas em coletiva de imprensa neste sábado, quando 26 líderes internacionais se reúnem no Reino Unido a fim de apoiar uma eventual trégua entre a Ucrânia e a Rússia.

"O grupo que eu convoquei hoje é mais importante do que nunca. Ele reúne parceiros de toda a Europa, bem como da Austrália e da Nova Zelândia e continua apertando as restrições sobre a economia da Rússia para enfraquecer a máquina de guerra de Putin e trazê-lo à mesa de negociações. E concordamos em acelerar nosso trabalho prático para apoiar um potencial acordou", afirmou o premiê.

Starmer disse ainda que o grupo entrará "em uma fase operacional" e que militares dos respectivos países se reunirão na próxima quinta-feira, 20, no Reino Unido "para colocar em prática planos fortes e robustos, para apoiar um acordo policial e garantir a segurança futura da Ucrânia".

Segundo o premiê, "o apetite da Rússia pelo conflito e pelo caos mina a segurança do Reino Unido", o que encarece o custo de vida, inclusive os custos de energia. "Então isso importa muito para o Reino Unido. É por isso que agora é a hora de se engajar em discussões sobre um mecanismo para gerenciar e monitorar falsas bandeiras", afirmou.

Na quinta-feira, Putin havia dito que concorda com a proposta de cessar-fogo, mas pontuou que o acordo deve levar a uma paz duradoura e eliminar as "causas raízes do conflito".