Garcia deixa para Tarcísio escolha do novo chefe da Ouvidoria das Polícias de SP

Política
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O governador Rodrigo Garcia (PSDB) decidiu deixar para o sucessor a escolha do próximo nome à frente da Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo. A indicação ficara a cargo do governador eleito, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que será diplomado na próxima segunda-feira, dia 19. A diplomação formaliza o resultado da eleição e é a última etapa burocrática antes da posse, em 1º de janeiro. O órgão policial funciona como uma espécie de "ombudsman da segurança pública no Estado", responsável por receber denúncias de ações irregulares ou abusivas realizadas pelas polícias civil, militar ou científica.

A lista tríplice com os nomes dos possíveis substitutos foi apresentada a Garcia em outubro. Questionado pela TV Globo sobre a escolha, o governador respondeu por meio de nota, nesta quinta-feira, 15, que deixaria a escolha com Tarcísio. O processo de seleção de um novo nome para a ouvidoria se iniciou em fevereiro, com o fim do mandato de Elizeu Lopes Soares.

"O Governo de SP esclarece que a escolha do Ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo para o biênio de 2022-2024 respeitou todos os prazos necessários de seleção e de apresentação de recurso. O processo teve início em fevereiro e, vencidas todas as etapas, a lista tríplice de nomes foi levada ao governador do Estado em outubro e que, agora, em pleno período de transição, caberá ao governador eleito fazer a indicação do novo ouvidor da Polícia do Estado", diz a nota enviada à TV Globo.

O tema de segurança pública tem sido uma das bandeiras de Tarcísio, em específico a retirada do uso de câmeras nas fardas da PM. Como mostrou o Estadão, estudo ainda mantido em sigilo pela Polícia Militar de São Paulo mostrou que o programa de câmeras instaladas nos policiais militares provocou um aumento de 24% do número de apreensões de armas e de 102% dos registros de casos de violência doméstica, além de crescimento de 78% dos casos de porte de drogas.

Na terça-feira passada, dia 13, Tarcísio anunciou a nova cúpula das polícias em SP. O atual delegado-geral da Polícia Civil de SP, Osvaldo Nico Gonçalves, como secretário adjunto da pasta de Segurança Pública que será comandada pelo deputado bolsonarista Capitão Guilherme Derrite. A partir do ano que vem, a secretaria vai extinguir os cargos de secretários executivos da Polícia Militar e da Polícia Civil, criados pelo ex-governador João Doria. Com a mudança, Nico assume a função de "número 2" do novo titular da pasta.

O anúncio também inclui o diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), Artur José Dian, que vai ocupar o cargo de delegado-geral da Polícia Civil, e o coronel Cássio Araújo de Freitas que será o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo.

Tarcísio de Freitas anunciou ainda a recondução ao cargo do atual secretário-chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Henguel Pereira.

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O presidente de Taiwan, William Lai Ching-te, disse nesta quinta-feira, 20, que o orçamento de defesa da ilha excederá 3% de sua produção econômica, à medida que reformula suas forças armadas diante da crescente ameaça da China.

Juntamente com os equipamentos mais modernos - grande parte deles provenientes dos Estados Unidos -, os militares estão buscando fundos para manter mais militares com salários mais altos e para prolongar o serviço nacional obrigatório de quatro meses para um ano.

Em um discurso hoje para a Câmara Americana de Comércio, Lai disse que seu governo está determinado a "garantir que nosso orçamento de defesa exceda 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Ao mesmo tempo, continuaremos a reformar a defesa nacional".

A ilha autônoma, que depende dos EUA para grande parte de seu armamento de ponta, atualmente gasta cerca de 2,45% do PIB em suas forças armadas.

O Gabinete de Israel aprovou o pedido do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, para demitir o chefe do serviço de segurança interna israelense, Shin Bet.

A decisão de demiti-lo, tomada tarde da noite, aprofunda uma luta pelo poder que se concentra principalmente na questão de quem é responsável pelo ataque do Hamas que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.

Ela também pode preparar o terreno para uma crise sobre a divisão de poderes do país. O procurador-geral de Israel determinou que o Gabinete não tem base legal para demitir Shin Bet.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que desmantela o Departamento de Educação do país. "Os EUA gastam muito mais dinheiro por pessoa com educação do que qualquer outro país do mundo", destacou o republicano. "Vamos devolver a educação americana aos estados americanos."

Durante o evento de assinatura, Trump também afirmou que "os custos educacionais serão menores dessa maneira e a qualidade da educação será muito, muito melhor". Ele garantiu que as funções "úteis" do Departamento serão preservadas e redistribuídas para outras pastas do governo federal. "Por exemplo, os fundos para alunos com necessidades especiais serão mantidos e transferidos", explicou.

Em uma fala direcionada à secretária de Educação, Linda McMahon, Trump declarou: "Encontraremos o que fazer com você."

O presidente ainda anunciou a assinatura de uma ação para intensificar a exploração de minerais críticos nos EUA e reforçou sua intenção de firmar um acordo de exploração mineral com a Ucrânia em breve. "Estamos indo muito bem com a Rússia e a Ucrânia", acrescentou.

O Departamento de Educação dos EUA gastou mais de US$ 3 trilhões "sem praticamente nada a mostrar por isso" desde 1979, de acordo com um comunicado divulgado pela Casa Branca mais cedo. "Apesar dos gastos por aluno terem aumentado mais de 245% nesse período, não houve praticamente nenhuma melhoria mensurável no desempenho dos estudantes", afirma o texto.

O governo ainda destacou que sete em cada dez alunos de quarta e oitava séries não são proficientes em leitura, e os estudantes dos EUA ocupam a 28ª posição entre 37 países membros da OCDE em matemática. "Em vez de manter o status quo que está falhando com os estudantes americanos, o ousado plano do governo Trump devolverá a educação ao lugar onde ela pertence - aos estados individuais, que estão melhor posicionados para administrar programas e serviços eficazes que atendam às suas populações e necessidades únicas", reforça a Casa Branca.