'O Monstro de Florença': conheça o caso real sem solução que inspirou série da Netflix

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Estreou nesta quarta-feira, 22, mais uma série de true crime na Netflix: O Monstro de Florença, uma produção italiana baseada nos crimes atribuídos ao que é considerado o primeiro e mais notório serial killer da Itália. Os quatro episódios já estão disponíveis na plataforma de streaming.

A série conta a história de um assassino que aterrorizou os moradores de Florença, na região da Toscana, entre 1968 e 1985. Sua identidade nunca foi descoberta, mas a polícia local atribuiu ao Monstro de Florença oito assassinatos duplos e brutais, que seguiam o mesmo padrão.

O misterioso assassino sempre usava uma pistola modelo Beretta, calibre 22, em seus crimes, sempre cometidos em noites de Lua Nova, que caíam em finais de semana ou vésperas de feriado e, quase sempre, no verão. As vítimas eram sempre casais jovens, abordadas enquanto faziam sexo em carros estacionados em locais ermos e as vítimas mulheres eram mutiladas.

As investigações

As investigações nunca conseguiram desvendar o mistério. Durante todo o processo, quatro suspeitos foram presos e condenados pelos crimes ao longo de quase duas décadas. No entanto, sempre surgiam novas vítimas, provando que as suspeitas recaíam sobre pessoas erradas. Até hoje o mistério se mantém.

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A advogada Juliane Suellem Vieira dos Reis, de 28 anos, que salvou a família de um incêndio em um apartamento em Cascavel (PR), apresentou melhora no estado de saúde, conforme boletim médico divulgado nesta quinta-feira, 23, pelo Hospital Universitário (HU) de Londrina (PR). A mãe dela, de 51 anos, e o primo, de 4 anos, também apresentaram melhora clínica.

De acordo com o boletim, o quadro de Juliane passou de gravíssimo para grave. A advogada continua entubada e sedada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas, diferente dos dias anteriores, em situação estável.

Ela salvou a mãe e o primo de um incêndio ao se pendurar no ar-condicionado do 12º andar do prédio onde moram, em Cascavel (PR), no dia 15 de outubro. O resgate feito por ela foi registrado em vídeos por moradores. Juliane teve 63% do corpo queimado no incêndio.

Sueli Vieira dos Reis, mãe da advogada, deixou a UTI do Hospital São Lucas, em Cascavel, na tarde de quarta-feira, 22. "Está estabilizada do ponto de vista físico. A previsão de alta, a princípio, seria nos próximos dias", afirmou Luiz Carlos Toso, diretor técnico do hospital.

Segundo ele, a mulher inalou muita fumaça e teve queimaduras nas vias aéreas. Por isso, precisou ficar sedada e com suporte ventilatório para respirar. Um exame apontou melhora de cerca de 80% das lesões no sistema respiratório.

"A evolução dela está sendo favorável. O que resta são as questões emocionais. Ela está num momento de se dar conta de tudo que aconteceu. Passa por noites ruins, revivendo aquilo que aconteceu. Acredito que vai levar mais tempo (para se recuperar emocionalmente). O hospital está oferecendo apoio psicológico", explicou o médico.

O menino salvo pela advogada do apartamento em chamas, Pietro Dalmagro, continua internado na UTI do Hospital Evangélico Mackenzie, em Curitiba (PR). Segundo boletim médico, ele apresenta melhora clínica gradual e fará, nesta quinta-feira, nova troca de curativos.

Investigação

As chamas atingiram o apartamento da família de Juliane, que fica no 13º andar de um prédio em Cascavel. Uma prima que também mora no local, mãe do menino ferido, não estava em casa no momento em que o incêndio começou.

De acordo com os bombeiros, o foco do incêndio foi próximo à entrada do apartamento, onde ficava um ambiente conjugado que servia de cozinha e sala de jantar. Parte do imóvel ficou destruída, com teto e paredes derretidas.

As causas estão sendo investigadas pela Polícia Civil do Paraná, que ainda aguarda os laudos da perícia. Segundo a polícia, até o momento não foram localizados indícios de incêndio criminoso.

A Mercedes-Benz anunciou nesta quinta-feira, 23, que vai levar para a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, a COP30, uma solução de biocombustível que, segundo resultados parciais de testes em estradas do Brasil, permite a redução de 65% das emissões de carbono. Isso significa que os veículos abastecidos com o biocombustível deixam de emitir 532 toneladas de dióxido de carbono no critério do poço à roda - ou seja, da produção do combustível à sua queima em caminhões e ônibus.

