Candidatos bolsonaristas lideram em 4 capitais contra 3 apadrinhados por Lula

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Quatro pré-candidatos que recebem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pelo comando das capitais lideram as intenções de voto conforme levantamentos mais recentes dos principais institutos de pesquisa do País. Os nomes apadrinhados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão à frente em outras três capitais.

 

Os pré-candidatos que têm o aval do ex-presidente disputam as prefeituras em Aracaju (SE), Belém (PA), Curitiba (PR) e Salvador (BA). Já os concorrentes que recebem o apoio de Lula lideram nas intenções de voto em Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ). Somadas, as cidades onde os postulantes apoiados pelo petista são favoritos possuem sete milhões de eleitores. As que os apadrinhados de Bolsonaro estão na frente, totalizam 4,9 milhões.

 

Os dados fazem parte de levantamento feito pelo Estadão com base em pesquisas eleitorais mais recentes da Atlas Datafolha, Quaest, Paraná Pesquisas e Real Time/Big Data.

 

Na capital paulista, a última pesquisa Real Time Big Data, divulgada nesta segunda-feira, 1º, mostrou que o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que é o pré-candidato de Lula, está empatado com prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiado por Bolsonaro. De acordo com o levantamento, que ouviu 1.500 eleitores paulistanos entre os dias 25 e 28 de junho, ambos tem 29% das intenções de voto.

 

O mesmo ocorre em Rio Branco (AC) onde, segundo levantamento do Real Time Big Data divulgado no início de abril, o ex-prefeito Marcus Alexandre (MDB), apoiado por Lula está empatado com o atual prefeito Tião Bocalom (PL), com 34% de menções. A margem de erro é de três pontos percentuais.

 

Em Fortaleza (CE), Campo Grande (MS) e Belo Horizonte (BH), os pré-candidatos do ex-presidente Bolsonaro estão à frente dos apoiados pelo petista, mas ambos não lideram as intenções de voto. Na capital cearense, o preferido é Capitão Wagner (União), na "Cidade Morena" é Rose Modesto (União Brasil) e em BH o líder é Mauro Tramonte (Republicanos).

 

Em Vitória (ES), nem o pré-candidato apoiado por Lula, o deputado estadual João Coser (PT), nem o afilhado de Bolsonaro, o também deputado estadual Capitão Assumção (PL), lideram na pesquisa mais recente. Divulgada há mais de um mês, em 22 de maio, o levantamento do Paraná Pesquisas apontou que o atual prefeito, Lorenzo Pazolini (Republicanos), segue à frente da disputa, com 47,1%. Em seguida, o pré-candidato do PT tem 17% e é seguido pelo deputado do PL, com 7,10% das intenções de voto.

 

Vinícius Alves, pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e diretor da IPESPE Analítica, explica que as eleições municipais representam um quadro multifacetado, com características específicas de cada cidade. Pesam o contexto político local, se o apoio dos padrinhos veio precoce ou tardiamente, por exemplo, além de um possível histórico de votação mais à esquerda ou à direita.

 

Por estar relacionada ao contexto local, o voto na eleição municipal é permeado por fatores que escapam à polarização entre Lula e Bolsonaro. Ainda assim, em cada capital estadual, a preferência do eleitorado é diferente e pode distinguir o potencial de votos dos pré-candidatos avalizados ou pelo petista ou pelo ex-presidente.

 

No segundo turno da eleição presidencial de 2022, por exemplo, a capital mais bolsonarista do País foi Boa Vista (RR), onde 78% do eleitorado optou pela reeleição do então presidente. Por outro lado, a capital com o maior porcentual de votos a Lula naquela ocasião foi Salvador, onde 71% dos votos válidos foram direcionados ao petista.

