Sexy e caladão, Austin Butler recupera espírito dos galãs de Hollywood com 'Clube de Vândalos'

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Austin Butler é seis anos mais novo o do que a irmã Ashley. Se na vida adulta, a diferença de idade se faz irrisória (eles têm 32 e 38 anos, respectivamente), na infância, tratava-se de um abismo geracional, realmente. Inspirada pelo pai e avô, ambos motoqueiros, Ashley quase perdeu a vida em um acidente de motocicleta, na primeira saída sobre duas rodas após conseguir a habilitação. Derrapou, bateu no meio fio, capotou e foi parar do outro lado do via, na contramão.

 

Uma quase tragédia, evitada por uma sorte de alguma santidade protetora dos jovens motoqueiros imprudentes. A mãe, como é de se imaginar, ficou furiosa e proibiu o filho mais novo a subir uma moto uma vez na vida. Austin Butler a obedeceu até os 16 anos.

 

O jovem ator tem um quê de rebeldia (ainda que controlada em condições ideais de temperatura e pressão), como se flertasse com os astros do cinema do passado, mesmo moldada para ser aceita nos padrões ultrapreocupados dos anos 2020. Perigoso, pero no mucho, com um jeito caladão, de olhar profundo, cabeça baixa, topete para cima.

 

E a motocicleta, talvez, represente o último grito legítimo de liberdade de um astro do cinema de 32 anos e rosto globalmente reconhecido, principalmente pelo papel de Elvis Presley (em Elvis, 2022, com o qual garantiu a primeira indicação ao Oscar), mas pela conceituada série Mestres do Ar, e pelos filmes Duna: Parte 2 e Era uma Vez em… Hollywood.

 

"É o um movimento muito libertador simplesmente colocar um capacete e andar pela estrada", ele diz, ao Estadão, em uma entrevista em videoconferência para alguns veículos do mundo todo. "Tenho muitas memórias de, desde cedo, estar com na garupa do meu pai. Fazíamos essas viagens juntos e eu adorava isso, essa sensação."

 

Um astro certo para o papel

 

Por isso, quando conheceu Jeff Nichols (O Abrigo e Amor Bandido), o clique entre os dois foi imediato. "Austin foi o primeiro nome que entrou para o filme", revela o diretor, na entrevista por videoconferência compartilhada com alguns poucos veículos do mundo todo, sobre a construção do elenco estrelado de Clube de Vândalos, lançado no circuito brasileiro nesta quinta, 20.

 

"Ele não tinha feito Elvis, ainda. Então, tudo o que tinha para avaliar era o carisma pessoal que senti naquele momento na sala com esse cara. Ele tem algo de ser muito real, é uma estrela do cinema de verdade."

 

Clube de Vândalos tenta disfarçar a candura e fragilidade inerente dentro de si com graxa, roncos de escapamentos furados de motocicletas customizadas e cheiro de fumaça. Um filme sobre o despertar da vida adulta e do fim da inocência, sob o pretexto de narrar os anos transformadores de uma gangue de motociclistas, durante os anos 60. Da criação, como um local para ser o ponto de encontro de desajustados e excluídos da sociedade, para se tornar uma gangue, realmente, com atuações no tráfico de drogas e excesso de violência.

 

O filme de Nichols parte da figura misteriosa de Austin, ou Benny, como é o chamado o personagem do ator no longa, um sujeito de quem sabemos pouco além da devoção pelo estilo de vida sobre duas rodas (as jaquetas de couro, o cabelo penteado para trás pelo vento e o descontrole por bebidas alcoólicas).

 

Deveras inspirado em Marlon Brando em O Selvagem (1953), com algo de Alain Delon e de sujo de Easy Rider - Sem Destino (1969), o personagem de Austin é um sujeito de poucas palavras, mas intenso da sua própria maneira. Encanta-se por Kathy (na versátil e intensa Jodie Comer), a quem observa obsessivamente, até receber a atenção dela de volta.

