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Selton Mello diz que teve depressão após emagrecimento para filme

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Selton Mello, que neste fim de ano estará em cartaz estrelando os filmes Ainda Estou Aqui e O Auto da Compadecida 2, falou no Altas Horas de sábado, 7, sobre como foi a perda de peso para viver personagens tão diferentes e as diferenças em relação à sua preparação para o primeiro filme baseado na obra de Ariano Suassuna, lançado em 2001.

 

Sobre o processo recente, comentou: "É bem difícil emagrecer. Tenho um negócio com doce, sou chocólatra. Engordar é uma moleza, engordar para fazer o Rubens Paiva foi facílimo. Difícil foi perder para fazer o Chicó em um mês e meio. Perdi 15 kg em dois meses".

 

Questionado por Astrid Fontenelle sobre como fez para eliminar o peso, Selton Mello respondeu: "Fechei a boca e chorei. Chorei forte no travesseiro. É isso, gente É muito difícil, mas tem que ser. Tanto que em O Auto [da Compadecida] 2 eu reparo que começo o filme e vou emagrecendo. Quem assiste não vai reparar, mas eu reparo."

 

Diferenças de Selton Mello em 'O Auto da Compadecida' 1 e 2

 

"O Auto [da Compadecida] 1 eu fiz numa época da vida que tinha 25 anos, estou com 51 agora. Àquela época eu estava tomando moderadores de apetite para um filme chamado Lavoura Arcaica e segui tomando para [fazer] o Chicó. Aquilo ali não era o meu normal, eu estava dopado. Aliás, não recomendo, porque aquilo me fez muito mal!", relembrou o ator.

 

Em seguida, prosseguiu: "Eu estava tomando coisas de médicos da moda, aquilo não era bom pra mim. Eu fiquei anos viciado nisso, tomava aquele negócio, emagrecia para o próximo filme, engordava para a vida, depois emagrecia... Fez muito mal para minha cabeça. Levou, inclusive, a um estado de depressão."

 

Selton Mello ainda destacou a aceitação que tem em relação às diferenças de seu personagem nos dois filmes: "O Chicó de agora, quando fui tentar emagrecer, teve uma hora que eu falava: 'Nossa, não consigo ser aquele'. Mas não vou ser mesmo aquele. Nem era minha natureza, eu estava dopado, e tinha 25 anos."

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Sentir saudade pode ajudar a reduzir sintomas de depressão, segundo uma pesquisa publicada na revista Frontiers in Psychology, em janeiro deste ano. O sentimento tem uma grande presença na cultura brasileira e é um tema frequente na bossa nova, que serviu de inspiração para o estudo.

"Acreditamos que a saudade funciona como um canal de reconexão afetiva. Ela ativa memórias significativas, muitas vezes associadas a vínculos e momentos positivos, o que pode suavizar emoções negativas, como a culpa e a autodepreciação", destaca Jorge Moll Neto, neurocientista, idealizador do IDOR Ciência Pioneira e um dos autores do estudo, conduzido em parceria com pesquisadores do King's College London. "Além disso, há evidências de que sentimentos como nostalgia e saudade ajudam a reforçar o senso de continuidade do eu, o pertencimento e aceitação - todos fatores protetivos frente à depressão".

Segundo o autor, a ideia da pesquisa nasceu da percepção de que, apesar de ser um sentimento presente na cultura brasileira, a saudade é pouco explorada pela psicologia clínica. "Ela é frequentemente vista como uma emoção melancólica, mas também pode envolver amor, conexão e significado - tornando-se, portanto, um sentimento potencialmente adaptativo", pontua.

"A partir disso, desenvolvemos a hipótese de que a saudade poderia funcionar como um recurso emocional útil na psicoterapia, especialmente para pessoas com altos níveis de autocrítica, que têm maior vulnerabilidade à depressão."

O que é a saudade?

Segundo Fátima Bertini, doutora em psicologia, professora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e coordenadora do projeto Clínica da Saudade, o conceito de saudade pode ser definido como uma vivência afetiva que envolve sentimentos profundos de ausência, desejo e memória. Ela destaca que a saudade está relacionada a algo ou alguém que foi significativo, mas que está distante ou ausente no presente. Não se trata apenas de uma falta, mas de uma presença que persiste na memória e nos sentimentos, o que a torna um afeto complexo, muitas vezes ambíguo, porque pode causar tanto dor quanto carinho.

"A saudade tem algo muito peculiar, que somente a língua portuguesa identifica: é uma tristeza da lembrança, mas também uma potência da alegria. Ela é tristeza e alegria. Tristeza porque lembra a ausência, e alegria porque lembra de algo que foi bom. Por isso, eu acredito que a saudade - apesar da etimologia do latim desiderium, que significa tristeza profunda - não se define só pela tristeza", afirma.

"Só queremos lembrar o que foi bom. Se a saudade existe, é porque, além da tristeza da ausência, também carrega uma potência: a alegria de lembrar de momentos positivos. Por isso, eu acredito em uma epistemologia positiva da saudade", acrescenta Fátima.

Como o estudo foi feito?

Para a elaboração do estudo do IDOR Ciência Pioneira com o King's College London, 39 pessoas foram convidadas a criar filmes pessoais de 10 minutos com fotos, músicas e vídeos que despertavam autocrítica, tristeza e, por fim, saudade. Depois disso, o grupo foi instruído a assistir ao vídeo todos os dias, por uma semana.

"A ideia era que, ao revisitar sentimentos difíceis como autocrítica e tristeza, eles pudessem ressignificá-los ao acessarem, ao final, a saudade - um sentimento mais construtivo e afetivo", explica o neurocientista Jorge Moll.

