Ana Hickmann: o que se sabe sobre a denúncia da apresentadora contra o marido de agressão?

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A apresentadora e ex-modelo Ana Hickmann registrou um boletim de ocorrência por violência doméstica e lesão corporal contra o marido, o empresário Alexandre Correa, no último sábado, 11. Em nota divulgada neste domingo, 12, Ana afirmou que teve um "desentendimento" com o parceiro. Em outra nota, Correa negou a agressão.

 

Em depoimento dado à Polícia Civil, a apresentadora disse que Alexandre Correa teria fechado a porta da cozinha contra seu braço e ameaçado dar uma cabeçada nela. Após o caso, Ana buscou atendimento médico no Hospital São Camilo, onde foi constatada uma contusão em seu cotovelo esquerdo. A apresentadora teve o braço imobilizado por uma tipoia.

 

Em nota enviada ao Estadão, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso é investigado pela Delegacia de Itu, onde vive o casal. O órgão ainda pontuou que os detalhes sobre o ocorrido serão preservados "por conta da natureza da ocorrência".

 

"Os fatos serão investigados pela Delegacia de Itu. Os detalhes serão preservados por conta da natureza da ocorrência."

 

Veja, abaixo, tudo o que já se sabe sobre o caso:

 

O que diz o boletim de ocorrência?

 

O Estadão teve acesso ao boletim de ocorrência registrado por Ana Hickmann. Segundo seu relato, por volta das 15h30, ela estaria na cozinha de sua casa com Alexandre Correa, o filho e duas funcionárias. Ela teria dito algo ao filho que o marido não teria gostado e foi repreendida, com "ambos aumentando o tom de voz". A criança teria pedido que parassem de brigar e saído correndo assustada.

 

"O autor passou a pressionar a vítima contra a parede, bem como a ameaçá-la de agredi-la com uma cabeçada, ocasião em que ela conseguiu afastá-lo e, ao tentar pegar seu telefone celular, que estava em cima de uma mesa na área externa, o autor, repentinamente, fechou a porta de correr da cozinha, o que pressionou o braço esquerdo da vítima", diz o trecho seguinte do documento policial.

 

Ana, então, teria conseguido trancá-lo para fora de casa e fez a ligação para a Polícia Militar. Correa teria deixado o local pouco depois. Hickmann buscou atendimento médico no Hospital São Camilo, onde foi constatada uma contusão em seu cotovelo esquerdo. Ainda segundo o BO, ela teve o braço imobilizado com uma tipoia.

 

"A vítima tomou ciência das medidas protetivas conferidas pela Lei Maria da Penha, porém, neste momento, optou por não requerê-las", encerra o documento.

 

O que diz Ana Hickmann?

 

"Após um desentendimento entre Alexandre Correa e Ana Hickmann no último sábado, 11, a Polícia Militar foi acionada e a apresentadora foi conduzida até o Distrito Policial para esclarecimento dos fatos. Por meio de sua assessoria de imprensa, Ana Hickmann agradece o carinho e a solidariedade dos fãs e informa que está em casa, bem e felizmente não sofreu maiores consequências em sua integridade física", diz a nota emitida pela assessoria de Ana.

 

Nesta segunda-feira, 13, a apresentadora fez a primeira publicação no Instagram após o caso homenageando o filho, Alexandre, de nove anos. Na legenda, a ex-modelo escreveu que "hoje é um novo dia".

 

"Minha força, minha motivação, o amor da minha vida", disse Ana sobre o filho. "É por ele que eu acordo e vou atrás dos meus sonhos todos os dias", completou ela, que agradeceu as mensagens de carinho que recebeu.

 

O que diz Alexandre Correa?

 

Alexandre Correa se pronunciou em sua página no Instagram. Confira a íntegra:

 

"De fato, na data de ontem, tive um desentendimento com a minha esposa, situação absolutamente isolada, que não gerou maiores consequências. Gostaria de esclarecer também que jamais dei uma cabeçada nela, como inveridicamente está sendo veiculado na imprensa, e que tudo será devidamente esclarecido no momento oportuno. Aproveito a oportunidade para pedir minhas mais sinceras desculpas a toda a minha família pelo ocorrido. São 25 anos de matrimônio, sem que tivesse qualquer ocorrência dessa natureza. Sempre servi a Ana como seu agente, com todo zelo, carinho e respeito, como assim trato as 7 mulheres com quem trabalho no meu escritório".

 

Quem é Alexandre Correa?

