Valencia x Real tem protestos, agradecimento por ajuda durante enchente e deboche a Vini Jr.

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O entorno da partida entre Valencia e Real Madrid foi de muita movimentação. Houve protestos e repressão policial fora do estádio de Mestalla, agradecimentos pela ajuda dos madrilenhos durante as enchentes que atingiram a cidade e deboche a Vini Jr. Os torcedores da casa provocaram o brasileiro mencionando a Bola de Ouro, vencida por Rodri.

A relação do clube com Vini Jr. é envolta em tensão, já que foi no Mestalla que aconteceram os casos de racismo mais emblemáticos contra o jogador. Foi lá que, em maio de 2023, uma partida chegou a ser paralisada devido a ofensas racistas contra o atacante. Vini fez uma publicação sobre a situação, o que foi criticado pelo presidente da LaLiga, Javier Tebas.

Nesta sexta-feira, ao menos, as ofensas não eram racistas. Torcedores do Valencia provocavam cantando: "Vinícius, bola de praia", em referência à polêmica derrota do brasileiro na Bola de Ouro. Posteriormente, Vini foi o vencedor do The Best, da Fifa, como melhor do mundo em 2024.

Ainda que se tenha provocações, dentro de campo, um momento de gratidão uniu as equipes. A cidade de Valencia foi uma das que mais sofreu com enchentes em novembro. Na época, o Real Madrid e alguns jogadores (incluindo Vini Jr) mobilizaram esforços para ajudar a população valenciana.

Antes do duelo desta sexta-feira, dois líderes do elenco do Valencia, José Luis Gayá e Dimitri Foulquier, entregaram um quadro ao capitão do Real Madrid, Lucas Vázquez. A imagem era de uma fotografia de um jogo em que os torcedores do clube estenderam a Senyera, a bandeira da Comunidade Valenciana, na arquibancada.

O símbolo havia sido um presente do Real Madrid, que a estendeu durante uma partida contra o Milan, pela Liga dos Campeões. Entre torcedores, também houve manifestação de gratidão, como uma senhora que segurava um cartaz citando o Real Madrid.

TORCEDORES PROTESTAM CONTRA DONO DO VALENCIA

Fora do estádio, a torcida valenciana espalhou cartazes e se mobilizou em protesto contra Peter Lim, empresário que é dono do clube. A equipe é vice-lanterna da LaLiga e não termina o Campeonato Espanhol na parte de cima da tabela desde a temporada 2018/19.

Peter Lim é um magnata de Cingapura e comprou o Valencia em 2014. Ele é acusado de ter abandonado o clube e é questionado por decisões como trocas de treinadores sem critério, uso do Valencia como vitrine para jogadores de um empresário com quem tem amizade e autoritarismo contra funcionários da comissão técnica.

Os protestos desta sexta-feira são apenas mais uma manifestação entre várias que já pediram a saída de Lim. Até mesmo personalidades da história do Valencia já criticaram a atual gestão. Em entrevista ao Marca, o ex-goleiro Santiago Cañizares não mediu palavras contra o empresário.

"Peter Lim é incapaz e arrogante. Está há cinco anos sem dar explicações, sem vir para Valência, tem zero empatia. O Valencia já perdeu o bom futebol e agora vamos ver se conseguimos ficar na primeira divisão. Aqui está uma péssima gestão", desabafou.

Alguns torcedores entraram no estádio Mestalla somente no minuto 19 (time foi fundado em 18 de março de 1919) do primeiro tempo, como forma de protesto. Nas ruas, a polícia reprimiu manifestantes, em tentativa de dispersá-los.

Com a derrota para o Real Madrid, o Valencia permanece na zona de rebaixamento, em 19º, com 12 pontos em 18 jogos.

Em outra categoria

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.