Intenção de consumo das famílias sobe em julho e retoma patamar de 103 pontos, puxada pelas mulheres

Economia
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A intenção de consumo das famílias brasileiras registrou um leve crescimento em julho de 2025, alcançando 103,2 pontos, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O avanço de 0,6% em relação ao mês anterior representa uma reversão da tendência de estabilidade observada nos últimos meses e recoloca o índice acima da linha de satisfação, que é de 100 pontos.

De acordo com a CNC, o aumento foi impulsionado principalmente pelas mulheres, que demonstraram maior otimismo com o cenário atual e as perspectivas para os próximos meses. Entre os componentes do Índice de Confiança do Consumidor (ICF), os indicadores que mais contribuíram para o resultado foram “Emprego Atual” (125,4 pontos), “Renda Atual” (122,7) e “Perspectiva Profissional” (116,2), todos situados acima da linha de satisfação.

No entanto, nem todos os subitens seguem essa trajetória positiva. “Acesso ao Crédito” (97,7), “Consumo Atual” (91,7) e, principalmente, “Momento para Duráveis” (64,6) ainda refletem um sentimento de cautela por parte dos consumidores, especialmente em relação a compras de maior valor.

A recuperação, embora modesta, é significativa diante do contexto macroeconômico, marcado por juros elevados e incertezas sobre o comportamento do consumo. Segundo a CNC, manter o mercado de trabalho aquecido e o controle da inflação são fatores cruciais para que o índice continue em trajetória de alta.

O ICF vai de 0 a 200 pontos. Acima de 100, indica uma percepção positiva; abaixo disso, reflete insatisfação com o momento econômico. O levantamento é mensal e serve como termômetro do humor das famílias em relação às condições de consumo no país.