A comparação é feita entre o BeVant, um biocombustível da Be8, líder na produção de biodiesel no Brasil, com o B15, o biocombustível já vendido em postos com a mistura de 15% de biodiesel no diesel. O BeVant pode ser usado 100% puro e é produzido a partir de óleos vegetais, gorduras animais e óleos reciclados, entre outras matérias-primas.

Um caminhão e um ônibus da Mercedes-Benz abastecidos com o BeVant estão fazendo uma viagem de mais de 4 mil quilômetros, saindo de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, em direção a Belém, no Pará, onde a conferência da ONU será realizada entre 10 e 21 de novembro. Outros dois veículos com o diesel B15 também estão rodando para comparação.

No meio do caminho, a solução de descarbonização será apresentada no dia 30 de outubro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília. Com a chegada a Belém marcada para 4 de novembro, após passagem dos veículos por nove estados, a montadora terá o comparativo completo das emissões.

Um resultado parcial, porém, já foi obtido com as emissões medidas no trajeto de Passo Fundo a São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde está a fábrica de caminhões da Mercedes-Benz. Nesta quinta, a montadora informou que apurou uma redução de 99% dos gases de efeito estufa no ciclo do tanque a roda - isto é, do abastecimento à queima do combustível, incluindo a absorção das emissões pelas plantações dos vegetais que servem de matéria-prima ao biocombustível. No critério do poço à roda, a redução das emissões é de 65%. Não é menor porque a comparação já é feita com um combustível comercial que tem um porcentual de biodiesel.

Diretor de relações institucionais e comunicação da Mercedes-Benz, Luiz Carlos Moraes ressaltou que a montadora acredita em multisoluções para a substituição dos combustíveis fósseis no setor de transporte. Enquanto na Europa a eletromobilidade já é uma realidade, no Brasil os biocombustíveis permitem uma "situação extremamente confortável" na transição energética, afirmou o executivo.

"Todas as rotas tecnológicas são parte da solução para a descarbonização", declarou Moraes em apresentação a jornalistas na sede da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo. Os veículos da montadora usados nos testes transportam 20 toneladas de alimentos que serão doados a comunidades carentes de Belém.

Oito organizações e redes dos movimentos ambientalistas, indígena, quilombola e de pescadores artesanais entraram na quarta-feira, 22, com uma ação na Justiça Federal do Pará contra o Ibama, a Petrobras e a União, pedindo anulação do licenciamento do bloco FZA-M-59, que permitiu à Petrobras iniciar a perfuração de petróleo na bacia sedimentar da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira.

A ação foi protocolada na 9ª Vara da cidade de Belém pela Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), a Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira), a Conaq (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas), a Confrem (Comissão Nacional para o Fortalecimento das Reservas Extrativistas e dos Povos Extrativistas Costeiros e Marinhos), o Greenpeace Brasil, o Instituto Arayara, o Observatório do Clima e o WWF-Brasil também pedem liminar suspendendo imediatamente as atividades de perfuração, sob risco de danos irreversíveis ao meio ambiente.

Segundo a ação, não foi realizado o Estudo de Componente Indígena nem o Estudo de Componente Quilombola no licenciamento. Também não teria sido apresentado um estudo de modelagem que apontasse o que aconteceria com o óleo em caso de acidente, e o licenciamento ainda ignorou os impactos climáticos.

A licença de operação foi liberada para a Petrobras pelo Ibama com 29 condicionantes. Entre elas estão a implementação do Plano de Emergência Individual, Projeto de Monitoramento de Impactos de Plataformas e Embarcações sobre a Avifauna (PMAVE), Plano de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas (PPCEX), Projeto de Educação Ambiental dos Trabalhadores (PEAT), Projeto de Controle da Poluição (PCP), dentre outros.

O documento técnico também ressalta que a licença não exime a companhia da obtenção de autorizações junto a outros órgãos e instituições, se eventualmente exigíveis.

O bloco FZA-M-59, que abriga o poço de Morpho (onde os trabalhos de perfuração já começaram, segundo a Petrobras), é apenas o primeiro de uma série na bacia da Foz do Amazonas. Há outros oito blocos em licenciamento e 19 arrematados no leilão da ANP em junho.

"A abertura de uma nova fronteira exploratória do petróleo via liberação do bloco FZA-M-59 implicará, em plena crise climática, aumento na produção de combustíveis fósseis, que, por sua vez, elevará as emissões de gases de efeito estufa no país e no mundo", argumentou o Instituto Arayara em nota.