Maia: preferência é por quem consiga derrotar "pata" do governo na Câmara

Política
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a fazer críticas à atuação do governo na eleição da Casa e disse que não tem preferências pessoais sobre quem será o escolhido para concorrer na disputa pelo seu bloco. "Como não posso escolher meus filhos, a preferência nunca será pessoal, é sempre uma preferência de quem consegue manter de pé um projeto para derrotar essa pressão, essa pata do governo dentro da Câmara dos Deputados que vai ser muito ruim", disse ele em entrevista nesta quinta-feira, 10.

Nesta quarta-feira, 9, o grupo de Maia formalizou um bloco com seis partidos, mas segue ainda sem definição entre quatro nomes, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Baleia Rossi (MDB-SP), Elmar Nascimento (DEM-BA) e Luciano Bivar (PSL-SP). O deputado afirmou que a decisão deve sair em breve. "Estamos conversando com os partidos de esquerda, com os deputados individualmente, agora os partidos precisam fechar isso para que fique mais fácil essa articulação", disse. "Cada vez fica mais claro que é um ambiente da candidatura do Bolsonaro e de uma outra candidatura que vai se formar e vai consolidar um outro campo que quer de fato diálogo", afirmou. Sobre a saída de Marcos Pereira (Republicanos-SP) do bloco, Maia disse que gostaria que ele tivesse permanecido no bloco e que ele mostrou uma capacidade de articulação maior do que o esperado.

Questionado sobre se o governo tem atuado para atrair apoio à candidatura do deputado Arthur Lira (PP-AL), com prefeitos cobrando emendas, Maia disse não saber. "Não sei. Se o orçamento é impositivo a maior parte dele, espero que o governo não esteja interferindo dessa forma, apesar dos rumores não serem pequenos", disse.

Maia afirmou que o governo está interferindo pela pauta de costumes e temas como o armamento e não pela agenda econômica. "Não está tentando interferir pela pauta econômica. Está tentando pela pauta de costumes, armas, meio ambiente, minorias é muito claro isso. Vai colocar em risco o ambiente de relacionamento por todo esse campo da centro-direita que sempre votou a pauta sem precisar de emenda e cargo", disse.

Para Maia, o candidato precisa ter um perfil de diálogo, sem truculência e que ouça.

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O CEO da Tesla, Elon Musk, afirmou ter ficado surpreso com os protestos contra sua montadora de veículos elétricos nos Estados Unidos e atribuiu as manifestações violentas a democratas e à esquerda norte-americana.

"Foi um choque para mim perceber que estamos nesse nível de ódio real e de violência da esquerda", disse Musk em entrevista à Fox News. "Achava que a esquerda, os democratas, eram o partido da empatia, o partido que se importa com os outros. Mas eles estão incendiando carros, lançando coquetéis molotov e atirando em concessionárias", acrescentou. "Estão simplesmente destruindo Teslas."

Nas últimas semanas, concessionárias, estações de recarga e veículos da Tesla têm sido alvos de uma onda de ataques.

Musk classificou os atos como "insanos" e sugeriu que as manifestações estão relacionadas às suas medidas à frente do Departamento de Eficiência Governamental (Doge).

"Quando você tira o dinheiro que eles estão recebendo de forma fraudulenta, ficam muito irritados. Querem me matar porque estou impedindo essa fraude. E querem prejudicar a Tesla porque estamos combatendo o terrível desperdício e a corrupção no governo", afirmou o executivo.

O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu nesta quarta-feira, 19, a retomada das negociações para um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, ressaltando que "nenhuma abordagem militar trará a segurança de que israelenses e palestinos tanto necessitam". Em uma publicação no X, Macron defendeu o "fim das hostilidades, a libertação dos reféns e a retomada das negociações" em Gaza. "A retomada dos ataques israelenses representa um retrocesso dramático para as populações de Gaza, os reféns, suas famílias e toda a região", acrescentou.

O enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, confirmou que representantes dos Estados Unidos se reunirão na Arábia Saudita na segunda e na terça-feira da semana que vem para discutir o acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, que, segundo ele, está em um "bom caminho", em entrevista para a Bloomberg TV, nesta quarta-feira, 19.

"Um progresso incrível e enorme tem sido feito para o cessar-fogo na Ucrânia. Acho que podemos chegar em acordo total em algumas semanas", afirmou, ao dizer que acredita que o presidente russo, Vladimir Putin, está "agindo de boa fé".

Segundo Witkoff, é provável uma reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Putin. O enviado especial também disse que o republicano acredita na paz. "A Rússia é uma relação crítica para Washington", mencionou, ao dizer que atualizou o presidente da França, Emmanuel Macron, sobre os avanços do acordo por telefone na terça-feira, 18.