Zakk Wylde, ex-parceiro de Ozzy, é estrela de festival em SP

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Zakk Wylde encarna o heavy metal de corpo e alma, até mesmo no mau humor para atender a reportagem do Estadão, por telefone, antes da nova turnê do guitarrista americano pelo Brasil, como parte do festival Best of Blues & Rock, entre esta sexta, 21, e terça, 25, com paradas em São Paulo (dia 22), Rio, Curitiba e Belo Horizonte.

 

O roqueiro de 57 anos é conhecido por seu trabalho no Black Label Society e pela longa parceria com Ozzy Osbourne, nos palcos e nos principais discos da carreira solo do "Príncipe das Trevas" - posição de destaque no universo da música pesada ocupada por ele desde o fim dos anos 1980.

Mesmo desprovido de muita simpatia, Wylde demonstrou ter afeto pelo país "das pessoas muito gentis" - que ele já visitou várias vezes e "cuja música de rua é incrível".

 

Curiosamente, ele afirmou gostar do Sepultura; mas, indagado sobre Eloy Casagrande, disse não conhecer o trabalho do baterista recém-contratado pelo Slipknot, uma das maiores bandas de metal do planeta na atualidade.

 

Faz-tudo no metal, o autor de Lost Prayer também foi recrutado para turnês com o Pantera, mas agora traz consigo um conjunto próprio, Zakk Sabbath, homenagem ao Black Sabbath, formado ao lado do baixista Rob "Blasko" Nicholson e do baterista Joey Castillo.

 

"Eu e Blasko estávamos tocando no projeto Metal All-Stars e, considerando que não havíamos ensaiado, perguntávamos ao baterista se ele conhecia alguma música do Sabbath", relembra. "Quando se trata desse gênero, é uma banda que faz parte da nossa educação. Se você conhece música clássica, você vai saber algo de Bach, Beethoven ou Mozart. Para nós, o terreno comum é o Black Sabbath", acrescenta.

 

SAÚDE

 

E Wylde vai em frente no seu depoimento: "Então, quando nos reuníamos sempre acabava pintando música do Black Sabbath", esclarece, descartando qualquer envolvimento de Ozzy Osbourne na criação do tributo.

 

A saúde do cantor de clássicos preocupa fãs no mundo inteiro, afirma. Osbourne abusou das drogas na maior parte da vida e já esteve à beira da morte inúmeras vezes. "Recentemente, foi diagnosticado com mal de Parkinson e precisou se afastar dos palcos. Ele avisa que só quer voltar a ser normal de novo, ser capaz de fazer todas as coisas que ama, apresentar-se e tudo mais. Eu só digo a ele para seguir olhando para frente. E que continue fazendo sua terapia, trabalhando um dia de cada vez. Não há opções", completa.

 

O guitarrista Zakk Wylde também não passou incólume aos excessos do rock. Beberrão desde a adolescência, só teve lapsos de consciência quando recebeu um sério alerta dos médicos em meados de 2009. "Tive coágulos sanguíneos e meu médico verificou meu fígado, pâncreas e falou que minhas enzimas estavam bem altas. Ele disse 'você tem 42 anos agora, quando tiver 45, terá de fazer um transplante de fígado. Se você parar agora, ficará bem, mas se continuar, sabe para onde está indo'. Então foi isso: tive de parar naquele dia", conta.

 

Zakk Wylde foge de polêmicas e diz que quer só acertar as letras

 

Para o músico, tocar metal em um festival de blues como o de agora não será um problema. Em São Paulo, o grupo de Wylde será precedido por Joe Bonamassa e Eric Gales, artistas mais puristas ligados ao gênero afro-americano.

 

"O Sabbath foi inspirado por John Mayall & the Bluesbreakers, Cream e toda aquela explosão de blues lá na Inglaterra. O Sabbath foi parte disso, com o Led Zeppelin. Eles sempre foram blues", explica, sem negar a possibilidade de colaborações com os colegas.

 

PROJETOS

 

"Veremos o que acontece quando chegarmos aí. Fiz um projeto de Jimi Hendrix com o Eric e já participei de um show do Joe. O Kiko Loureiro (que abre o show do Zakk Sabbath no Rio de Janeiro) também é incrível. Sou amigo de todos os caras", revela.

 

Homem de poucas palavras quando questionado sobre assuntos mais controversos, Wylde disse "não prestar atenção" ao fanatismo dos fãs de metal, geralmente criticados pela pouca receptividade a novidades no gênero. E também se esquivou de falar sobre artistas que se posicionam politicamente no palco. O vocalista americano Phil Anselmo - seu colega no Pantera -, por exemplo, já fez saudação nazista em um show.

 

"Bem, se é isso que eles querem fazer... Quer dizer, estamos nos preparando para tocar algumas músicas do Zakk Sabbath, então estou apenas me certificando de que acertei as letras", acrescenta.

 

Best of Blues & Rock

Parque do Ibirapuera.

Av. Pedro Álvares Cabral.

Área externa.

Sábado, dia 22, às 14h.

