Irmãos Menendez tiveram as penas reduzidas após série trazer atenção ao caso. O que vem agora?

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Os assassinatos de Jose e Kitty Menendez, com espingardas de caça, em 1989, em Los Angeles, comoveram os Estados Unidos. Os assassinatos do executivo do entretenimento e de sua esposa, no bairro nobre de Beverly Hills, foram brutais. O filho deles, Lyle Menendez, foi quem ligou para o 911, com os irmãos inicialmente alegando que o assassinato estava relacionado à máfia ou aos negócios do pai.

Lyle Menendez estava estudando na Universidade de Princeton, e seu irmão mais novo, Erik Menendez, era um astro do tênis. Os irmãos foram posteriormente presos, acusados e condenados pela morte dos pais. Os irmãos argumentaram que cometeram os crimes em legítima defesa, após anos de abusos sofridos pelo pai.

Nesta terça-feira, 13, os irmãos receberam sua primeira chance de liberdade em décadas. Um juiz de Los Angeles reduziu as sentenças dos irmãos de prisão perpétua sem liberdade condicional para 50 anos ou prisão perpétua, tornando-os imediatamente elegíveis para liberdade condicional.

Logo após o julgamento de O.J. Simpson, o país estava faminto por programas de TV sobre crimes reais. O primeiro julgamento dos irmãos foi um dos primeiros a ser quase inteiramente televisionado pela Court TV. Ele gerou documentários, especiais de televisão e dramatizações.

O drama da Netflix Monstros: História de Lyle e Erik Menendez e o documentário Os Irmãos Menendez, lançado no outono de 2024, foram creditados por trazer nova atenção ao caso.

O que aconteceu na nova sentença?

Os advogados dos irmãos recorreram a familiares e àqueles que os conheciam desde a condenação para falar sobre o caráter deles e sua reabilitação na prisão perante o Juiz Michael Jesic, do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles. A família Menendez apoiou os irmãos e pediu sua libertação desde que começaram os esforços para a nova sentença no outono passado.

Os promotores, que se opuseram à nova sentença dos irmãos, não convocaram nenhuma testemunha. Eles argumentaram que os irmãos não assumiram total responsabilidade por seus crimes. Erik e Lyle Menendez compareceram virtualmente para ler suas declarações ao tribunal. "Vocês não mereciam o que eu fiz, mas me inspiram a fazer melhor", disse Erik Menendez, dirigindo-se à família.

Jesic emitiu sua decisão imediatamente após os irmãos se pronunciarem, concedendo-lhes uma nova sentença de 50 anos de prisão perpétua.

Em quanto tempo eles poderiam comparecer perante o conselho de liberdade condicional?

Os irmãos são imediatamente elegíveis para liberdade condicional segundo a lei de infratores juvenis da Califórnia, pois cometeram o crime aos 18 e 21 anos, ambos com menos de 26 anos.

As audiências de adequação à liberdade condicional são conduzidas por um conselho estadual para determinar se uma pessoa deve ser libertada. O detento terá sua primeira audiência agendada em até seis meses após a data de elegibilidade, de acordo com a política do conselho.

Eles já têm uma audiência perante o conselho agendada para 13 de junho, em uma petição de clemência que apresentaram ao governador Gavin Newsom. Ainda não está claro se essa audiência servirá como audiência formal de liberdade condicional ou se uma audiência separada será agendada.

Newsom ordenou que o conselho estadual de liberdade condicional conduzisse uma avaliação de risco abrangente para que ele determinasse o perigo que eles representam para o público caso sejam libertados.

Anne Bremner, advogada de Seattle, disse que os irmãos sofrerão alguma pressão para se prepararem para o conselho de liberdade condicional e convencê-los de que devem ser soltos. "Meu palpite é que o conselho de liberdade condicional está observando isso e, claro, eles já fizeram essas avaliações de risco", disse ela. Eles sabem "quem são esses dois, quais foram seus supostos crimes e o que fizeram desde o momento em que foram presos até hoje".

O que acontece se a liberdade condicional for negada ou concedida?

Se a liberdade condicional for negada na primeira audiência, eles continuarão a participar das audiências subsequentes até que sejam libertados. Se a liberdade condicional for concedida, Newsom ainda poderá mover uma ação para anular a decisão do conselho. Se ele mantiver a decisão sobre a liberdade condicional, os irmãos serão libertados da prisão.

Que outras vias eles têm para a libertação?

Em maio de 2023, os advogados dos irmãos também entraram com um pedido de habeas corpus no tribunal, solicitando um novo julgamento à luz de novas evidências de abuso sexual. Os promotores de Los Angeles entraram com uma moção se opondo a esse pedido, mas seu status não é claro.