Antes e depois da intervenção, os participantes responderam a escalas padronizadas, incluindo o Inventário de Depressão de Beck, um questionário de autorrelato com 21 itens que avaliam a presença e a gravidade de sintomas depressivos. Mesmo com um curto período de testagem, os resultados apontaram uma redução significativa nos escores ligados a sintomas depressivos.

"Também houve melhora nas escalas de autocrítica, o que reforça a hipótese de que a saudade pode atuar como um modulador emocional positivo, ajudando na regulação de sentimentos dolorosos. A alta taxa de adesão e a ausência de efeitos negativos também são destaques importantes", diz o pesquisador do IDOR Ciência Pioneira. Não foram registrados eventos como aumento da sensação de angústia. Embora houvesse suporte disponível em caso de problemas, nenhum participante solicitou ajuda.

Limitações

Por se tratar de um experimento voltado para a análise de segurança e viabilidade de novas pesquisas, os testes foram feitos em pessoas sem problemas de saúde mental diagnosticados previamente, mas que relataram prejuízos devido a sentimentos frequentes de autocrítica.

Os participantes foram recrutados por anúncios em listas de e-mails e nas redes sociais. A seleção envolveu uma pré-triagem, a partir da análise de dados coletados em formulário respondido por 1.839 pessoas, e devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19 (as primeiras etapas do estudo ocorreram em 2021), a pesquisa ocorreu de forma online.

Uma das limitações do estudo reside na diferença entre voluntários homens e mulheres. A maior parte dos participantes eram mulheres, o que impediu comparações mais robustas entre os gêneros. Para o futuro, os pesquisadores pretendem recrutar amostras equilibradas em termos de gênero e diversidade étnico-cultural.

"Nosso próximo passo é desenvolver ensaios clínicos randomizados, com grupos de controle e amostras clínicas, ou seja, pacientes com diagnóstico formal de depressão. Além disso, estamos interessados em explorar os correlatos neurobiológicos da saudade - por exemplo, utilizando a ressonância magnética funcional para entender como o cérebro responde a esse tipo de emoção durante a intervenção ou antes e após a mesma", conta Moll.

Além do neurocientista brasileiro, por meio do IDOR Ciência Pioneira, o estudo teve a participação dos autores Nahed Lajmi, Suqian Duan e Roland Zahn, que atuam no Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência do King's College London.

Um homem de 34 anos morreu após ser baleado pela Polícia Militar de São Paulo na tarde de ontem, 11, no Brás, região central de São Paulo. Ngange Mbaye era senegalês e trabalhava como vendedor ambulante. Ele foi socorrido e levado à Santa Casa de Misericórdia, mas não sobreviveu.

A morte do vendedor foi alvo de um protesto na manhã de sábado, 12, que terminou em confronto com a PM. Os manifestantes, que protestaram no Brás contra a violência policial e o racismo e pediram justiça por Mbaye, foram dispersados pela polícia com bombas de gás lacrimogêneo.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que um inquérito foi instaurado para investigar o ocorrido e que o agente envolvido foi afastado das atividades operacionais.

Entre 2023 e 2024, as mortes cometidas por agentes da Polícia Militar em serviço dobraram na cidade de São Paulo, segundo os microdados da Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP).

A abordagem que levou à morte do comerciante ocorreu na Avenida Rangel Pestana. Um vídeo divulgado pelo SBT mostra a abordagem de um grupo de policiais para apreender a mercadoria de Mbaye. Ele resiste e é agredido por um policial com um cassetete e usa uma barra de ferro para revidar. Quando tenta fugir com o carrinho, é atingido por um disparo de um dos policiais.

Segundo a SSP, ele teria agredido um policial militar com uma barra de ferro, que foi apreendida, assim como a arma do agente que efetuou o disparo.

A PM acompanhava equipes da prefeitura que fazia uma operação na região contra a venda de mercadorias ilegais e sem venda de nota fiscal. Procurada, a Prefeitura de São Paulo não se manifestou sobre o ocorrido até o fechamento da reportagem.

A ocorrência foi registrada no 8º Distrito Policial como morte decorrente de intervenção policial e tentativa de homicídio, e o caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Manifestantes e representantes da OAB foram alvo de bombas

O protesto, que teve gritos de "polícia assassina", iniciou por volta das 10h20 deste sábado e foi encerrado no Largo da Concórdia, por volta das 12h30, após a polícia lançar bombas de gás.

A SSP afirma que "uma pessoa lançou uma garrafa na direção dos policiais militares, que intervieram com gás de efeito moral" e que houve registro de feridos.

Advogados da Comissão Permanente de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo que acompanhavam o protesto também foram atingidos por bombas de gás disparadas pelos policiais militares.

Em nota, a Comissão afirmou que os integrantes estavam "devidamente identificados" e repudiou os fatos ocorridos durante a manifestação.

Declarou ainda que "acompanhará atentamente os desdobramentos do caso, exigindo que as autoridades competentes tomem as providências necessárias para apurar todos os fatos ocorridos".

O dono de um bar, de 34 anos, e outras duas pessoas foram baleadas na Rua Maria Borba, na Vila Buarque, região central de São Paulo, por volta da 1h da madrugada deste sábado, 12. O dono do estabelecimento não resistiu. As outras vítimas sobreviventes foram socorridas e levadas para hospitais na região.

O criminoso fugiu antes da chegada da Polícia.

"Policiais militares foram acionados para atender a ocorrência e, ao chegar no endereço indicado, receberam a informação de que três homens haviam sido baleados por um criminoso que fugiu em seguida", afirma a Secretaria de Segurança Pública.

A Polícia Civil investiga o caso e solicitou exames periciais ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal (IML).

O caso foi registrado como homicídio e tentativa de homicídio no 78º DP (Jardins).