WhatsApp: app vai deixar trocar número de telefone por nome de usuário

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O WhatsApp está trabalhando com o teste de um novo recurso para Android que permitirá que seus usuários associem um nome de usuário a um número de telefone. Dessa forma, uma pessoa poderá informar apenas seu nome no aplicativo quando quiser compartilhar seu contato com alguém.

A ideia, assim como em várias atualizações do WhatsApp, é acrescentar uma camada de privacidade às contas de seus usuários. Isso porque, com a novidade, não será preciso passar o seu telefone a pessoas desconhecidas, por exemplo.

Essa possibilidade já era real em aplicativos como o Telegram, chegando somente agora ao WhatsApp.

De acordo com o site WABetaInfo, conhecido por dar informações ligadas a versões de teste do WhatsApp, os perfis que já iniciaram uma conversa ainda poderão ver o seu número dentro do mensageiro. No entanto, será permitido filtrar essa informação em novas conversas, de forma que, nelas, apenas a visualização do nome do usuário será possível.

Outra ferramenta que está em estágio de teste é o PIN para criar uma conversa com determinado usuário a partir de seu nome.

A ideia é bastante simples. Funciona assim: ao escolher o nome de usuário, você terá a oportunidade de associar a ele uma senha de quatro dígitos. Desse modo, para que alguém possa enviar uma mensagem ao seu usuário, ele terá que digitar o PIN.

A senha não poderá ser igual ao código utilizado na verificação de duas etapas, em mais uma oportunidade para proteger a conta do usuário.

Além disso, o pedido do PIN não será aplicado a pessoas com quem já se tem uma conversa no app. Afinal, essas pessoas já têm acesso ao seu contato.

Recentemente, o WhatsApp tem colocado em prática diversos mecanismos cujo objetivo é proteger o seu usuário. Exemplo disso é a possibilidade, ainda em teste, de se bloquear mensagens de remetentes desconhecidos.

Quando essa opção está ativada, a plataforma impede o recebimento de mensagens que foram enviadas por um número desconhecido e em alto volume. A meta é evitar o envio de spam pelo aplicativo.

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A Polícia Civil de Alagoas encontrou nesta terça-feira, 15, o corpo da bebê Ana Beatriz, de 15 dias de vida, que estava desaparecida em Novo Lino, no interior do Estado, desde a última quinta-feira, 10. Ela estava dentro de um armário de limpeza na casa da sua família.

A mãe da criança, de acordo com a Polícia Civil, confessou ter cometido assassinado por asfixia e indicou o local onde teria escondido o corpo. Antes, ela tinha dado ao menos cinco versões diferentes sobre o desaparecimento da recém-nascida, levantando suspeita policial. A mulher foi presa e indiciada por homicídio e ocultação de cadáver.

Segundo o delegado Igor Diego, diretor da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), que coordena a apuração pela Seção Antissequestro, todas as versões dadas pela mãe foram investigadas e desmentidas.

O canil do Corpo de Bombeiros realizou buscas na região e na casa da família, mas não tinha encontrado a bebê antes da confissão da mãe.

"Esse elemento reforça a possibilidade de que o corpo tenha sido levado posteriormente ao local. A investigação vai continuar para apurar todos os detalhes, inclusive se alguém ajudou na ocultação", disse o delegado.

A princípio, ela teria afirmado que a bebê havia sido levada por dois homens que a abordaram em uma rodovia durante a madrugada da quinta-feira. No entanto, a dinâmica contada pela mulher foi desmentida por cinco pessoas que testemunharam ela indo diretamente para a casa de uma vizinha, sem sofrer nenhuma abordagem no local e na hora indicados por ela no depoimento.

Vizinhos também negaram ter ouvido qualquer barulho ou pedido de socorro na madrugada do desaparecimento. Sempre que desmentida, a mulher alterava o seu depoimento, segundo a Polícia Civil, mas sustentava a afirmação de que a criança teria sido sequestrada. Até que, nesta terça-feira, 15, afirmou que Ana Beatriz teria se engasgado durante a amamentação e não resistido.

Pouco depois, em sua última versão, registrada como confissão, a mãe contou que a filha apresentava sintomas de dor abdominal, chorava excessivamente e, tomada pelo estresse provocado pelo choro contínuo e o barulho em um bar próximo à residência, ela teria asfixiado a criança com uma almofada. Uma perícia ainda será feita no corpo da criança para concluir a verdadeira causa da morte.

A Polícia Militar de São Paulo (PM-SP) instaurou um procedimento para investigar um vídeo com teor supremacista postado na terça-feira, 15, no perfil do Instagram do 9° Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), de São José do Rio Preto, no interior do Estado.