 

Carioca, Correa, de 51 anos, é empresário e, em parceria com Ana, administra a Hickmann Serviços Ltda, que tem sede em São Paulo, e licencia a marca da apresentadora em produtos como óculos, esmaltes, bolsas, sapatos, jeans e produtos de beleza. A empresa também gerencia a carreira da apresentadora.

 

Quando Ana estreou na TV, em 2004, a figura de Correa passou a ser conhecida pelo público por sempre estar na companhia da mulher. Falante, o empresário também fez fama nas redes sociais. Em seu perfil no Instagram, Correa tem mais de 1 milhão de seguidores. O empresário costuma postar fotos e vídeos em família, além de opiniões sobre diferentes assuntos, como futebol e o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

 

No final de 2020, Correa revelou que estava com câncer no pescoço. O tumor, segundo ele, estava localizado embaixo do maxilar e na base do crânio. Na época, ele passou por um cirurgia e por sessões de radio e quimioterapia em um hospital em São Paulo.

 

Correa disse que havia decidido tornar o caso público porque já havida sido reconhecido na área de oncologia do hospital Albert Einstein e "por conta da aparência da gente, que começa a tomar ares de quem está em tratamento para câncer", disse em vídeo. "Os que gostam de mim, torçam por mim. Os que não gostam, marreta, comemora", completou. Meses depois, Correa divulgou que estava curado da doença.

 

Há quanto tempo Ana Hickmann e Alexandre Correa estão juntos?

 

Ana e Correa se conheceram na adolescência. Eles estão juntos há 25 anos e têm um filho, Alexandre, de nove anos. Os dois se casaram após oito meses de namoro, quando Ana tinha 16 anos. Logo em seguida, o casal viajou para França, onde Ana foi atuar como modelo, carreira que ela seguiu até o início dos anos 2000, no Brasil e em diferentes países do mundo.

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A canonização do primeiro santo millennial, Carlo Acutis, foi adiada por conta da morte do papa Francisco nesta segunda-feira, 21, anunciou o Vaticano.

Acutis, também chamado de "santo da internet", seria canonizado no próximo domingo, 27, na Praça de São Pedro, por ocasião da celebração do Jubileu dos Adolescentes.

Nos meses que antecederam a esperada canonização, fiéis têm peregrinado para Assis, na Itália, onde seu corpo - vestido com tênis, jeans e moletom - repousa em um santuário. Ele tinha 15 anos quando morreu no norte da Itália, em 2006, após um curto período com leucemia.

Seu caminho rumo à santidade, o processo de canonização, começou há mais de dez anos por iniciativa de um grupo de padres e amigos, e ganhou força pouco depois do início do pontificado do papa Francisco, em 2013.

Acutis foi declarado "venerável" em 2018, após a Igreja reconhecer sua vida virtuosa, e seu corpo foi levado ao Santuário do Despojamento, em Assis - um importante local associado à vida de São Francisco.

Ele foi declarado "beato" em 2020, depois que o Dicastério do Vaticano responsável pelos processos de canonização reconheceu uma cura milagrosa atribuída à sua intercessão - a recuperação de uma criança no Brasil de maneira "cientificamente inexplicável".

No ano passado, a Igreja abriu caminho para sua canonização ao atribuir-lhe um segundo milagre - a cura completa de uma estudante costarriquenha na Itália, vítima de um grave traumatismo craniano em um acidente de bicicleta, depois que sua mãe rezou no túmulo de Acutis.

Acutis usou sua habilidade com computadores para criar uma exposição online sobre mais de 100 milagres eucarísticos reconhecidos pela Igreja ao longo dos séculos, com foco na presença real de Cristo que os católicos acreditam estar no pão e vinho consagrados. Ele também ensinava catecismo e fazia trabalho de caridade com pessoas em situação de rua.

A missa para adolescentes, que deve atrair dezenas de milhares de fiéis, seguirá como planejado. Ela faz parte das celebrações do Ano Santo iniciadas por Francisco em dezembro, que, segundo o Vaticano, continuarão, embora com algumas modificações.

Com a morte do papa Francisco nesta segunda-feira, 21, um novo papa será escolhido a partir de um conclave, o processo de eleição do próximo pontífice. Podem concorrer ao cargo os cardeais da Igreja Católica.

Entre os ocupantes do posto em todo o mundo, oito são brasileiros. Sete deles têm menos de 80 anos e podem votar, enquanto um já ultrapassou a idade limite para depositar seu voto, mas ainda pode ser votado.

