Em 'Mergulho Noturno', piscina é vilã de trama com toques de Stephen King

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Em Mergulho Noturno, em cartaz nos cinemas brasileiros, uma família compra uma nova casa quando o pai é diagnosticado com esclerose múltipla. Ter uma piscina é uma forma de ele fazer hidroterapia e de as crianças se divertirem. O que eles não esperavam é que a piscina fosse amaldiçoada. Ela serve como um espaço de cura para o pai, que sente a doença regredir. Mas filhos e mãe passam a ver coisas na água.

 

"Lembrei como era ser criança", disse o diretor Bryce McGuire para o site The Wrap. "Era um medo irracional da piscina que tínhamos, como se houvesse algo horrível nas águas abaixo de nós."

 

Na primeira hora de filme, McGuire desperta essas memórias. Com uma câmera inventiva, sabe como resgatar medos e colocar personagens em situações extremas.

 

É um terror sobrenatural, sim, mas que flerta com coisas reais e lembra bastante a literatura de Stephen King, que consegue fazer qualquer coisa (cães, carros, hotéis, celulares) ser agente transformadora do caos. O problema surge quando o diretor tenta encontrar algo além da piscina, ao aprofundar a mitologia por trás daquela espécie de entidade no quintal. "Queria que a piscina fosse a vilã, mas sabia que precisava haver mais do que a água assustadora", admitiu.

 

Nesse ponto, o filme se afasta de Stephen King - que aceita a maldade como finalidade - e se aproxima de um terror convencional. Há água preta escorrendo do rosto de pessoas, gente possuída, um passado desconcertante… Tudo o que já vimos por aí.

 

Cômico

 

Mergulho Noturno seria mais interessante se McGuire tivesse abraçado apenas a ideia inicial de uma piscina puramente demoníaca. Ir além disso deixa tudo estranhamente cômico.

 

Ainda assim, vale a tentativa. Afinal, em um cinema cada vez mais mergulhado em reboots dos mesmos vilões, assassinos e personagens, são refrescantes ideias como esta, que tentam criar monstros para a geração mais nova que está descobrindo o cinema.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Na véspera da data em que Isabella Nardoni completaria 23 anos de idade, Ana Carolina Oliveira compartilhou nas redes sociais as lembranças que guarda da filha em uma caixa, como fotos, brinquedos e sapatos de bebê. Isabella foi morta aos 5 anos pelo pai, Alexandre Nardoni, e pela madrasta, Anna Carolina Jatobá, em 2008.

Hoje vereadora de São Paulo pelo Podemos, Oliveira também publicou um vídeo em homenagem à filha: "Eu guardo tudo de você com tanto carinho, suas fotos, seus desenhos, suas cartinhas. Às vezes fecho os olhos e consigo sentir você aqui comigo", disse.

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Relembre o crime e desdobramentos

Isabella teria sido jogada da janela do 6º andar do prédio na Vila Guilherme, zona norte de São Paulo, onde moravam o pai e a madrasta. Ambos foram condenados em 2010 - ele, a 31 anos e 1 mês, ela, a 26 anos e 8 meses de prisão - mas já se encontravam presos desde 2008, quando ocorreu o crime. O caso teve grande repercussão nacional.

Alexandre Nardoni está em regime aberto desde maio do ano passado, cumprindo o restante da pena em liberdade. Ele teve concedida a progressão para o regime aberto depois de ficar preso por 16 anos. Já Anna Carolina Jatobá cumpriu 15 anos de pena e foi solta em 2023, também em progressão para o regime aberto.

Ana Carolina Oliveira foi a segunda vereadora mais votada da cidade nas eleições municipais de 2024. Seus projetos em tramitação na Câmara de São Paulo são voltados à proteção de mulheres, crianças e adolescentes e pessoas com deficiência contra a violência, mas nenhuma proposta ainda foi aprovada.

Uma adolescente de 17 anos foi esfaqueada dentro de sua casa, em Sorocaba, interior paulista, pelo namorado, também de 17 anos. O crime ocorreu na noite de quinta-feira, 17.

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A Polícia Civil investiga o caso. A perícia foi solicitada ao local e o caso foi registrado como feminicídio na Delegacia de Plantão de Sorocaba.

Em 2024, o Brasil registrou 1.450 feminicídios, uma redução de 5% em relação a 2023, segundo dados do Ministério da Justiça. No Estado de São Paulo, porém, houve recorde de casos de homicídios de mulheres por razões de gênero no último ano - foram mais de 250.

O advogado Juliano Bento Rodrigues Girau foi morto a tiros durante um assalto na madrugada deste sábado, 19, na orla da Praia Grande, em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Um amigo da vítima também foi baleado.

Ao menos um dos quatro suspeitos de participação no crime foi detido pela manhã. A Polícia Civil faz buscas pelos demais envolvidos.

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O caso foi registrado como latrocínio na Delegacia de Ubatuba. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), um terceiro amigo da vítima não se feriu e prestou depoimento à polícia.

"Os criminosos levaram celulares, carteiras e joias das vítimas", apontou em nota. "As investigações seguem em andamento para identificar e localizar os responsáveis pelo crime", finalizou.

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Nas redes sociais, um dos amigos do advogado havia postado imagens das cerca de 12 horas de viagem de carro até Ubatuba. Guirau era formado em Direito pela Faculdade de Direito de Varginha (Fadiva), mas residia em São Gonçalo do Sapucaí, município do sul mineiro localizado a menos de 300 quilômetros de Ubatuba.

Prefeitura e OAB lamentam crime: 'Profissional íntegro'

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A Prefeitura de São Gonçalo do Sapucaí também lamentou o caso em nota veiculada nas redes sociais. "Profissional íntegro, Dr. Juliano dedicou sua vida ao exercício da Justiça com ética, competência e respeito ao próximo. Sua partida representa uma grande perda não apenas para a advocacia, mas para toda a nossa comunidade", declarou.