 

Além das variáveis, o cientista político também pontua que o apoio de Lula e de Bolsonaro não tem a mesma "intensidade" em todas as cidades, ou seja, há locais em que é preciso medir a quantidade de rejeição que um ou outro tem, antes que os pré-candidatos e seus partidos decidam que a melhor estratégia é colar a imagem ao petista ou a Bolsonaro. "Os dois são capazes de atrair apoiadores, mas eles também atraem rejeição em considerável medida, portanto, se associar claramente a um deles no início da disputa, antes da fase de definição, pode ter algum custo", indica.

 

Por serem cidades com maior proporção de pessoas engajadas ou mais ativas politicamente, ambiente proporcionado por organizações políticas mais estruturadas, as capitais tendem a ser locais onde a disputa nacional reverbera com mais peso. O cientista político avalia que a polarização pode ser uma estratégia instrumentalizada nessas grandes cidades para gerar ainda mais engajamento contra o adversário.

 

"Acredito que, em geral, existe um terreno mais favorável nas capitais de grandes cidades para tentar polarizar a disputa, de alguma maneira, emular isso, o que acontece no plano nacional. Mas não dá para achar que vai ser do mesmo jeito em todos os locais", adverte.

 

O Estadão procurou os comandos do PT e do PL que são responsáveis pelas estratégias para as eleições deste ano, mas não obteve retorno.

 

Aracaju (SE)

 

A vereadora e ex-defensora pública Emília Corrêa, pré-candidata apoiada por Bolsonaro, lidera a disputa pela prefeitura de Aracaju (SE). O nome do PL aparece com 26% das intenções de voto, em uma liderança isolada para o pleito. Já a petista Candisse Carvalho (PT) tem apenas 1% das intenções de voto, de acordo com a pesquisa do Real Time Big Data, encomendada pela Record.

 

Os dados foram divulgados no dia 11 de junho. O Real Time Big Data ouviu mil pessoas entre 8 e 10 de junho de 2024. A pesquisa tem SE-02812/2024 com nível de confiança de 95% com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

 

Belém (PA)

 

Na capital paraense, o pré-candidato e deputado federal Éder Mauro (PL), apoiado por Jair Bolsonaro, detém vantagem ante o prefeito Edmilson Rodrigues, do PSOL. É o que aponta levantamento do Paraná Pesquisas divulgado em 15 de junho. Em um dos cenários estimulados, o deputado federal figura com 30% de menções, ante 13,4% do atual chefe do Executivo local.

 

O Paraná Pesquisas realizou 800 entrevistas em Belém entre os dias 9 e 14 de junho. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro é de 3,5 pontos porcentuais. O levantamento está registrado no TSE sob o número PA-04749/2024.

 

Belo Horizonte (MG)

 

Em Belo Horizonte, tanto o PL quanto o PT devem ter candidatos próprios na disputa pela prefeitura. O pré-candidato petista é o deputado Rogério Correia que, de acordo a última pesquisa divulgada pela Real Time Big Data no dia 17 de junho, tem 9% das intenções de voto. O pré-candidato do partido de Bolsonaro é o deputado estadual Bruno Engler, que tem 14% da preferência dos eleitores. Os dois estão atrás do deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos), que lidera a corrida com 23%.

 

A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais e para menos. A equipe da Real Time Big Data entrevistou 1.000 eleitores entre os dias 14 e 16 de junho. O índice de confiabilidade é de 95% e o levantamento está registrado no TSE sob o número MG-00754/2024.

 

Campo Grande (MS)

 

Segundo levantamento do Paraná Pesquisas, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), pré-candidata à reeleição apoiada pelo PL, sigla de Jair Bolsonaro, detém 14,4% de intenções de voto, figurando em terceiro lugar no principal cenário estimulado. Adriana está na frente da deputada federal Camila Jara (PT), apoiada por Lula, que tem 6,5% e está na quinta colocação.

 

Contudo, ambas estão atrás da ex-deputada federal Rose Modesto, com 19,5% de menções, e do ex-governador do Estado André Puccinelli (MDB), que lidera com 26,4% de intenções de voto. Por outro lado, o cenário está indefinido, pois Puccinelli desistiu da disputa desde a realização da pesquisa.