 

Benny e Kathy possuem uma relação interessante no filme. Isso porque o motoqueiro quer que ela aceite a vida sobre rodas, sem regras, como parte da comunidade que se tornaram o tal Clube dos Vândalos. Ela, por sua vez, gostaria de ver o companheiro distante da vida sobre duas rodas. Ainda assim, algo os atrai. Conecta-os em um laço forte o bastante para aguentar os trancos de uma narrativa espinhosa.

 

Nichols admite querer criar um conflito nesta história, e acrescentou uma terceira parte, um verdadeiro "triângulo amoroso" disforme, com a presença de Tom Hardy, como Johnny, o motoqueiro líder do grupo de motoqueiros e alguém a quem Benny vê como líder, guru e até pai. Johnny quer se aposentar da presidência do clube e deixá-la para o personagem de Butler - e ele foge de qualquer responsabilidade com a velocidade de uma Fatboy da Harley Davidson, e sua aceleração de zero a 100km/h em 6 segundos.

 

Constrói-se um conflito a partir de alguém que é o Vândalo mais puro, desprendido das questões terrenas, caso de Benny (Butler) e ele se vê rodeado de expectativas e exigências.

 

Aí, Clube de Vândalos faz um ponto interessante a respeito da natureza humana. Somos feitos para andar em grupo. Na trama, aqueles sem lugar na sociedade, os rejeitados e os ignorados, se encontram no Clube como um ambiente receptivo. Conforme escala a violência, crescem as regras. E, ironicamente, os libertários passam a se moldar sob regras autoimpostas, tal qual na sociedade da qual eles fugiram.

 

Clube de Vândalos trata de críticas sociais, principalmente do ponto de vista do norte-americano comum, que vê o país dividido pela Guerra do Vietnã, por uma geração de hippies versus uma forte onda conservadora, claro, o contexto histórico é inevitável.

 

O filme é inspirado em personagens reais, em um clube de motoqueiros de verdade, retratados no livro de Danny Lyon, Bleak Beauty. Principalmente no que diz respeito à estética destes motoqueiros interpretados nos cinemas por nomes de peso como Michael Shannon (Zipco), Boyd Holbrook (Hal), Norman Reedus (Funny Sonny) e Damon Herriman (Brucie).

 

O que Clube de Vândalos toca, realmente, é a sensação de fim da inocência, da angustiante sensação de saber que os bons tempos já se foram. Nostalgia, negação, rejeição. Por um tempo, o Clube de Vândalos foi aquilo que aqueles desajustados queriam - e precisavam, mas logo o clube se transformou de novo. Fica um gosto amargo.

 

E é como Benny, personagem de Austin, lida com esse conflito sentimental e sensorial, o grande acerto de Nichols e em todo Clube de Vândalos. O terceiro terço é de partir o coração, diante da escalada da violência e das decisões de cada personagem.

 

Não será o filme a trazer o Oscar para Austin, mas escancara como o jovem como uma versão contemporânea no galã sexy e quietão tão popular em uma Hollywood pré-redes sociais. É um daqueles casos raros de ator e personagem feitos um para o outro.

 

"Quando soube do filme, estava filmando Elvis na Austrália. Havia um senhor, dono de uma cafeteria, que sempre estacionava uma motocicleta diferente do lado de fora, essas Harleys (Davidson) antigas. Comecei a perguntar sobre essas motos antigas", conta Butler. "Quando percebi, estava andando de moto com ele por aí". Ele deixa subir um sorriso no canto de boca e até levanta o olhar para a câmera da videoconferência, como se nascesse para fazer aqueles movimentos milimetricamente despreocupados: "O que, contratualmente, eu certamente era proibido de fazer".

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A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirmou o atendimento de 16 pessoas que relataram ter sido vítimas de 'agulhadas' durante o Carnaval. Os incidentes ocorreram no Recife e na região metropolitana.

