Massa exalta entrada de Bortoleto na F-1 'pelo talento' e revela dicas ao jovem piloto

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Felipe Massa terá um sucessor no grid da Fórmula 1 a partir de 2025. Confirmado na Sauber-Audi, Gabriel Bortoleto vai encerrar um jejum de sete temporadas sem um brasileiro na principal categoria do automobilismo mundial. A troca de bastões entre Massa, último piloto do País a ser titular na F-1, e o jovem de 20 anos, não é apenas simbólica.

O veterano de 43 anos acompanha a carreira do compatriota desde a adolescência, na fase do kart. Na época, era o presidente do Conselho Mundial de Kart da Federação Internacional de Automobilismo. "Pude acompanhar de perto o final da carreira dele no kart. Tinha 14 ou 15 anos, corria na Europa. Ele sempre foi um piloto que me impressionou muito por causa da velocidade", comenta Massa, em entrevista ao Estadão.

"Ele sempre foi muito competitivo mesmo quando não tinha o melhor kart. Sempre mostrava alguma coisa interessante, como ultrapassagens. Tinha um jeito agressivo de pilotar, às vezes fazia algo incrível, às vezes até entrava num acidente, numa batida. Venho acompanhando ele, até como amigo, desde então."

Na avaliação do vice-campeão mundial de F-1 de 2008, Bortoleto mostrou um crescimento forte na Formula Regional European Championship, também conhecida pela sigla FRECA. "Foi impressionante o que aconteceu com ele no segundo ano na Fórmula Regional. Não foi campeão, mas teve um ano muito competitivo. E, na F-3 e na F-2, ele impressionou mesmo. A evolução que ele teve, mantendo a velocidade, mas sem entrar em acidente, foi impressionante."

Massa destaca que o jovem compatriota chegou bem cotado à F-1 em razão dos resultados obtidos em todas as categorias de acesso, sem precisar de patrocínios de peso. "O Gabriel está entrando na F-1 pelo talento dele, pelo que mostrou dentro da pista. Isso é o mais importante. Não foi pelo patrocínio."

Não bastasse o talento, Bortoleto vem recebendo orientações preciosas de dois veteranos da F-1. A carreira do brasileiro é gerida por uma agência que pertence a Fernando Alonso. Ao longo deste ano, o bicampeão mundial não escondeu o orgulho pelos resultados obtidos por seu pupilo.

As orientações do espanhol se juntam às dicas de Massa, que é amigo de Bortoleto e de sua família. "Ele é um piloto muito humilde, uma grande pessoa, zero marra. É agressivo dentro da pista, mas um cara extraordinário fora da pista. Conversamos bastante, sempre tento passar aquilo que eu tenho de experiência, tanto para ele quanto para o pai dele porque, no final das contas, a experiência é nova também para a família dele", revela o veterano brasileiro.

O ex-piloto da Ferrari também transmite orientações para além das pistas. "Na F-1, são muitos os aprendizados e as experiências dentro da pista, mas também no lado empresarial. E o Gabriel sempre pergunta, sempre ouve com atenção. Temos uma relação muito boa e muito próxima. Ele vem perguntar, vem para aprender. Tudo o que posso passo para ele, como amigo mesmo. Não apenas a questão de guiar, mas também o trabalho com a equipe, de preparar bem o lado financeiro em geral."

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.