Os cardeais brasileiros que podem se tornar o próximo papa são, segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB):

Cardeal Odilo Pedro Scherer - arcebispo da Arquidiocese de São Paulo

O gaúcho é o 7º Arcebispo Metropolitano de São Paulo. Com 75 anos, ele é filósofo e teólogo, com mestrado em Estudos Teológicos e doutorado em Teologia. É autor de "Justo sofredor: uma interpretação do caminho de Jesus e do discípulo" e "Reflexões sobre Fé e Política".

Cardeal João Braz de Aviz - arcebispo emérito da Arquidiocese de Brasília e da Congregação para a Vida Consagrada, no Vaticano

Foi prefeito do Departamento Vaticano para a Vida Consagrada (responsável por gerir todas as congregações religiosas do mundo) durante 14 anos, até janeiro deste ano. Catarinense nascido em Mafra, está próximo de completar 78 anos.

Cardeal Orani João Tempesta - arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro

Hoje com 75 anos, é natural de São José do Rio Pardo, em São Paulo. Entrou para a Ordem dos Monges Cistercienses e realizou os estudos de Filosofia no Mosteiro São Bento, em São Paulo, e em São João del-Rei (MG), além de estudos em Teologia. Está no Governo Pastoral da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro desde 2009.

Cardeal Sergio da Rocha - arcebispo da Arquidiocese de Salvador

Hoje com 65 anos, o cardeal nasceu em Dobrada, em São Paulo. É mestre em Teologia Moral e doutor pela Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma. Trabalhou como diretor espiritual, professor e reitor do Seminário Diocesano de Filosofia de São Carlos e foi professor de Teologia Moral na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas. Em 2011, foi nomeado Arcebispo Metropolitano de Brasília, onde permaneceu até ser nomeado pelo papa Francisco como Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, em 2020.

Cardeal Paulo Cezar Costa - arcebispo da Arquidiocese de Brasília

Em 2020, foi transferido para a Arquidiocese Metropolitana de Brasília, onde é o atual arcebispo. Ocupa, na CNBB, a direção do INAPAZ, Instituto responsável pelas análises de Conjuntura Eclesial, e é membro do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos e da Pontifícia Comissão para a América Latina.

Cardeal Leonardo Ulrich Steiner - arcebispo da Ar

Nascido em Forquilhinha (SC), estudou Filosofia e Teologia com os franciscanos em Petrópolis. Obteve o grau de bacharel em Filosofia e Pedagogia na Faculdade Salesiana de Lorena, e a licenciatura e o doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma. Hoje com 74 anos, é, desde 2019, o arcebispo metropolitano de Manaus.

Cardeal Jaime Spengler - arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre

Nascido em Gaspar (SC) e hoje com 64 anos, é presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre. Cursou Filosofia e Teologia, com doutorado em Filosofia. Atuou na Ordem dos Frades Menores em diversas missões e cidades do País até 2010, quando foi nomeado pelo papa Bento XVI como bispo auxiliar.

Cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito da Arquidiocese de Aparecida (SP)

Com 88 anos, o cardeal não pode votar no conclave. Ele foi bispo auxiliar de Brasília entre 1986 e 2004 e arcebispo de Aparecida de 2004 a 2016. Em 2010, foi nomeado pelo papa Bento XVI como membro da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL)

Como funciona o conclave

O período entre o falecimento de um pontífice e a escolha do sucessor é chamado de Sé Vacante.

Após declarada a Sé Vacante, o governo da Igreja Católica fica nas mãos do Colégio Cardinalício e o conclave é iniciado em um prazo entre 15 e 20 dias.

Durante o conclave, os cardeais ficam em um alojamento, proibidos de qualquer contato com o mundo exterior. As votações são conduzidas por nove cardeais sorteados e divididos em três grupos.

Na Capela Sistina, eles fazem um juramento, com a mão sobre o Evangelho, e prometem jamais revelar o que foi dito ou feito no conclave. A sanção para quem quebrar o juramento é a excomunhão.

São necessários dois terços dos votos para definir o novo pontífice.

Um acidente vascular cerebral (AVC) e colapso cardiocirculatório foram a causa da morte do Papa Francisco, ocorrida nesta madrugada, segundo divulgou o Vaticano na tarde de segunda-feira, 21. Ele tinha 88 anos.

A causa já havia sido noticiada em jornais da Itália e foi confirmada em um comunicado oficial da Santa Sé.

O pontífice argentino morreu menos de um mês após deixar o hospital, onde ficou internado para tratar de uma pneumonia bilateral. Um dia antes da morte, ele apareceu em público no Vaticano em uma missa de Páscoa, quando fez a última saudação aos fiéis.