Deputado Pedro Aihara devolve dinheiro gasto com bebidas alcoólicas

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O deputado federal Pedro Aihara (PRD-MG) devolveu à Câmara dinheiro público que recebera como reembolso por consumo bebidas alcoólicas em restaurantes. A Casa legislativa veta uso de verba parlamentar para custear gastos com esse tipo de bebida, mas a Câmara acabou liberando o pagamento de notas fiscais apresentadas pelo deputado que incluíam drinques e vinho.

 

Aihara também restituiu uma taxa de serviço de uma polpuda conta que tinha pratos nobres e três vinhos italianos. A restituição acontece após o Estadão revelar que o parlamentar pedia para a Casa reembolsar até chopes em Copacabana. A devolução está vinculada a quatro notas fiscais e totalizam R$ 494.

 

Como mostrou o Estadão, Aihara é o deputado com maior gasto da verba parlamentar em itens de alimentação em 2024. Foram R$ 10 mil gastos em apenas seis meses em restaurantes, em um tour gastronômico que passou por diferentes Estados do Brasil, chegando até mesmo ao Japão.

 

Aihara havia pedido reembolso de 16 notas fiscais com bebidas e pediu o ressarcimento de bebidas alcoólicas em cinco oportunidades. Em três casos, as notas passaram pelo crivo dos técnicos da Câmara, que acabaram pagando por bebida alcoólica.

 

Na Câmara cada deputado tem dinheiro a uma verba parlamentar que varia entre R$ 36 mil e R$ 51 mil para despesas do exercício parlamentar, dependendo do quão distante o Estado do parlamentar está de Brasília. O deputado faz o gasto, pega a nota e entrega para a Casa legislativa reembolsar a despesa.

 

A Câmara pagou por um drinque alcoólico que Aihara tomou num bar em Curitiba, em novembro do ano passado; por um vinho em um bar especializado em vinhos em Belo Horizonte, em março deste ano, e por outro vinho em um restaurante na orla de Balneário Camboriú (SC), no começo do mês passado.

 

Além disso, Aihara devolveu o reembolso que a Câmara o deu no valor de R$ 120,48 de uma taxa de serviço por uma nota fiscal do valor de R$1.124,48.

 

Neste episódio, ocorrido em março deste ano, Aihara foi a um restaurante italiano no Rio de Janeiro. Há diversos itens na nota: duas águas com gás, três vinhos italianos, burrata, arancini, frutos do mar, macarrão com camarão, rabanada, profiteroles de tiramisú. Aihara pediu o reembolso de R$ 288,48 - valor que inclui a polpuda taxa de serviço.

 

Quando procurado pela reportagem sobre os gastos com alimentação ao longo de 2023 e 2024, o deputado disse que houve um erro técnico por parte da equipe responsável por apresentar as notas à Câmara e da Câmara, que iria pedir o ajuste e alegou que, como presidente de comissão e de frente parlamentar, naturalmente, faz viagens para outros Estados.

Em outra categoria

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre Rússia e Venezuela foi "totalmente acordado" e está pronto para ser assinado. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em comemoração aos 80 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

"Estou satisfeito em anunciar que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre nossos países foi totalmente acordado", afirmou Putin. Segundo o líder russo, o pacto "criará uma base sólida para a expansão de nossos laços multifacetados a longo prazo" e poderá ser formalizado durante uma visita de Maduro à Rússia, em data ainda a ser definida.

Putin também convidou Maduro para as celebrações do 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica, em 9 de maio, em Moscou. O presidente russo destacou que a Venezuela apoiou a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, fornecendo combustíveis e outros materiais essenciais para o esforço de guerra.

Além disso, Putin ressaltou a convergência de posições entre os dois países em temas internacionais. "Juntos, nos opomos a qualquer manifestação de neonazismo e neocolonialismo. Agradecemos que a Venezuela apoie as iniciativas russas relevantes em fóruns multilaterais", afirmou. Ele acrescentou que ambos os países buscam "construir uma ordem mundial mais justa" e promover "a igualdade soberana dos Estados e a cooperação mutuamente benéfica sem interferência externa".

O presidente russo reafirmou ainda o compromisso de Moscou com Caracas. "A Rússia fará e continuará fazendo tudo o que for possível para tornar nossos esforços conjuntos nas esferas comercial, econômica, científica, técnica, cultural e humanitária ainda mais próximos e abrangentes", declarou.

Um grupo de democratas, liderado pelo líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, ajudou os republicanos para que projeto de lei para financiar o governo até setembro avançasse, evitando uma paralisação, mas deixando os democratas desanimados e profundamente divididos sobre como resistir à agenda agressiva do presidente Trump.

O parlamentar de Nova York e outros nove membros da bancada democrata romperam com a maioria de seu partido em uma votação processual para uma medida de financiamento de US$ 1,7 trilhão, levando a um placar de 62 a 38, acima do limite necessário de 60 votos para que um projeto de lei passe pelo Senado. Um republicano, o senador Rand Paul de Kentucky, votou não. Uma votação final é esperada para o final do dia.

Na votação final subsequente que exigiu apenas uma maioria simples, o Senado aprovou o projeto de lei por 54-46, em grande parte de acordo com as linhas partidárias. Agora, ele segue para sanção do presidente Donald Trump.

O resultado no Senado, onde os republicanos têm uma maioria de 53-47, ressaltou o quão pouco poder os democratas têm para resistir aos planos de Trump e alimentou a crescente frustração nas fileiras do partido sobre sua diretriz e liderança. Em seus primeiros 50 dias de mandato, Trump se moveu para cortar drasticamente a força de trabalho federal e controlar a ajuda externa, ao mesmo tempo em que preparava o cenário para um pacote de cortes de impostos, reduções de gastos e gastos maiores com defesa da fronteira.

Schumer, que enfrentou duras críticas de seu próprio partido ao longo do dia, disse que o projeto de lei do Partido Republicano era a melhor de duas escolhas ruins. Ele argumentou que bloquear a medida e arriscar uma paralisação teria permitido que Trump e o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), comandado por Elon Musk, acelerassem a reestruturação de agências federais, citando o poder da administração durante um gap de financiamento para determinar quais funcionários e serviços são essenciais ou não essenciais.

O Hamas disse nesta sexta-feira, 14, que aceitou uma proposta dos mediadores para libertar um refém americano-israelense vivo e os corpos de quatro pessoas de dupla nacionalidade que morreram em cativeiro. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou dúvidas sobre a oferta, acusando o Hamas de tentar manipular as negociações em andamento no Catar sobre a próxima etapa do cessar-fogo em Gaza.

O grupo não especificou imediatamente quando a libertação do soldado Edan Alexander e dos quatro corpos aconteceria - ou o que espera receber em troca. Também não é claro quais mediadores propuseram o que o Hamas estava discutindo. O Egito, Catar e EUA têm orientado as negociações, e nenhum deles confirmou ter feito a sugestão até a noite de sexta-feira.

Autoridades dos EUA, incluindo o enviado Steve Witkoff, disseram que apresentaram uma proposta na quarta-feira para estender o cessar-fogo por mais algumas semanas enquanto os lados negociam uma trégua permanente. O gabinete de Netanyahu declarou que Israel "aceitou o esboço de Witkoff e mostrou flexibilidade", mas que o Hamas se recusou a fazê-lo.