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Barroso apoia PEC dos Quinquênios para 'valorizar' juízes, mas 'sem abusos'

Política
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Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm evitado comentar publicamente a PEC dos Quinquênios, pauta que os beneficia diretamente. A proposta "bomba" opõe o Senado de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Ministério da Fazenda estima que o custo anual do penduricalho pode chegar a R$ 40 bilhões.

 

O silêncio do STF vinha sendo interpretado como um indicativo de que a iniciativa não teria apoio do tribunal nem estaria na lista de prioridades dos ministros.

 

Ocorre que, nos bastidores, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, tenta impulsionar a tramitação do texto. Foi o próprio ministro quem admitiu, em um evento privado com magistrados, que vem "trabalhando" para fazer avançar a PEC.

 

"Nós estamos trabalhando. Eu mesmo já falei por mais de uma vez, e ainda essa semana, com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para nós conseguirmos avançar na aprovação da VTM (Valorização por Tempo de Magistratura), que eu considero muito importante para a valorização da magistratura e a retenção na magistratura de quadros do meio de carreira", afirmou Barroso em um evento que ocorreu em março no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

 

De autoria de Rodrigo Pacheco, a PEC dos Quinquênios prevê a volta do adicional por tempo de serviço para carreiras do Judiciário e do Ministério Público. O benefício acarreta um aumento automático de 5% nos vencimentos a cada cinco anos.

 

O presidente do STF justificou, no mesmo evento no Rio, que a "valorização" vai "fazer bem" para a magistratura.

 

"Ainda existe uma grande atração inicial na carreira da Magistratura, mas em meio de carreira, sobretudo depois da PEC da Bengala, a carreira ficou mais longa e muita gente se sente desestimulada no meio do caminho", acrescentou.

 

O evento reuniu os presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil, que têm defendido enfaticamente a PEC. Entidades de magistrados e membros do Ministério Público reforçam o lobby pela proposta, que está na fase final de discussão no plenário do Senado.

 

A interlocutores, Barroso tem dito que o adicional beneficia a faixa intermediária da carreira, uma valorização que o ministro considera necessária, e não se enquadra entre abusos no topo da carreira. Para o presidente do STF, estes sim devem ser cortados.

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O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou nesta terça-feira, 1, durante reunião com seu homólogo russo, Sergei Lavrov, que Pequim está "disposta a trabalhar com a Rússia para implementar os consensos alcançados pelos líderes, impulsionar a relação bilateral e fortalecer a colaboração em diversas áreas".

Segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores da China, as duas conversas realizadas neste ano entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente russo, Vladimir Putin, estabeleceram novas diretrizes "importantes para aprofundar a cooperação estratégica abrangente entre os dois países".

Wang Yi destacou ainda que China e Rússia, como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, possuem a "responsabilidade especial de resistir a interferências externas e manter a justiça internacional". O chanceler chinês disse estar confiante de que, sob a liderança de Xi e Putin, a parceria sino-russa continuará a se fortalecer.

Lavrov, por sua vez, afirmou, segundo a nota chinesa, que o "estreito relacionamento entre os dois países atingiu um nível sem precedentes". O ministro russo ressaltou que Moscou está comprometido com os princípios estabelecidos pelos líderes para expandir os laços bilaterais. Ele também elogiou as iniciativas globais propostas por Pequim e "reiterou o apoio total da Rússia à posição chinesa sobre Taiwan".

Eles também discutiram a crise na Ucrânia. "O chanceler russo afirmou que Moscou busca eliminar as causas do conflito e construir uma estrutura de segurança duradoura na Eurásia. Por sua vez, Wang Yi reiterou a posição da China de apoio a qualquer esforço que favoreça a paz", diz a nota.

Putin e Xi Jiping devem se encontrar em Moscou em maio, durante as comemorações do 80º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial.

Nesta semana, líderes europeus e norte-americanos se reunirão para debater o reforço da defesa continental e o apoio à Ucrânia. A Presidência polonesa do Conselho da União Europeia anunciou que o Conselho Informal de Assuntos Exteriores com ministros da Defesa focará no "rearmamento da Europa e no fortalecimento de sua indústria bélica" diante da atual situação de segurança.

O encontro, liderado pela vice-presidente da Comissão Europeia, Kaja Kallas, e pelo vice-primeiro-ministro polonês, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, também abordará o "papel da UE em assegurar uma paz justa e duradoura" na guerra ucraniana, além de conflitos no Oriente Médio. O evento ocorrerá em Varsóvia entre quarta e quinta-feira.

Paralelamente, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, participará da Reunião de Ministros das Relações Exteriores da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Bruxelas, informou o Departamento de Estado americano. O evento ocorre quinta e sexta-feira.

Segundo o Departamento de Estado, Rubio discutirá "prioridades de segurança para a aliança, incluindo o aumento do investimento em defesa dos aliados e a busca por uma paz duradoura na Ucrânia".

O representante americano também abordará a "ameaça compartilhada da China" em sessão com parceiros do Indo-Pacífico e os preparativos para a Cúpula de Haia.

A família Trump está expandindo seus negócios de criptomoeda depois de fechar um acordo com a mineradora de bitcoin e empresa de infraestrutura de energia Hut 8. Nesta segunda-feira, 31, a empresa de Eric e Donald Trump Jr., a American Data Centers, anunciou que se fundiria e assumiria uma participação de 20% na American Bitcoin, uma nova operação de mineração.

Como parte do acordo, a Hut 8 transferiu "substancialmente todos" os seus mineradores de bitcoin ASIC para a American Data Centers, que foi renomeada e relançada como American Bitcoin. A Hut 8 recebeu uma participação de 80% na empresa pela transação.

"Desde o início, apoiamos nossa convicção no bitcoin - pessoalmente e por meio de nossas empresas", disse Trump Jr. em comunicado. "Mas simplesmente comprar bitcoin é apenas metade da história. Minerá-lo em condições econômicas favoráveis abre uma oportunidade ainda maior".

O CEO da Hut 8, Asher Genoot, declarou que a transação cria duas "empresas focadas, porém complementares", cada uma construída para suas respectivas missões.

As ações da Hut 8 caíram 0,85% em Nova York hoje. Fonte: Dow Jones Newswires.