 

O Paraná Pesquisas realizou 800 entrevistas na capital do Mato Grosso do Sul entre os dias 19 e 24 de abril. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 3,5 pontos porcentuais. O registro no TSE é o número MS-05358/2024.

 

Curitiba (PR)

 

O PT e o PL não vão encabeçar chapas em Curitiba. A sigla de Lula vai apoiar o deputado federal Luciano Ducci (PSB) que, segundo o último levantamento do Paraná Pesquisas, divulgado no último dia 14 de maio, tem 13,1% das intenções de voto. Já Jair Bolsonaro vai apoiar o candidato da situação, o vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD). Segundo a pesquisa, ele lidera a corrida com 22,9% da preferência dos eleitores no principal cenário estimulado.

 

A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais. O Paraná Pesquisas ouviu 800 eleitores entre os dias 8 e 13 de maio. O índice de confiabilidade é de 95% e o estudo está registrado no TSE sob o número PR-01291/2024.

 

Fortaleza (CE)

 

Na capital do Ceará, o candidato avalizado por Lula é o deputado federal Evandro Leitão (PT), que apareceu no último levantamento do Datafolha, divulgado nesta quinta-feira, 27, com 9% das intenções de voto. O candidato de Bolsonaro é o deputado federal André Fernandes (PL), que pontuou 12% no estudo. Ambos estão atrás do ex-deputado federal Capitão Wagner, que liderou o cenário estimulado com 33% de menções.

 

A margem de erro é de quatro pontos percentuais. O Datafolha ouviu 644 eleitores entre os dias 24 e 26 de junho. O índice de confiança é de 95% e o levantamento está registrado no TSE sob o número CE-01909/2024.

 

Manaus (AM)

 

Em Manaus, o candidato apoiado por Lula é o ex-deputado federal Marcelo Ramos, que recém se filiou ao PT e tem 8% das intenções de voto segundo a última pesquisa Quaest divulgada no dia 16 de maio. O candidato de Bolsonaro é o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL), que tem 15% da preferência dos eleitores. Ambos estão atrás do atual prefeito David Almeida (Avante), que tem 30% e do deputado federal Amom Mandel (Cidadania), que tem 27%.

 

A margem de erro do levantamento é de 3,1 pontos percentuais. O Quaest entrevistou 1.002 eleitores manauaras entre os dias 8 e 11 de maio de 2024. O índice de confiança é de 95% e a pesquisa está registrada no TSE sob o número AM-07730/2024.

 

Porto Alegre (RS)

 

Segundo levantamento Atlas/Intel realizado com eleitores de Porto Alegre (RS), a deputada federal e pré-candidata Maria do Rosário (PT), apoiada por Lula, tem 30% de intenções de voto no principal cenário estimulado. Com o índice, ela figura na frente do prefeito Sebastião Melo (MDB), pré-candidato à reeleição apoiado por Jair Bolsonaro, que detém 25% de intenções de voto.

 

A pesquisa ouviu 1.798 eleitores porto-alegrenses entre os dias 9 e 14 de junho e tem margem de erro de dois pontos porcentuais, com índice de confiança de 95%. O registro no TSE é RS-09253/2024.

 

Salvador (BA)

 

Segundo levantamento Paraná Pesquisas divulgado em 4 de junho, o prefeito de Salvador (BA), Bruno Reis (União Brasil), pré-candidato apoiado por Jair Bolsonaro, é favorito a se reeleger, com 64% de intenções de voto. O mandatário está na frente de Geraldo Júnior (MDB), nome apoiado por Lula, que detém 11% de menções.

 

O Paraná Pesquisas realizou 800 entrevistas presenciais em Salvador entre os dias 29 de maio e 3 de junho. A margem de erro é de 3,5 pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%. O registro no TSE é BA-01943/2024.

