Atlético-MG x Botafogo registra recorde de público em final única da Libertadores

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A vitória por 3 a 1 do Botafogo sobre o Atlético Mineiro garantiu a primeira conquista da Copa Libertadores do time carioca e também ficou marcada por ter registrado o maior público em uma final única da competição, modelo adotado pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) em 2019.

A entidade esperava entre 70 mil e 75 mil torcedores, e a previsão se confirmou. A Conmebol não divulga oficialmente o público, mas o Estadão apurou que a decisão foi assistida por 72 mil pessoas no Monumental de Núñez, estádio do River Plate, recentemente ampliado e que tem capacidade para receber até 84 mil torcedores.

O número considera todos os presentes no estádio, entre torcedores, convidados e jornalistas - foram 700 profissionais de comunicação de vários países. Levando em conta apenas os ingressos vendidos, 62 mil pagantes assistiram à decisão do último sábado.

A Conmebol não informou quantos atleticanos e botafoguenses estiveram no estádio do River. Certo é que os torcedores do Botafogo estavam em maioria, tanto que esgotaram os ingressos dedicados ao seu setor exclusivo, comprando as 22 mil entradas disponibilizadas pela Conmebol em menos de dois dias. Não se via quase espaços nas arquibancadas reservada para botafoguenses. Havia, porém, algumas lacunas no setor onde ficaram os atleticanos, principalmente nas arquibancadas superiores.

O recorde em final única pertencia a Fluminense 2 x 1 Boca Juniors. No ano passado, 69.232 mil torcedores viram o time carioca derrotar o rival argentino no Maracanã e ser campeão continental. O público foi elevado, claro, por causa da presença do time carioca na decisão disputada em casa.

Em 2022, com a baixa procura, resultado dos preços elevados e da dificuldade de acesso a Guayaquil, no Equador, os organizadores fizeram promoções, sorteios e até distribuíram ingressos para a decisão entre Athletico-PR e Flamengo, disputada com pouco mais da metade da capacidade do estádio - 35 mil dos 60 mil lugares ocupados.

Em 2021, segundo a Conmebol, 45 mil pessoas viram do estádio Centenário, em Montevidéu, o Palmeiras ganhar do Flamengo e conquistar o tri com gol de Deyverson na prorrogação. Os dois times, que têm a primeira e terceira maiores torcidas do País, em condições normais, teriam capacidade de lotar o Centenário.

Mas os reflexos da pandemia, ainda naquele ano, e os altíssimos valores dos ingressos - R$ 1.100 era o mais barato, na ocasião - impediram que o estádio na capital uruguaia estivesse lotado. Além disso, naquela decisão, a Conmebol não comercializou todos os 60 mil bilhetes por causa do maior bloqueio de cadeiras para divisão dos setores.

Na final de 2020, decidida em janeiro de 2021, Palmeiras e Santos jogaram no Maracanã penas para convidados, uma vez que não era permitida a presença de público em decorrência da pandemia de covid-19.

Em 2019, primeiro ano da final única e em campo neutro, a Conmebol apontou que 59 pessoas assistiram à vitória de virada por 2 a 1 do Flamengo sobre o River Plate no estádio Monumental de Lima, no Peru, que comporta até 80 mil torcedores. Meses depois da decisão, a entidade informou que 26 mil flamenguistas e 18 mil torcedores do River compraram ingressos.

A Conmebol também estima que botafoguenses tenham formado o maior público em uma final da competição no modelo atual fora de seu país de origem. O posto pertencia à torcida do Flamengo, que levou 26 mil flamenguistas a Montevidéu, em 2021.

Confira os públicos das finais únicas da Libertadores:

2019 - Flamengo 2 x 1 River Plate, Monumental (Lima) - 59 mil

2020 - Palmeiras 1 x 0 Santos, Maracanã (Rio de Janeiro) - 5 mil

2021 - Palmeiras 2 x 1 Flamengo, Centenário (Montevidéu) - 45 mil

2022 - Flamengo 1 x 0 Athletico-PR, Monumental (Guayaquill) - 39 mil

2023 - Boca Juniors 1 x 2 Fluminense, Maracanã (Rio de Janeiro) - 69 mil

2024 - Atlético-MG 1 x 3 Botafogo, Monumental de Núñez (Buenos Aires) - 72 mil

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.