As imagens mostram os PMs queimando uma cruz e fazendo gestos que remetem a rituais nazistas, como os da Ku Klux Klan, grupo norte-americano que prega a supremacia racial. Antes de ser apagada, a publicação gerou reações em redes sociais e foi denunciada por internautas e parlamentares.

Questionada, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) disse que a Polícia Militar é uma instituição legalista e que repudia toda e qualquer manifestação de intolerância. "Assim que tomou conhecimento das imagens a corporação instaurou um procedimento para investigar as circunstâncias relativas ao caso."

As imagens mostram uma cruz em chamas e policiais com os braços direitos estendidos em saudação que remete ao nazismo. Eles fazem uma espécie de coreografia, acompanhada de trilha sonora. Há ainda duas linhas paralelas feitas com sinalizadores no chão. Em outras imagens, é possível observar um brasão de fogo com a palavra Baep - Batalhão de Ações Especiais de Polícia.

O vídeo foi gravado em local aberto - ainda não se sabe quando e onde. Viaturas e bandeiras compõem o cenário, que mostra vários policiais militares fardados e com os braços erguidos na altura do peito. O conteúdo foi apagado pouco tempo depois de ser publicado.

A cruz em chamas remete ao grupo Ku Klux Klan, representado pela sigla KKK, movimento que abriga correntes reacionárias e extremistas. São organizações consideradas de extrema direita. Eles surgiram por volta de 1865 nos Estados Unidos e ficaram conhecidos por pregar a supremacia branca e o ódio a negros e judeus.

A PM diz que não compactua com desvios de conduta e qualquer manifestação que contrarie seus princípios será rigorosamente apurada.

Veja a nota da SSP na íntegra:

"A Polícia Militar é uma instituição legalista e repudia toda e qualquer manifestação de intolerância. Assim que tomou conhecimento das imagens, a Corporação instaurou um procedimento para investigar as circunstâncias relativas ao caso. A Corporação não compactua com desvios de conduta e reforça que qualquer manifestação que contrarie seus valores e princípios será rigorosamente apurada e os envolvidos responsabilizados."

Cássio Maurílio, pai de Sarah Raíssa Pereira de Castro, menina de oito anos que morreu no domingo, 13, após inalar desodorante, instigada por um desafio na internet, e morrer vítima de parada cardíaca, cobrou a punição de quem lançou o desafio na internet e que os desodorantes passem a conter um alerta de perigo.

"Essas plataformas que estão aí, cheias de crianças assistindo, não têm nenhum filtro... por que não têm nenhum filtro?", questionou, após o sepultamento da filha no cemitério de Taguatinga, no Distrito Federal, nesta segunda-feira, 14. "A criança é criança, é fácil de ser manipulada. Não importa qual rede social, qual plataforma foi. A regulamentação tem que valer para todas", afirmou Maurílio.

"Eu só peço que a mídia, que é a voz dos desamparados, não deixe (o crime contra) minha filha ficar impune, porque ela não foi a primeira e não vai ser a última, se ficar todo mundo calado. Eu só quero justiça", continuou o pai da menina, emocionado.

Segundo Maurílio, a filha queria ser médica. "Falei pra ela que tinha que estudar, pra ganhar dinheiro e ser alguém, e ela falou que não queria dinheiro, que queria ser médica para salvar vidas", relembrou. "Olha o que fizeram com uma pessoa que queria salvar vidas", lamentou. "Nada, nem processo, nada vai trazê-la de volta, mas se cada pessoa conseguir evitar que mais uma pessoa morra, vocês estarão realizando o sonho da minha filha", contou.

Em vídeo gravado quando a filha ainda estava internada, Maurílio reclamou da falta de um alerta, na embalagem do desodorante, sobre o risco de inalar o produto. "Foi esse demônio aqui, (no) desafio da internet, minha princesa ficou nessa situação. Nenhum aviso em destaque de que tem risco à saúde ou pode causar morte", afirmou.

Kelly Luane, tia de Sarah, cobrou providências do governo para evitar a disseminação dos desafios na internet: "Quero que o governo converse com as plataformas, porque se você entrar no seu celular e colocar 'desafio do desodorante', você pode escolher a qual quer assistir. Tem um monte, e uma criança não vê o perigo disso. E que aquele usuário que postou o vídeo fazendo esse desafio seja punido, porque assassinou uma criança", lamentou.

Ela também afirma que as escolas devem orientar as crianças sobre os riscos da internet: "Quero que conversem com as crianças na escola, porque é na escola que as crianças aprendem as coisas, então tem que ter essa conversa com as crianças", disse.