(Colaborou Hallie Golden, da Associated Press em Seattle)

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Uma das vítimas do arrastão em Higienópolis, no centro de São Paulo, contou ao Estadão os momentos de pânico que viveu na manhã desta terça, 13. Ela estava dormindo quando um grupo de criminosos invadiu o condomínio em que reside e saqueou os apartamentos.

"Fui acordada pelo meu pai e por um dos bandidos. Pensei que fosse um pesadelo. Não achei que era real. Eles conseguiram levar muita coisa nossa", diz. Assustada, a moradora preferiu não se identificar.

O arrastão ocorreu na rua Gabriel dos Santos e durou cerca de duas horas.

Segundo Radar da Criminalidade, plataforma do Estadão com base nos dados da SSP, a via registrou aumento acima de 80% nos casos de roubos e furtos. Foram 47 crimes no local em março deste ano contra 26 no mesmo período de 2024

Os assaltantes fugiram antes da chegada da polícia. Ao menos sete imóveis foram roubados. Ninguém ficou ferido. O caso é investigado pela 1ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) e a Polícia Civil.

"A gente foi levada para uma sala das máquinas, perto do estacionamento. Eram umas 20 pessoas, de várias famílias, num lugar bem apertado. Todo mundo com muito medo de que fizessem algo de mal com a gente."

O bairro de Higienópolis é um dos mais valorizados da capital, conhecido por imóveis de alto padrão com sistemas de segurança reforçados.

Segundo a investigação, o grupo usou um carro com placa clonada, em um modelo parecido com o de um morador, para entrar na garagem.

Oito criminosos invadiram o prédio por volta das 7h. Antes, eles já haviam cortado os cabos dos equipamentos de acesso à internet. Com isso, as câmeras de monitoramento foram desligadas.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, policiais encontraram e apreenderam dois carros usados pelos criminosos. Eles estavam na comunidade do Gato, nas proximidades da Marginal Tietê, na região central.

"Um dos carros que foi utilizado para ingressar no condomínio é semelhante ao veículo de um dos moradores, o que facilitou o ingresso no local", diz um dos investigadores.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta quarta-feira, 14, que um de seus servidores foi agredido enquanto coletava informações para uma das pesquisas econômicas do órgão no município de Patos de Minas, Minas Gerais. A agressão ocorreu na última sexta-feira.

Segundo o instituto, o "servidor foi agredido durante o exercício de suas funções, ao visitar um estabelecimento comercial para realizar a atualização cadastral de uma de suas pesquisas econômicas".

"O IBGE repudia qualquer forma de violência e manifesta total solidariedade ao servidor agredido, que apenas cumpria seu dever de contribuir com a produção de estatísticas públicas essenciais para o desenvolvimento do país", manifestou o instituto, em nota distribuída à imprensa.

O órgão frisou que todos os agentes de pesquisa trabalham identificados por crachá funcional com foto e, quando necessário, utilizando colete com a marca do IBGE.

A veracidade da identidade dos entrevistadores pode ser confirmada através do site respondendo.ibge.gov.br ou pelo telefone 0800 721 8181.

"Reiteramos nosso compromisso com a transparência, o respeito à população e à segurança de nossos(as) trabalhadores(as). Pedimos à sociedade que acolha nossos(as) agentes com atenção e respeito, e que, em caso de dúvidas, entre em contato com nossos canais oficiais para confirmar a legitimidade das visitas", pediu o instituto.

O grupo de criminosos armados que invadiu um prédio residencial em Higienópolis, na região central, nesta terça-feira, 13, usou um carro com placa clonada, em um modelo parecido com o de um morador, para entrar na garagem, de acordo com investigadores.

Oito homens armados invadiram o prédio por volta das 7h. Antes, eles já haviam cortado os cabos dos equipamentos de acesso à internet. Com isso, as câmeras de monitoramento foram desligadas. Os moradores foram feitos como reféns. Os assaltantes circularam pelos andares e saquearam os apartamentos.

O crime ocorreu na rua Gabriel dos Santos. Segundo Radar da Criminalidade, plataforma do Estadão com base nos dados da SSP, a via registrou aumento acima de 80% nos casos de roubos e furtos. Foram 47 crimes no local em março deste ano contra 26 no mesmo período de 2024.

"Fui acordada pelo meu pai e por um dos bandidos. Pensei que fosse um pesadelo. Não achei que era real. Eles conseguiram levar muita coisa nossa", diz uma das vítimas por mensagem de áudio enviada ao Estadão. Assustada, a moradora prefere não se identificar.

"A gente foi levada para uma sala das máquinas, perto do estacionamento. Eram umas 20 pessoas, de várias famílias, num lugar bem apertado. Todo mundo com muito medo de que fizessem algo de mal com a gente.".

O bairro de Higienópolis é um dos mais valorizados da capital, conhecido por imóveis de alto padrão com sistemas de segurança reforçados.

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