Segundo a SES, as vítimas foram encaminhadas ao Hospital Correia Picanço, referência estadual para o tratamento e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

"Os pacientes foram avaliados clinicamente e receberam a devida assistência, além das medidas de profilaxia conforme o risco de exposição de cada um", disse o órgão em nota.

O modo como os ferimentos aconteceram não foi esclarecido. Os festejos de carnaval na capital pernambucana e na vizinha Olinda, já tiveram relatos de ataques por agulhas em anos anteriores, o que resultou em registros de boletim de ocorrência naquelas oportunidades. Em 2024, Pernambuco registrou 29 casos, sendo 16 mulheres e 13 homens.

O fóssil de parte da face de um ancestral humano é o mais antigo já encontrado na Europa Ocidental, de acordo com um novo estudo publicado na revista científica Nature. Os ossos fossilizados de parte da bochecha esquerda e do trecho superior da mandíbula foram encontrados no norte da Espanha em 2022 e, calcula-se, teriam de 1,1 a 1,4 milhões de anos.

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A coleção de fósseis mais antiga já encontrada na Europa até agora tem 1,8 milhão de anos e foi achada na Geórgia, perto da fronteira entre a Europa Oriental e a Ásia. A nova descoberta abre caminho para mais estudos sobre as rotas migratórias dos ancestrais humanos.

O fóssil espanhol é a primeira evidência que demonstra claramente que "ancestrais humanos já andavam pela Europa" naquela época, segundo Rick Potts, diretor do Programa das Origens Humanas do Museu Smithsonian, que tampouco participou do novo estudo.

Ainda não há comprovação, no entanto, de que esses primeiros ancestrais teriam ficado na Europa desde então:

"Um grupo pode ter ido a um local específico e depois desaparecido."

Os ossos fossilizados encontrados na Espanha guardam muitas semelhanças com os do Homo erectus, mas há também algumas diferenças anatômicas, de acordo com a co-autora do novo trabalho, Rosa Huguet, arqueóloga do Instituto Catalão de Paleoecologia Humana e Evolução Social, em Tarragona, na Espanha.

O Homo erectus surgiu há cerca de dois milhões de anos na África e, posteriormente, alcançou partes da Ásia e da Europa. Segundo Potts, os últimos remanescentes dessa espécie morreram há aproximadamente 100 mil anos.

Não é simples identificar a que grupo de ancestrais humanos um fóssil pertence a partir de poucos fragmentos. É diferente quando são encontrados muitos ossos com diferentes características, afirmou o paleoantropólogo Chsristoph Zollikofer, da Universidade de Zurique, que também não participou do novo trabalho.

No mesmo complexo de grutas nas Montanhas Atapuerca, na Espanha, onde os novos fósseis foram desenterrados, especialistas já fizeram outras importantes descobertas sobre o passado dos ancestrais humanos. Na mesma região, foram achados fósseis mais recentes de neandertais e dos primeiros Homo sapiens.

Dois homens, de 23 e de 37 anos, foram mortos após serem baleados dentro de um veículo no bairro Royal Park, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, na noite de sexta-feira, 14. A investigação segue em andamento pela Polícia Civil do Estado.

Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, uma das vítimas era um policial militar, contudo, estava afastado da corporação desde agosto de 2024 por motivos pessoais.

"A PM foi acionada e no local encontrou o homem mais novo baleado no banco do motorista do carro. O homem mais velho também foi atingido e encontrado no chão a cerca de dois metros do veículo. Este era o que portava documentação que o identificava como PM", disse a SSP.

Segundo a ocorrência, as vítimas estavam no veículo quando criminosos armados chegaram atirando contra eles. Elas foram socorridas com vida ao Hospital das Clínicas e ao Hospital Santa Casa de Santo André, mas não resistiram aos ferimentos.

O veículo, um celular, a arma e um carregador de munição do policial foram apreendidos, sendo requisitada perícia no local.

O caso foi registrado como homicídio e localização e apreensão de objeto no 3° DP de São Bernardo do Campo.