 

São Paulo (SP)

 

Na segunda-feira, 1º, o Real Time Big Data divulgou um levantamento que evidenciou um empate entre o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, e o deputado Guilherme Boulos (PSOL), apadrinhado por Lula. Ambos possuem 29% das intenções de voto do eleitorado paulistano.

 

A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O Real Time Big Data realizou entrevistas com 1.500 eleitores paulistanos entre os dias 25 e 28 de junho e o índice de confiabilidade é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-06703/2024.

 

Recife (PE)

 

Em Recife, o atual prefeito João Campos (PSB) tentará a reeleição com o apoio do PT e do presidente Lula. A capital de Pernambuco é a cidade com o candidato apoiado pelo petista mais bem colocado entre todas as capitais. Caso a eleição fosse hoje, Campos seria eleito em primeiro turno com 57,3%, contra 21,4% do pré-candidato bolsonarista Gilson Machado (PL), ex-ministro do Turismo de Bolsonaro. É o que aponta levantamento do Atlas Intel/CNN divulgado em 26 de abril.

 

O Atlas/CNN ouviu 827 moradores de Recife, por meio de Recrutamento Digital Aleatório (Atlas RDR), entre os dias 18 e 23 de abril. A margem de erro do levantamento é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE sob o número PE-05351/2024.

 

Rio Branco (AC)

 

Na capital do Acre, a disputa pela Prefeitura de Rio Branco está tecnicamente empatada. Segundo pesquisa do RealTime, divulgada em 9 de abril, os candidatos Marcus Alexandre (MDB), apoiado pelo presidente, está com 39% das intenções de voto, ante 34% de Tião Bocalom (PL), pré-candidato de Bolsonaro e atual prefeito que tenta reeleição.

 

O instituto entrevistou 800 pessoas, entre 6 e 8 de abril. A pesquisa foi registrada no TSE sob o código AC-04245/2024 e tem nível de confiança de 95%.

 

Rio de Janeiro (RJ)

 

Uma pesquisa do instituto Quaest divulgada no último dia 18 de junho mostrou que o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), que tem o apoio de Lula, pode ser eleito ainda em primeiro turno, com 51% das intenções de voto. O pré-candidato de Bolsonaro, o deputado Alexandre Ramagem (PL) tem 11% da preferência dos eleitores.

 

A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O Quaest fez entrevistas presenciais com 1.145 cariocas entre os dias 13 e 16 de junho. O índice de confiabilidade é de 95% e a pesquisa está registrada no TSE sob o número RJ-04459/2024.

 

Vitória (ES)

 

Em Vitória, capital do Espírito Santo, nem o pré-candidato apoiado por Lula, o deputado estadual João Coser (PT), nem o afilhado de Bolsonaro, o também deputado estadual Capitão Assumção (PL), lideram de acordo com a pesquisa mais recente. Divulgada há mais de um mês, em 22 de maio, o levantamento do Paraná Pesquisas apontou que o atual prefeito, Lorenzo Pazolini (Republicanos), segue à frente da disputa, com 47,1%. Em seguida, o pré-candidato do PT tem 17% e é seguido pelo deputado apoiado por Bolsonaro, com 7,10% das intenções de voto.

 

A pesquisa, registrada no TSE com o número ES-08077/2024, foi realizada entre os dias 17 a 22 de maio, entrevistou 800 pessoas e tem margem de erro de 3,5 p.p. para mais ou para menos.

Em outra categoria

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre Rússia e Venezuela foi "totalmente acordado" e está pronto para ser assinado. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em comemoração aos 80 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

"Estou satisfeito em anunciar que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre nossos países foi totalmente acordado", afirmou Putin. Segundo o líder russo, o pacto "criará uma base sólida para a expansão de nossos laços multifacetados a longo prazo" e poderá ser formalizado durante uma visita de Maduro à Rússia, em data ainda a ser definida.

