Durante evento do PL em SC, Bolsonaro encontra prefeita que jogou livros no lixo

Política
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O ex-presidente Jair Bolsonaro encontrou, nesta terça-feira, 23, a prefeita de Canoinhas, Juliana Maciel, durante encontro do Partido Liberal (PL) em Florianópolis, Santa Catarina. Na última quinta-feira, a gestora publicou um vídeo em sua rede social jogando diversos livros no lixo alegando que são "porcarias em Canoinhas".

 

Além de Bolsonaro, Juliana comemorou que estava com "seu time" em foto ao lado do governador do Estado, Jorginho Mello, e do deputado estadual Maurício José Eskudlark, além de ironizar o ocorrido. "Vocês imaginam qual era o assunto com o nosso eterno presidente Jair Bolsonaro? Hoje estive com o ex mais amado do Brasil", escreveu na legenda. A prefeita foi eleita em 2022 pelo PSDB e se filiou ao PL em 2023.

 

O ex-presidente esteve na capital catarinense nesta terça-feira para participar de evento da sigla. Na ocasião, Bolsonaro foi recepcionado no aeroporto de Florianópolis e, depois, esteve no Congresso Gideões, em Camboriú.

 

O caso da prefeita veio à tona depois de Juliana Maciel publicar um vídeo arremessando livros no lixo, e afirmar que a culpa deles estarem nas escolas seria do governo federal, Lei Rouanet, e do Partido dos Trabalhadores (PT). No postagem, ela ainda incentiva que outros gestores municipais "façam um pente fino" nas bibliotecas de suas cidades.

 

"Eu jamais jogaria um livro no lixo, mas porcaria numa biblioteca aqui do nosso município, não vai ter mais não. A Mundoteca é um programa do governo federal. Então, da Lei Rouanet, coisa que vocês também já conhecem. Mais uma vez o governo do PT faz esse tipo de coisa, bota o adolescente, a criança, induz a coisas que não são dos valores que a gente acredita. Não é o que a família quer que ele aprenda. Não é o que realmente uma criança, ou até um adolescente, precisa ler em uma biblioteca. Então, aqui em Canoinhas, a gente jogou esse tipo de porcaria no lixo", disse a prefeita.

 

Em nota, o Ministério da Cultura havia dito que apesar do programa acessar uma política pública de incentivo, ela não é uma ação do governo federal. "Peças de desinformação estão expondo o projeto Mundoteca, da FGM Produções, como sendo uma iniciativa do Governo Federal. Aprovado a captar recursos por meio da Lei de Incentivo Cultural em 2018, o projeto foi executado entre 2019 e 2023".

 

Em outro vídeo postado na rede social, a prefeita explica que não era sua intenção causar "polêmica". "Enquanto política e prefeita de Canoinhas não tenho medo de me posicionar e nem de tomar decisões firmes, quando elas são necessárias. Aqueles livros não são próprios para crianças. Nem sou eu quem está dizendo e, sim, a editora. Lá na biblioteca em Marcílio Dias circulam muitas crianças, inclusive muitas atividades escolares são realizadas lá. Então, aqueles livros não podiam ficar nesses espaços onde nossas crianças circulam".

 

Entre os livros jogados no lixo, estava Aparelho Sexual e Cia: Um Guia Inusitado Para Crianças Descoladas (Seguinte, 2018), de Zep e Hélène Bruller, e As Melhores do Analista de Bagé, de Luis Fernando Veríssimo (Objetiva, 2007). Obras apontadas como impróprias, nunca foram indicadas ou emprestadas para crianças.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o Irã será responsável por "cada tiro disparado" pelos Houthis, em publicação na Truth Social, feita nesta segunda-feira, 17. Na postagem, o republicano alegou que os iranianos são responsáveis por fornecerem "dinheiro, equipamento militar altamente sofisticado e inteligência" ao grupo rebelde.

"Cada tiro disparado pelos Houthis será visto, de agora em diante, como sendo um tiro disparado das armas e da liderança do Irã, e o país será responsabilizado, sofrerá as consequências que serão terríveis", mencionou na postagem.

"As centenas de ataques feitos pelos Houthis, os mafiosos e bandidos sinistros baseados no Iêmen, todos emanam e são criados pelo Irã", disse Trump ao enfatizar que "qualquer ataque ou retaliação adicional dos Houthis será recebido com grande força".

A Rússia não parece estar verdadeiramente comprometida em negociar a paz na Ucrânia, de acordo com a chefe de Relações Exteriores da União Europeia, Kaja Kallas. Em coletiva de imprensa após reunião do Conselho de Relações Exteriores da UE, Kallas ressaltou que "agora, parece que a Rússia não quer realmente a paz. O entendimento ao redor da mesa é que não se pode confiar na Rússia, pois aproveitam qualquer oportunidade para apresentar demandas que são seus objetivos finais".

A chefe de Relações Exteriores da UE também mencionou o amplo apoio político à iniciativa de defesa de 40 bilhões de euros para a Ucrânia, destacando a necessidade de agilidade no processo. "No último Conselho Europeu, foi afirmado que precisamos avançar rapidamente com essa iniciativa", explicou. Ela reforçou a importância de demonstrar determinação no apoio à Ucrânia para que o país possa continuar a se defender.

Além do conflito na Ucrânia, Kallas abordou a situação no Oriente Médio, condenando a politização da ajuda humanitária em Gaza e destacando a importância, "para os europeus" de excluir o Hamas de qualquer papel futuro na reconstrução da região. "Todos condenaram a politização da ajuda humanitária, que deve chegar às pessoas necessitadas", afirmou.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou que a declaração conjunta da reunião dos Ministros das Relações Exteriores do G7 buscam difamar o país e interferir em assuntos internos, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 17. A representante chinesa "lamentou fortemente" a situação e disse que o G7 deve parar de "semear a discórdia e provocar disputas".

"A China sempre promoveu negociações de paz sobre a questão da Ucrânia, nunca forneceu armas letais a nenhuma parte do conflito e exerceu controle rigoroso de exportação sobre artigos de uso duplo", explicou.

Segundo Mao, a China está comprometida com o desenvolvimento pacífico, segue uma política de defesa nacional de natureza defensiva e sempre mantém sua força nuclear no nível mínimo exigido pela segurança nacional. "O G7 deve parar de politizar e armar os laços comerciais e econômicos e parar de minar a ordem econômica internacional e desestabilizar as cadeias industriais e de suprimentos globais", ressaltou.

A porta-voz apelou para que o grupo "veja a tendência da história e descarte o viés ideológico". "Eles precisam se concentrar em questões importantes, incluindo abordar os desafios globais e promover o desenvolvimento global, e fazer mais coisas que sejam propícias à solidariedade e cooperação internacionais", defendeu.