R$ 250/R$ 500

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um repórter da Band TV sofreu uma tentativa de assalto na noite do sábado, 19, enquanto estava posicionado para fazer uma entrada ao vivo no Jornal da Band. O jornalista Igor Calian trabalhava na Avenida Faria Lima, em São Paulo, quando um assaltante passou de bicicleta e tentou furtar o celular do repórter, que conseguiu desviar.

O momento em que o homem se aproxima para furtar o aparelho foi flagrado pelo cinegrafista e exibido durante o telejornal.

Ele se aproxima de bicicleta, quando Calian desvia e xinga o criminoso, acrescentando: "Sabia que você ia tentar pegar. Não conseguiu, né, bichão?!"

Os apresentadores do telejornal comentaram sobre a tentativa de assalto.

"Sem o menor medo. Ele viu que estava sendo filmado, microfone posicionado, o Igor também, e simplesmente foi ali tentar pegar", comentou a apresentadora Thais Dias. "Zero constrangimento", completou o âncora Eduardo Oinegue.

Taxa alta de roubos na capital

Dados do Anuário Brasileiro da Segurança Pública, divulgados no ano passado, mostram que o Brasil tem dois celulares levados por ladrões a cada minuto.

As estatísticas mostram que São Paulo tem a terceira maior taxa de furtos ou roubos de celulares entre as cidades com mais de 100 mil habitantes.

A capital paulista registra índice 1.781,6 celulares subtraídos dentro desse grupo, ficando atrás apenas de Manaus (2.096,3) e Teresina (1.866).

O Radar da Criminalidade do Estadão, que permite monitorar os índices de roubos de celulares nos diferentes pontos da cidade, mostra uma alta de crimes patrimoniais em Pinheiros, um dos bairros cortados pela avenida.

Policiais civis do Rio de Janeiro prenderam neste domingo, 20, três homens suspeitos de planejar o assassinato de um indivíduo em situação de rua. O ataque seria transmitido ao vivo pela internet.

Os mandados foram cumpridos em Vicente de Carvalho, na Zona Norte da cidade, e em Bangu, na Zona Oeste, depois de os agentes identificarem a existência de um grupo de jovens que utilizava a plataforma Discord para divulgar atos criminosos. Entre as ações propagadas constam maus-tratos a animais, indução à automutilação, estupro virtual e racismo.

"O grupo também promovia ataques de ódio contra negros, mulheres e adolescentes, em uma escalada de violência digital com graves consequências no mundo real", informou a corporação em nota.

Segundo a polícia, o ataque ao homem em situação de rua estava previsto para acontecer neste domingo e seria transmitido em troca de dinheiro. O plano foi descoberto em uma ação conjunta com o Ciberlab da Secretaria Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

"Com base em informações precisas e atuação cirúrgica, foi possível não só impedir a consumação de um assassinato, como também desestruturar um grupo que operava à margem da lei, protegendo adolescentes, animais e grupos vulneráveis", ressaltou a Polícia Civil, que segue investigando outros membros do bando.

Depois das fortes chuvas registradas na capital, ABC e litoral de São Paulo, neste domingo de Páscoa, 20, a frente fria segue em direção ao Espírito Santo e ao norte de Minas Gerais. Embora o sol reapareça em grande parte do interior paulista, ainda pode chover com moderada a forte intensidade na divisa de São Paulo com Minas.

"As áreas de instabilidade vão se intensificar no decorrer do dia nesses dois Estados e permanecem sobre o Rio de Janeiro, mas as nuvens carregadas se afastam de grande parte do Estado de São Paulo", afirma a Climatempo.

Neste domingo, a Grande São Paulo fica nublada e com chuva a qualquer hora, mas de fraca a moderada intensidade. "O litoral paulista tem um dia nublado, com chuva e ventos marítimos moderados e frequentes no decorrer do dia", acrescenta a empresa brasileira de meteorologia.

No sábado, 19, as tempestades causaram transtornos em diversas cidades do ABC e do litoral paulista, com alagamentos e deslizamentos. No Guarujá, a sirene da comunidade da Barreira foi acionada, e os moradores precisaram se deslocar imediatamente para um local seguro.

Cidade de São Paulo

Após dois dias consecutivos de fortes temporais, a capital paulista amanheceu com muitas nuvens.

"A frente fria que mudou o tempo em São Paulo já se afastou para o litoral do Rio de Janeiro e Espírito Santo, porém a circulação dos ventos contra a costa paulista deixa o domingo de Páscoa com muitas nuvens, chuva fraca e chuviscos intermitentes no decorrer do dia, mas sem previsão de novos temporais", estima o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo.

O declínio das temperaturas nos próximos dias, especialmente durante as madrugadas, será causado pelo ar frio de origem polar que se espalha sobre a região Sudeste e também atinge a cidade de São Paulo.

Veja a previsão para os próximos dias:

- Domingo: entre 17 ºC e 22 ºC;

- Segunda-feira: entre 16 ºC e 22 ºC;

- Terça-feira: entre 15 ºC e 24 ºC;

- Quarta-feira: entre 17 ºC e 27 ºC.

A Meteoblue projeta que as temperaturas devem permanecer mais altas entre quarta-feira, 23, e quinta-feira, 24. Já com relação às chuvas, a expectativa é de maiores precipitações entre quinta-feira, 24, e o próximo sábado, 26.