Putin também convidou Maduro para as celebrações do 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica, em 9 de maio, em Moscou. O presidente russo destacou que a Venezuela apoiou a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, fornecendo combustíveis e outros materiais essenciais para o esforço de guerra.

Além disso, Putin ressaltou a convergência de posições entre os dois países em temas internacionais. "Juntos, nos opomos a qualquer manifestação de neonazismo e neocolonialismo. Agradecemos que a Venezuela apoie as iniciativas russas relevantes em fóruns multilaterais", afirmou. Ele acrescentou que ambos os países buscam "construir uma ordem mundial mais justa" e promover "a igualdade soberana dos Estados e a cooperação mutuamente benéfica sem interferência externa".

O presidente russo reafirmou ainda o compromisso de Moscou com Caracas. "A Rússia fará e continuará fazendo tudo o que for possível para tornar nossos esforços conjuntos nas esferas comercial, econômica, científica, técnica, cultural e humanitária ainda mais próximos e abrangentes", declarou.

Um grupo de democratas, liderado pelo líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, ajudou os republicanos para que projeto de lei para financiar o governo até setembro avançasse, evitando uma paralisação, mas deixando os democratas desanimados e profundamente divididos sobre como resistir à agenda agressiva do presidente Trump.

O parlamentar de Nova York e outros nove membros da bancada democrata romperam com a maioria de seu partido em uma votação processual para uma medida de financiamento de US$ 1,7 trilhão, levando a um placar de 62 a 38, acima do limite necessário de 60 votos para que um projeto de lei passe pelo Senado. Um republicano, o senador Rand Paul de Kentucky, votou não. Uma votação final é esperada para o final do dia.

Na votação final subsequente que exigiu apenas uma maioria simples, o Senado aprovou o projeto de lei por 54-46, em grande parte de acordo com as linhas partidárias. Agora, ele segue para sanção do presidente Donald Trump.

O resultado no Senado, onde os republicanos têm uma maioria de 53-47, ressaltou o quão pouco poder os democratas têm para resistir aos planos de Trump e alimentou a crescente frustração nas fileiras do partido sobre sua diretriz e liderança. Em seus primeiros 50 dias de mandato, Trump se moveu para cortar drasticamente a força de trabalho federal e controlar a ajuda externa, ao mesmo tempo em que preparava o cenário para um pacote de cortes de impostos, reduções de gastos e gastos maiores com defesa da fronteira.

Schumer, que enfrentou duras críticas de seu próprio partido ao longo do dia, disse que o projeto de lei do Partido Republicano era a melhor de duas escolhas ruins. Ele argumentou que bloquear a medida e arriscar uma paralisação teria permitido que Trump e o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), comandado por Elon Musk, acelerassem a reestruturação de agências federais, citando o poder da administração durante um gap de financiamento para determinar quais funcionários e serviços são essenciais ou não essenciais.

O Hamas disse nesta sexta-feira, 14, que aceitou uma proposta dos mediadores para libertar um refém americano-israelense vivo e os corpos de quatro pessoas de dupla nacionalidade que morreram em cativeiro. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou dúvidas sobre a oferta, acusando o Hamas de tentar manipular as negociações em andamento no Catar sobre a próxima etapa do cessar-fogo em Gaza.

O grupo não especificou imediatamente quando a libertação do soldado Edan Alexander e dos quatro corpos aconteceria - ou o que espera receber em troca. Também não é claro quais mediadores propuseram o que o Hamas estava discutindo. O Egito, Catar e EUA têm orientado as negociações, e nenhum deles confirmou ter feito a sugestão até a noite de sexta-feira.

Autoridades dos EUA, incluindo o enviado Steve Witkoff, disseram que apresentaram uma proposta na quarta-feira para estender o cessar-fogo por mais algumas semanas enquanto os lados negociam uma trégua permanente. O gabinete de Netanyahu declarou que Israel "aceitou o esboço de Witkoff e mostrou flexibilidade", mas que o Hamas se recusou a fazê-lo.