Secom anula licitação para comunicação digital do governo

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
A Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República anulou a licitação aberta para contratar serviços de comunicação digital no governo federal. A licitação já estava suspensa desde julho pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que viu indícios de fraude no processo.

A decisão pela revogação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na sexta-feira, 30.

Em nota, a Secom reiterou a "a idoneidade da licitação que estava em curso" e disse que a decisão foi tomada para "garantir as condições de abertura de um novo processo licitatório".

"A contratação dos serviços é fundamental para dar mais eficiência às informações do governo federal sobre políticas públicas e de prestação de contas à população nos meios digitais", acrescenta a Secom na nota.

O edital de licitação previa a contratação de quatro agências para cuidar da atuação digital do governo. A área técnica do TCU identificou indícios de que o sigilo da autoria das propostas das empresas foi violado, evidenciando falha ou fraude no processo.

Os planos de comunicação das empresas deveriam ser entregues em invólucros, mantido o sigilo das informações de cada uma das propostas apresentadas. No entanto, um dia antes do resultado da licitação, o site O Antagonista publicou, por meio de códigos, o resultado do pregão, revelando a violação do sigilo.

O segredo neste caso era necessário pois a Secom analisou a melhor técnica, e não o menor preço.

Em outra categoria

Autoridades dos EUA e da Rússia deverão ter novos contatos para discutir um acordo de cessar-fogo na Ucrânia, após uma rodada de conversas nesta segunda-feira (24), mas ainda não há nenhum plano concreto sobre a questão, afirmou o Kremlin nesta terça-feira, 25.

Negociadores americanos e russos mantiveram conversas ao longo de toda a segunda-feira em Riad, capital da Arábia Saudita, para acertar detalhes sobre uma pausa parcial da guerra deflagrada por Moscou na Ucrânia há três anos, um dia após autoridades americanas terem mantido conversas separadas em Riad com uma equipe ucraniana.

Ambos os lados, porém, ainda não conseguiram chegar sequer a um acordo limitado de cessar-fogo, que duraria 30 dias, com Rússia e Ucrânia mantendo os ataques bilaterais e discordando sobre quais tipos de alvos deveriam ser incluídos em uma eventual trégua.

Nesta terça, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres que o resultado das conversas em Riad "foi relatado" a Moscou e Washington e está sendo "analisado", mas ressaltou que o teor das discussões não será divulgado.

"Estamos falando de negociações técnicas, negociações imersas em detalhes", disse Peskov, acrescentando que, embora não haja no momentos planos para uma nova conversa telefônica entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, um diálogo do tipo poderá ser marcado rapidamente se houver necessidade.

"Há um entendimento de que os contatos irão continuar, mas não há nada concreto no momento", disse Peskov. Ele acrescentou que também não há planos para uma reunião tripartite entre Rússia, EUA e Ucrânia. Fonte: Associated Press.

Os Estados Unidos lançaram ataques aéreos contra alvos do grupo rebelde Houthi no Iêmen nesta terça-feira, 25. Duas pessoas morreram na capital do país, Sanaa, de acordo com os houthis. A cidade portuária de Al Hudaydah, às margens do Mar Vermelho, e a Província de Marib, onde estão localizados campos de petróleo e gás, também foram bombardeadas.

A ofensiva contra o grupo rebelde aliado do Irã chegou ao décimo dia. O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Mike Waltz, disse que os ataques "eliminaram lideranças chaves houthi, incluindo o principal responsável por mísseis". Os houthis não confirmaram a perda de lideranças. Fonte: Associated Press.

O governo brasileiro cobrou informações de Israel, por meio de canais diplomáticos, após a morte de um brasileiro de origem palestina que estava preso no país. O governo de Israel não se posicionou publicamente sobre o caso.

A Embaixada do Brasil em Israel pediu informações sobre a morte de Walid Khaled Abdullah Ahmed, de 17 anos, ao governo israelense, mas o Itamaraty ainda não recebeu detalhes, segundo fontes da chancelaria. O governo brasileiro também não se pronunciou oficialmente.

A prisão do menor, ocorrida em setembro por suspeita de agredir um militar israelense, era de conhecimento de autoridades diplomáticas e consulares brasileiras na Cisjordânia. O caso vinha sendo monitorado. Ele estava detido na prisão de Megiddo.

APOIO

O Escritório da Representação do Brasil em Ramallah informou que presta apoio à família do jovem para obter informações e realizar procedimentos funerários.

A Federação Árabe Palestina do Brasil divulgou informações sobre a morte de Ahmed no domingo, nas redes sociais. A entidade acusa o governo de Israel de permitir a realização de tortura na prisão, o que o governo nega.

Segundo a ONG Defesa das Crianças Internacional - Palestina, o caso dele foi relatado à Comissão de Assuntos de Presos e Ex-Presos, e o Gabinete de Ligação Palestino informou à família de Walid sobre a morte e que ele sofria de doenças como sarna e disenteria amebiana.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.